Corinto

Neste artigo iremos nos aprofundar no emocionante mundo de Corinto, explorando suas múltiplas facetas e significados. Corinto é um tema que tem despertado interesse e debate ao longo da história, tornando-se ponto de encontro de diversas perspectivas e disciplinas. Desde as suas origens até à sua influência hoje, Corinto deixou uma marca indelével na sociedade e na cultura. Ao longo destas páginas, mergulharemos numa viagem de descoberta e reflexão sobre Corinto, analisando o seu impacto em diferentes contextos e a sua relevância na vida das pessoas. Prepare-se para embarcar numa viagem fascinante por Corinto, onde descobriremos a sua importância e significado no mundo contemporâneo.

Grécia Corinto

Κόρινθος

 
  Cidade  
Foto aérea de 2011 mostrando o canal de Corinto
Foto aérea de 2011 mostrando o canal de Corinto
Foto aérea de 2011 mostrando o canal de Corinto
Gentílico Coríntio
Localização
Localização de Corinto na Coríntia
Localização de Corinto na Coríntia
Localização de Corinto na Coríntia
Corinto está localizado em: Grécia
Corinto
Localização de Corinto na Grécia
Coordenadas 37° 56' N 22° 56' E
País Grécia
Região Peloponeso
Unidade regional Coríntia
Características geográficas
Área total 614,61 km²
População total (2011) 58 192 hab.
Densidade 94,7 hab./km²
Altitude máxima 10 m
Altitude mínima 0 m
Código postal 20100
Prefixo telefónico (+30) 27410
Sítio www.korinthos.gr
 Nota: Para outros significados, veja Corinto (desambiguação).
Mapa parcial da Beócia, Ática e o Peloponeso, mostrando a posição de Corinto

Corinto (em grego: Κόρινθος, transliterada Kórinthos, AFI: /ˈkorinθos/) é uma cidade do município de Corinto, na unidade regional da Coríntia, na região do Peloponeso, na Grécia. Desde a reforma no governo local feita em 2011, passou a fazer parte do município de Corinto, do qual é tanto a sede quanto a unidade municipal.

História

A cidade surgiu na Era Neolítica, aproximadamente em 6 000 a.C. Existem várias versões sobre a fundação da cidade. Os coríntios da época de Pausânias (geógrafo) diziam que a cidade havia sido fundada por Corinto, filho de Zeus, e que Éfira, filha de Oceano, foi a primeira moradora da região (que se chamava Efireia).

Corinto foi uma das mais florescentes cidades gregas da Antiguidade Clássica, tendo sido autônoma e soberana durante o Período Arcaico da história da Grécia. Desde aqueles tempos, Corinto experimentou um notável desenvolvimento comercial devido à sua localização, o que trouxe benefícios sobre as artes (principalmente seus vasos de cerâmica) e a cultura de um modo geral, bem como a acumulação de riquezas pela aristocracia local. Contudo, no final dessa fase áurea, a pólis foi governada por um tirano denominado Cípselo, provavelmente entre 657 e 625 a.C., quando iniciou-se um curto período de expansionismo em que foram fundadas colônias no noroeste da Grécia.

Corinto tinha dois importantes portos que movimentavam sua economia: um ficava no golfo de Corinto, outro se localizava ao sul, no mar Egeu. Havia, em Corinto, também dois grandes templos: o templo de Afrodite (deusa do amor) e um templo de Apolo (deus da música, canto, poesia e da beleza masculina). Diz a história que havia, no templo da deusa Afrodite, mil sacerdotisas que, aos finais de tarde, desciam até a cidade e vendiam seus corpos, cultuando, dessa maneira, o sexo. Em Corinto, havia, aproximadamente, 250 mil habitantes. A cidade era conhecida pela sua luxúria e por sediar os Jogos Ístmicos.

Após anos de guerras de resistência ao domínio persa e de lutas entre os gregos pela hegemonia na península, quando chegou a ser rival de Atenas e de Esparta, Corinto, tal como as demais cidades independentes da Grécia, veio a fazer parte do Império Macedônio de Alexandre, o Grande, perdendo, assim, parte da autonomia plena antes existente.

