Campeonato Paulista de Futebol de 1968

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Campeonato Paulista de Futebol de 1968
Campeonato Paulista da Divisão Especial de 1968
Dados
Participantes 14
Organização FPF
Campeão Santos (11º título)
Vice-campeão Corinthians
Melhor marcador Teia (Ferroviária), 20 gols
Público 987 896
Média 5 428 pessoas por partida
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O Campeonato Paulista de Futebol de 1968 foi uma competição oficial realizada pela Federação Paulista de Futebol, e teve o Santos como campeão, e Teia, da Ferroviária, como artilheiro, com vinte gols.

Disputa do título

O Santos, campeão paulista do ano anterior, teve uma campanha bem mais regular que os adversários diretos ao título, o que o tornou campeão com três rodadas de antecedência. O Santos de Pelé, Edu, Toninho Guerreiro, Carlos Alberto Torres e Clodoaldo era de fato bem superior a seus concorrentes diretos, São Paulo e Corinthians.

A Ferroviária, surpresa que terminou na terceira posição, não teve elenco para suportar a disputa em pontos corridos com o Santos. E o Palmeiras, único clube com elenco à altura do Santos, estava mais preocupado com a Libertadores, em que ficou com o vice-campeonato, deixando em segundo plano o Paulistão e adiando muitos jogos para após a última rodada do torneio.

Assim, apesar do tropeço diante do Corinthians ainda no primeiro turno, pondo fim à invencibilidade de onze anos diante do rival em Campeonatos Paulistas, o Santos conquistou o bicampeonato. No segundo turno, em 21 de abril, o clube venceu o Corinthians por 2 a 0 no Morumbi, com gols de Douglas e Pelé, abrindo uma vantagem de cinco pontos perdidos que seria decisiva para disparar na frente.

O jogo do título foi diante justamente do Palmeiras, que era o único clube que já lhe levara mais de um título na Era Pelé. De quebra, devido ao desorganizado calendário, o Palmeiras ainda poderia lhe roubar essa taça mesmo tendo apenas 9 pontos, contra 39 do Santos. O Alviverde, que deu prioridade à disputa da Libertadores, jogaria outros catorze jogos atrasados, podendo em teoria igualar os 39 pontos e forçar um jogo-desempate. O outro time que ainda disputava o título era o Corinthians, com 34 pontos, podendo chegar a 40.

Mas o Santos venceu o Palmeiras por 3 a 1, em pleno Parque Antarctica, chegando a inalcançáveis 41 pontos e sagrando-se bicampeão paulista, fazendo a festa na casa do adversário, que, ao contrário das expectativas anteriores, ainda teria problemas para se livrar do rebaixamento.

Polêmicas sobre o descenso

A princípio, o regulamento do campeonato apontava que o último colocado deveria ter sido rebaixado. Palmeiras e Comercial de Ribeirão Preto eram os mais ameaçados de rebaixamento, mas, após o fim da competição, a FPF não promoveu o descenso. O problema foi que o Comercial, que terminara na última colocação, brigou pelos pontos de sua partida contra a Portuguesa em Ribeirão Preto, interrompida após o gol dos visitantes. Depois disso, o árbitro deu prosseguimento, mas tratando os minutos finais como "amistoso".

Mais de um mês após o fim do campeonato, a partida foi anulada pelo STJD e remarcada para a segunda quinzena de agosto, em campo neutro, com portões fechados. A Portuguesa venceu novamente por 1 a 0, aparentemente decretando de vez o rebaixamento comercialino, porém o clube de Ribeirão Preto mais uma vez questionou o resultado na Justiça Desportiva, alegando que o lateral Américo, da Portuguesa, tinha sido escalado irregularmente. Inicialmente, a FPF ignorou o apelo do Comercial, mas, já em 1969, o Conselho Nacional de Desportos deu razão ao clube. Como o Campeonato Paulista de 1969 já tinha sido iniciado, os dirigentes do Comercial aceitaram não tomar parte daquela edição do torneio, sendo o clube readmitido em 1970.

O Comercial também reclamava de uma polêmica envolvendo Palmeiras e Guarani, no penúltimo jogo do campeonato. A história sempre fez parte dos causos futebolísticos paulistas, já que sempre foi contada citando um eventual acordo entre Palmeiras e Guarani para que o time da capital paulista não fosse rebaixado. As equipes enfrentaram-se em Campinas, no penúltimo dos jogos adiados do Palmeiras. O suposto acordo era de que, em troca de uma cessão futura de atletas palmeirenses, o Guarani escalaria um time reserva e com um jogador em situação irregular, de maneira tal que, se o time da casa vencesse, o Palmeiras poderia buscar na justiça desportiva os pontos perdidos. O jogo terminou empatado por 1 a 1, placar que eliminou a possibilidade de queda do Palmeiras à divisão inferior.

