Cidade Nova (Rio de Janeiro)

No mundo de hoje, Cidade Nova (Rio de Janeiro) é um tema que continua a gerar interesse e debate. Seja pelo seu impacto na sociedade, pela sua relevância na história ou pela sua influência na cultura popular, Cidade Nova (Rio de Janeiro) continua a ser um tema de grande importância hoje. Muito tem sido pesquisado e escrito sobre Cidade Nova (Rio de Janeiro) ao longo dos anos, e sua relevância não diminuiu nem um pouco. Das suas origens às suas implicações no mundo moderno, Cidade Nova (Rio de Janeiro) continua a ser objeto de estudos e pesquisas em diferentes disciplinas. Neste artigo, exploraremos diferentes aspectos de Cidade Nova (Rio de Janeiro) e sua importância no mundo atual.

Cidade Nova
  Bairro do Brasil  
Edifício São Sebastião, durante a construção da estação de metrô, na Cidade Nova.
Edifício São Sebastião, durante a construção da estação de metrô, na Cidade Nova.
Edifício São Sebastião, durante a construção da estação de metrô, na Cidade Nova.
Localização
Distrito Centro e Centro Histórico
História
Criado em 23 de julho de 1981
Características geográficas
Área total 93,48 ha (em 2003)
População total 5,466 (em 2 010) hab.
 • IDH 0,867(em 2000)
Outras informações
Domicílios 2.224 (em 2010)
Limites Centro, Santa Teresa, Catumbi,
Estácio, Praça da Bandeira e Santo Cristo
Subprefeitura Centro e Centro Histórico

Cidade Nova é um bairro da Zona Central do município do Rio de Janeiro. É dividido ao meio pela Avenida Presidente Vargas, a principal avenida da Região Central e uma das principais do município, fazendo a ligação entre o Centro e a Zona Norte do Rio. Seu índice de qualidade de vida, no ano 2000, era de 0,867, o 39º melhor do município, sendo considerado alto. Atualmente, o bairro passa por um processo de revitalização.

História

Século XIX

O nome "Cidade Nova" tem registros que remontam ao período do reinado de D. João VI. Até o início do século XIX, a região era um alagadiço que servia de rota de passagem entre o Centro e as zonas rurais da Tijuca e São Cristóvão. Com os aterros feitos com a intenção de melhorar esta travessia, surgiu o projeto de impulsionar o crescimento da cidade para a área, vindo daí o nome.

Isto se deu, concretamente, com o Decreto de 26 de abril de 1811, firmado pelo então Príncipe Regente. O diploma registra o crescimento populacional da cidade do Rio de Janeiro, desde que se efetuou a transferência da Corte, «sendo por conseguinte muito poucas as casas para acomodação das que já existem e principalmente para a habitação das que vierem a estabelecer-se, levadas do seu interesse ou da necessidade do meu real serviço». Estabelece, diante disso, isenções do imposto da décima para novas edificações residenciais, «nos terrenos situados na Cidade Nova e em qualquer outro lugar pantanoso».

O que hoje é a avenida Presidente Vargas era, então, uma extensa região pantanosa, compreendendo os mangais da Gamboa Grande e o final do Saco de São Diogo. Com os aterros feitos no inicio do século XIX, nela se formou o "Campo de Marte", destinado a manobras de tropas militares e exercícios de tiro. Ali foi aberto o "Caminho do Aterrado", - ou das Lanternas, sobre o qual a rua "São Pedro da Cidade Nova" alcançaria a "Ponte dos Marinheiros", renovada para que a família imperial tivesse acesso do Palácio de São Cristóvão ao que viria a ser Santa Teresa. O Barão de Mauá instalou na Rua São Pedro, em 1851, a "fábrica de gás", projeto do inglês Guilherme Bragge e transformou, em 1857, a vala que corria no aterrado num verdadeiro canal, o Canal do Mangue (entre as Ruas Visconde de Itaúna e Senador Eusébio).

A partir de 1860 a Cidade Nova foi caracteristicamente um bairro proletário, de pequenas casas operárias. Nele, localizava-se a antiga Praça 11 de Junho, que seria destruída com as obras de abertura da Avenida Presidente Vargas, nos anos 1930. As imediações da antiga praça, entretanto, mantém o nome de Praça XI, constituindo hoje um bairro em separado.[carece de fontes?] Em 1895, completou-se o aterro dos pântanos vizinhos com terras que vieram do desmonte do Morro do Senado. Foram então, abertas as ruas Visconde Duprat, Pinto de Azevedo, Pereira Franco, dos Bondes (Machado Coelho), etc.

