No mundo de hoje, Anticristianismo tornou-se um tema de grande interesse e debate. Seja pelo seu impacto na sociedade, pela sua relevância na política ou pela sua influência na esfera cultural, Anticristianismo tem captado a atenção de milhões de pessoas em todo o mundo. Este artigo tem como objetivo explorar várias facetas de Anticristianismo e esclarecer sua importância e implicações em diferentes áreas. Desde a sua origem até à sua evolução ao longo do tempo, incluindo a sua influência no quotidiano das pessoas, Anticristianismo tornou-se um tema que não podemos ignorar. Através de uma análise aprofundada, este artigo procura fornecer uma visão holística de Anticristianismo e do seu impacto na sociedade atual.
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O anticristianismo, sentimento anti-cristão ou cristofobia constitui o medo, aversão, ódio ou o preconceito contra os cristãos, a religião cristã e/ou as suas práticas. O sentimento anti-cristão é por vezes designado por cristofobia ou cristianofobia, embora estes termos englobem, de facto, "todas as formas de discriminação e intolerância contra os cristãos", segundo o Conselho das Conferências Episcopais Europeias. O sentimento anti-cristão conduz por vezes à perseguição aos cristãos.
Este movimento tenta construir uma sociedade alternativa ao cristianismo, com valores não-cristãos. O movimento anticristianista pode estar contido em religiões e formas espirituais alternativas, numa ciência cética, ou também incorporando os movimentos pagãos, místicos diversos, thelêmicos, satanistas, neo-pagãos helênicos ou new ages que vão contra, mas não necessariamente, a doutrina religiosa. Não deve se confundir o movimento anticristão filosófico e intelectual com outras vertentes.
Os anticristãos consideram-se contra todas as formas de cristianismo: todas as doutrinas católicas, protestantes e reformistas.
O sentimento anti-cristão começou desde logo no Império Romano durante o primeiro século. O crescimento constante do movimento cristão era visto com desconfiança tanto pelas autoridades como pelo povo de Roma. Este fato levou à perseguição dos cristãos no Império Romano. Durante o século II, o cristianismo foi visto como um movimento negativo de duas formas. A primeira engloba as acusações que eram feitas aos adeptos da fé cristã, de acordo com os princípios defendidos pela população romana. A segunda forma engloba a polémica suplementar suscitada durante a época intelectual.
O sentimento anti-cristão do primeiro século não foi apenas expresso pelas autoridades romanas, foi também expresso pelos judeus. Como o cristianismo era uma pequena seita que, na altura, emergia em grande parte do judaísmo , este sentimento era a cólera de uma religião já estabelecida contra uma fé nova e revolucionária. Paulo de Tarso, que perseguiu os cristãos antes de se tornar um, destacou a crucificação de Jesus como um "empecilho" para os judeus, e a crença de que o Messias teria morrido numa cruz, como um vulgar criminoso, era ofensiva para alguns dos judeus, porque eles esperavam um messias com características diferentes.
Logo na Idade Média os anticristãos foram perseguidos sem distinção por serem considerados hereges e blasfemos, também foram mortos, perseguidos com eles as bruxas, os ciganos, os filósofos diversos, ateístas, as religiões indígenas, ameríndias, as religiões pagãs, as crenças africanas, os homossexuais e as prostitutas da época. Também com eles a maçonaria, muito da ciência e algumas das crenças orientais, muitas religiões/filosofias simplesmente desapareceram, independente o que estavam dizendo ou não.
Dentre as grandes mentes e personagens marcantes desse evento estão Giordano Bruno, que era astrônomo e matemático e místico, acreditava que o universo era infinito o que sugeria vida fora da Terra, disse:
“ | Deveriam sentir maior temor ao pronunciar esta sentença do que eu ao ouvi-la. | ” |
O anticristianismo teve princípio logo no início do cristianismo. O anticristianismo, todavia, teve auge no iluminismo: corrente cultural que reclamava trazer "luzes" ao obscurantismo (do qual, em certa medida, culpava a religião) e uma filosofia que não incluía dogmas, perseguições ou moralidade dúbia. No "século das luzes" (século XVIII), filósofos como René Descartes, John Locke (estes dois últimos século XVII), Montesquieu, Jean-Jacques Rousseau começam a lançar as bases da independência ao cristianismo.
Na França, Voltaire (1694-1770) foi considerado o maior dos filósofos iluministas e um dos maiores críticos do Antigo Regime e da Igreja. Defendeu a liberdade de pensamento e de expressão. Mas as liberdades de pensamento e expressão, no caso dele, significavam liberdade de pensamento e de expressão desvinculada da doutrina cristã. Além de combater a Igreja Cristã como instituição, Voltaire combate também a sua doutrina. Neste combate, afirmava em suas cartas
Por infame referia-se Voltaire à Igreja de Cristo. Voltaire defendia a ideia de uma fraternidade em bases puramente humanas, sem a necessidade de Deus ou superior a Deus. Além da de Voltaire, também a ação difusora dos filósofos Denis Diderot e Jean le Rond d’Alembert foi fundamental para que os valores iluministas ganhassem muita popularidade e tivessem êxito. Muitas das ideias do iluminismo perpetuaram-se até hoje. Por exemplo, alguns defendem que a ideia de liberdade de pensamento de que certa gente é hoje adepta, pode remontar-se ao iluminismo.
Ao longo da história a Igreja Cristã passou por vários processos de mudança e em alguns casos teve de enfrentar-se com o anticristianismo.
Algumas pessoas usavam e usam de ambiguidade e de citações dúbias tais, que poderão levar outras a identificar os primeiros com o anticristianismo. Entre os que se pronunciariam ambiguamente pode-se citar William Shakespeare, Leonardo da Vinci, Sigmund Freud (ateu declarado e pai da psicanálise) e Friedrich Nietzsche.
Freud era contra a religiosidade e a favor do homem acreditar em sí.
Presentemente há muitos jovens em movimentos definidos como ateísmo, materialismo, ceticismo, racionalismo, niilismo, anticlericalismo ou anticristianismo. O desenvolvimento da ciência em disciplinas como a biologia, física, astronomia, entre outras, terá ajudado à expansão deste movimento. Richard Dawkins, biólogo ateu, autor de The God Delusion ("Deus, um Delírio") e Stephen Hawking (1942 - 2018), físico agnóstico, aclamados divulgadores de ciência, defendem, em diferentes campos da ciência, que as leis que a regem não requerem a existência de Deus.