Censura

Hoje em dia, Censura é um assunto que está na boca de todo mundo. Desde o seu impacto na sociedade até à sua relevância na esfera económica, Censura tem captado a atenção de pessoas de todas as idades e interesses. Com sua influência no dia a dia das pessoas e sua importância na cultura popular, Censura tornou-se um ponto central de discussão em diversas áreas. Neste artigo exploraremos em profundidade como Censura impactou a sociedade e quais são as implicações de sua presença em nossa realidade atual.

 Nota: Este artigo é sobre o controle sobre a imprensa e outros meios informativos. Para a prática na Roma Antiga, veja Censor romano.

Censura (do latim censūra) é a desaprovação e consequente remoção da circulação pública de informação, visando à proteção dos interesses de um estado, organização ou indivíduo. Ela consiste em toda e qualquer tentativa de suprimir a circulação de informações, opiniões ou expressões de qualquer aspecto, sejam elas informativas, documentais ou a livre expressão, seja falada ou artísticas.

Descrição

O propósito da censura está na manutenção do status quo, evitando alterações de pensamento num determinado grupo social e a consequente disposição de mudança de paradigmas políticos ou de comportamento. Desta forma, a censura é muito comum entre alguns centros de influência, como certos grupos de interesses (lobbies), instituições religiosas e governos, como forma de fazer a manutenção do poder ou constituir hegemonia. A censura procura também evitar que certos conflitos e discussões se estabeleçam na sociedade, pelos mesmos motivos anteriormente expostos.

Hipotética versão censurada da famosa pintura "O Nascimento de Vênus", de William-Adolphe Bouguereau.

A censura pode ser explícita ou institucionalizada, no caso de estar prevista na lei, proibindo a informação de ser publicada ou acessível, após ter sido analisada previamente por uma entidade censora que avalia se a informação pode ou não ser publicada (como sucedeu na ditadura portuguesa através da Polícia Internacional e de Defesa do Estado ; ou nos Anos de Chumbo brasileiros), ou pode tomar a forma de intimidação governamental ou popular, onde as pessoas passam a ter medo de expressar ou mostrar apoio a certas opiniões, com medo de represálias pessoais e profissionais e até ostracismo; nesse caso o modus operandi dessas instituições se assemelham a certos tipos de terrorismo.

Pode também a censura ser entendida como a supressão de certos pontos de vista e opiniões divergentes, através da propaganda, contrainformação ou manipulação dos meios de comunicação social. Esses métodos tendem a influenciar a opinião pública de forma a evitar que outro sistema de ideias, que não o dos grupos dominantes, tenham receptividade.

Formas modernas de censura incluem limitações infligidas ao acesso a certos meios de comunicação, ao modo de atribuição de concessões de rádio e televisão por agências reguladoras ou a critérios editoriais discricionários, segundo os quais um jornal, por exemplo, pode não noticiar determinado fato ou conteúdo.

Muitas vezes, a censura de governos se justifica em termos de "proteção do público", mas, na verdade, esconde uma posição que submete artistas, intelectuais e grupos de movimento social ao poder do Estado. A aclamada obra de distopia política de George Orwell, 1984, trata da censura governamental com bastante precisão, inclusive com a retratação de um ministério fictício do Estado da obra, conhecido como "Ministério da Verdade", ironicamente responsável pela falsificação de documentos históricos e literários que possam servir de referência ao passado do país, de forma que ele sempre condiz com o que o establishment propaga como verdade; um exemplo de revisionismo histórico e propagação de desinformação.

Com os recursos e o advento da Internet (que avançou por vários meios independentes e majoritariamente sem fronteiras geográficas), notoriamente conhecida por protagonizar políticas de livre conteúdo, e com o seu fácil acesso a dados e a sistemas de partilha de ficheiros peer-to-peer — como a Freenet — os meios para instituição de censura foram em geral bastante prejudicados, apesar de haverem ocorrências mesmo dentro da rede.

A convivência quotidiana com a censura pode suscitar, entre os produtores culturais e formadores de opinião, uma atitude de defesa bastante corrosiva — a autocensura, que consiste em evitar a abordagem de certos assuntos ou a não expressar opiniões que possam gerar situações de confronto com o poder.

Análise da utilização da censura

Ver também

Referências

  1. «planalto.gov.br». www.planalto.gov.br. Consultado em 10 de maio de 2021 
  2. «Constituição da República Portuguesa». www.parlamento.pt. Consultado em 10 de maio de 2021 
  3. «Censura». Michaelis On-Line. Consultado em 10 de maio de 2021 
  4. SCURO NETO, Pedro (2010). "Sistemas de comportamento criminoso. Crime político (terrorismo)". Manual de Sociologia Geral e Jurídica. Introdução ao estudo do Direito, instituições jurídicas, evolução e controle social, Saraiva (7ª edição), pp. 116-117.

Ligações externas