Em 2012, 44 anos depois da realização da competição, o jornalista Juca Kfouri retomou publicamente a história em seu blog, trazendo documentos registrados em cartório que supostamente provariam o acordo e gerando grande repercussão nas redes sociais. No dia seguinte, reportagem do UOL apontou que o Comercial teria conseguido evitar o seu descenso provando o acerto prévio entre os dois alviverdes, em atuação nos bastidores que contou até com um suborno usando um carro de luxo Simca Chambord, porém o salvamento do clube fora devido às polêmicas nos jogos contra a Portuguesa.

Durante a retomada da polêmica, o historiador do Palmeiras, Fernando Galuppo, contestou com veemência a história. Segundo ele, o acordo não teria razão para existir porque, na rodada anterior ao jogo entre Guarani e Palmeiras, o time da capital derrotou o América de São José de Rio Preto por 2 a 0, supostamente livrando-se do risco de rebaixamento, com duas rodadas de antecedência. Entretanto, após a vitória contra o América o Palmeiras só tinha-se livrado da possibilidade de ser rebaixado diretamente, pois ficou apenas dois pontos à frente do Comercial. Caso os dois times terminassem empatados em pontos, não seria utilizado nenhum critério de desempate: ambos disputariam um jogo-desempate, conhecido à época como "rebolo". Assim, o Palmeiras precisava efetivamente ganhar ao menos um ponto contra o Guarani, para se livrar de qualquer risco, já que enfrentaria o próprio Comercial no último jogo.

Classificação geral

Campeonato Paulista de 1968
Time Pts J V E D GP GC SG
1 Santos 45 26 22 1 3 71 22 +49
2 Corinthians 34 26 14 6 6 46 28 +18
3 Ferroviária 30 26 11 8 7 42 31 +11
4 Portuguesa 28 26 11 6 9 39 31 +8
5 São Paulo 28 26 11 6 9 39 36 +3
6 São Bento 27 26 11 5 10 40 44 -4
7 XV de Piracicaba 24 26 9 6 11 36 36 0
8 Botafogo 23 26 6 11 9 31 39 -8
9 Guarani 22 26 8 6 12 28 29 -1
10 Portuguesa Santista 22 26 10 2 14 31 51 -20
11 Palmeiras 21 26 8 5 13 34 43 -9
12 Juventus 20 26 8 4 14 29 39 -10
13 América 20 26 8 4 14 31 43 -12
14 Comercial 20 26 7 6 13 31 56 -25
Campeão

Jogo decisivo

19 de maio de 1968 Palmeiras 1–3 Santos Palestra Itália, São Paulo

China Gol marcado aos 1 do 2.º minutos de jogo 1 do 2.º' Ficha técnica Edu Gol marcado aos 8 do 2.º minutos de jogo 8 do 2.º'
Jorge (contra) Gol marcado aos 13 do 2.º minutos de jogo 13 do 2.º'
Toninho Guerreiro Gol marcado aos 21 do 2.º minutos de jogo 21 do 2.º'
Público: 42 143 pagantes (50 143 presentes)
Renda: NCr$ 68 122
Árbitro: Roberto Goicochea


Campeão Paulista de 1968
SANTOS
(11º título)


Notas e referências

Notas

  1. Público total calculado com base na média.

Referências

  1. «Lista de artilheiros do Campeonato Paulista». ge.globo.com 
  2. «Média de público do Campeonato Paulista nos últimos 21 anos». Placar (832). São Paulo: Editora Abril. 5 de maio de 1986. p. 18. ISSN 0104-1762. Consultado em 5 de janeiro de 2019 
  3. Juca Kfouri (22 de fevereiro de 2012). «A história de uma marmelada documentada». Blog do Juca Kfouri. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  4. Bruno Freitas (23 de fevereiro de 2012). «Funcionário do Guarani ganhou carro de luxo para revelar marmelada pró-Palmeiras em 68». UOL Esporte. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  5. «Assessor de imprensa do Palmeiras contesta a provada marmelada de Guarani e Palmeiras, em 1968». Terceiro Tempo. 23 de fevereiro de 2012. Consultado em 9 de agosto de 2020