Século XX

Nos anos 10, a Cidade Nova tornou-se referência como zona de meretrício. As antigas casas operárias foram sendo convertidas em bordéis e uma vila inteira acabou ocupada pelas "casas de tolerância". O nome desta antiga vila operária acabou por se tornar sinônimo de meretrício barato, Vila Mimosa. A partir do final da década de 1960, várias destas casas foram sendo adquiridas e demolidas para dar lugar à construção de prédios residenciais e comerciais, dando a atual verticalização do bairro. A área onde se localizava a original Vila Mimosa foi demolida para abrigar a prefeitura e o teleporto da cidade. A Zona mudou-se irregularmente para a Praça da Bandeira.

Teleporto do Rio de Janeiro.

Nos anos 1970, o bairro começou a se decompor em função da desvalorização imobiliária, ocorreram então projetos mal-sucedidos de re-urbanização e re-ocupação da zona, todos parcialmente executados. Com a construção das linhas do Metrô, a região sofreu várias intervenções. Por outro lado, houve a execução de outra obra importante, a construção do sambódromo da cidade na abandonada Rua Marquês de Sapucaí, inaugurado em 1984 por projeto de Oscar Niemeyer.

Século XXI

Desde 2005, iniciou-se um projeto de criação de um novo polo de desenvolvimento no Rio de Janeiro, em jus ao nome do bairro, e a fim de desconcentrar a densidade de prédios do bairro do Centro. Alguns grandes empreendimentos têm sido construídos no bairro, sendo doze novos prédios de arquitetura e importância notável nos últimos cinco anos, por benefícios e iniciativas da prefeitura. Em 2010, o bairro finalmente foi incluso à Linha 2 do Metrô e até 2017 seria incluso no sistema de VLT, porém, tal sistema não chegou nem perto do bairro.

Geografia

Limites

"Do Viaduto São Sebastião, no ponto em que se encontra com o Ramal Principal da RFFSA; pelo leito deste, até o Canal do Mangue, seguindo por este e pelo Trevo das Forças Armadas (excluído) até a Avenida Paulo de Frontin; por esta (incluído apenas o lado ímpar) até a Rua Joaquim Palhares; por esta (excluída) até a Rua Projetada 1 do PA 10.025; por esta (incluída) até a Rua Neri Pinheiro; por esta (incluída) até a Praça Reverendo Álvaro Reis (excluída); Rua Frei Caneca (excluída, excluindo a Praça Jornalista J.E. de Macedo Soares) até a Rua Paula Matos e, (incluída) da Rua Paula Matos até a Avenida Salvador de Sá; por esta (excluída) até o Viaduto São Sebastião; por este (incluído) ao ponto de partida" - Júlio Coutinho

Atualmente faz limite com os bairros do Centro, Catumbi, Estácio, Santo Cristo, conta com um acesso a Santa Teresa e também limita-se com a Praça da Bandeira, já no início da Zona Norte.

Principais logradouros

  • Avenida Presidente Vargas
  • Rua Benedito Hipólito
  • Rua Júlio do Carmo
  • Rua Marquês de Sapucaí
  • Avenida 31 de Março
  • Rua Presidente Barroso
  • Rua Haroldo de Andrade
  • Rua Carmo Neto
  • Avenida Marechal Henrique Lott
  • Rua Laura de Araújo
  • Rua Afonso Cavalcanti
  • Rua Gustavo Barroso
  • Rua Neri Pinheiro
  • Rua Visconde de Duprat
  • Avenida Salvador de Sá
  • Rua Aníbal Benévolo
  • Rua Correia Vasques
  • Rua Frei Caneca
  • Rua Heitor Carrilho
  • Rua Lauro Müller
  • Rua do Senhor de Matosinhos
  • Rua Pinto de Azevedo
  • Rua Ulysses Guimarães
  • Rua Amoroso Lima

Prédios notáveis

Ver também

Referências

  1. Dados
  2. a b Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000
  3. a b «Mapa de Bairros do Rio». Prefeitura do Rio de Janeiro - Armazém de Dados. Consultado em 17 de abril de 2012 
  4. «Cidade Nova». www.metrorio.com.br. Consultado em 15 de novembro de 2021 
  5. «Decreto 5.280 de 23 de agosto de 1985» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 27 de setembro de 2012 

Ligações externas

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