Vencendo Filipe V da Macedônia, em 197 a.C., na Batalha de Cinoscéfalos, o cônsul romano Tito Quíncio Flaminino, a princípio, declarou o respeito de Roma pela autonomia das cidades gregas, o que ocorreu nos Jogos Ístmicos, realizados no istmo de Corinto em 196 a.C.. Todavia, as guarnições romanas ainda se mantiveram presentes na cidade.

A batalha de Corinto foi travada pelos romanos contra Corinto e seus aliados (Liga Aqueia) em 146 a.C. A cidade, que era conhecida por sua imensa riqueza, foi destruída pelos romanos liderados por Lúcio Múmio depois de estes estabelecerem um cerco a ela. Quando ele entrou na cidade, matou todos homens e vendeu as mulheres e crianças como escravos; depois disso, incendiou a cidade. Essa batalha marcou o fim da resistência grega contra Roma, e iniciou a era conhecida como "Grécia romana". Cem anos mais tarde, em 46 a.C., Júlio César decidiu reconstruí-la, tornando-a, assim, a capital da província romana da Acaia.

A cidade foi destruída por um terremoto em 375, e foi saqueada pelos bárbaros do norte em 395, tendo muitos dos cidadãos sido vendidos como escravos na ocasião. Esse ataque e o saque de Roma pelos Visigodos em 409 possivelmente motivaram a construção de um muro de pedra enorme, levantado do Golfo Sarônico ao Golfo de Corinto, protegendo a cidade e a península do Peloponeso de mais invasões bárbaras vindas do norte. O muro de pedra tinha cerca de 10 quilômetros de comprimento e foi chamado de Hexamílio (traduzido do grego, "seis milhas"), durante o reinado do imperador bizantino Justiniano I. Em 551, a cidade foi de novo destruída por um terremoto. Em 856, outro terremoto na cidade matou 45 mil pessoas aproximadamente.

Nos séculos XII e XIII, a riqueza da cidade, gerada pelo comércio da seda aos estados latinos da Europa Ocidental, atraiu a atenção dos Normandos da Sicília, que saquearam a cidade em 1147. Em 1204, Godofredo I de Vilearduin, sobrinho homônimo do famoso historiador da Quarta Cruzada, passou a ter Corinto como sua possessão depois de saquear Constantinopla, ganhando também o título de príncipe de Acaia. De 1205 a 1208, os coríntios resistiram à dominação do Império Latino a partir de um forte em Acrocorinto (a acrópole de Corinto), sob o comando do general Leão Esguro. O cavaleiro francês Guilherme de Champlite liderou as forças cruzadas. Em 1208, Leão Esguro se matou se jogando do topo de Acrocorinto; mesmo assim, de 1208 a 1210, os coríntios continuaram a resistir às forças inimigas. Derrotada, Corinto se tornou parte do Principado de Acaia, governada pelos Vilearduínos de sua capital em Andravida de Elis. Corinto era a última cidade importante ao norte de Acaia, fazendo fronteira com outro Estado nascido das cruzadas, o Ducado de Atenas.

O Império Bizantino reconquistou a cidade e ela se tornou parte do Despotado da Moreia em 1388. O Império Otomano a capturou em 1395, mas os bizantinos a retomaram em 1403. Em 1458, cinco anos depois da queda de Constantinopla, os turco-otomanos conquistaram novamente a cidade e seu castelo. Os otomanos a renomearam Gördes. Em 1687, os Venezianos a tomaram, mas os otomanos a reconquistaram em 1715.

Foi refundada como Nea, ou "Nova" Corinto, em 1858, após um terremoto destruir o povoado já existente de Corinto, que havia se desenvolvido sobre e em torno do sítio arqueológico da Antiga Corinto, cidade-estado da Antiguidade.

O cristianismo em Corinto

Corinto é citada no Novo Testamento da Bíblia como uma das cidades visitadas pelo apóstolo Paulo em suas viagens missionárias. De acordo com o livro dos Atos dos Apóstolos, Paulo, quando esteve nessa cidade, em sua segunda viagem missionária, estabeleceu, nela, uma igreja e, mais tarde, escreveu provavelmente quatro epístolas aos cristãos dessa congregação cristã, dando-lhes vários conselhos pastorais. Dessas epístolas, apenas duas estão no cânon bíblico: a segunda (I Coríntios) e a quarta (II Coríntios).

Referências

  1. Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda. 
  2. Lei de Kallikratis. Ministério do Interior da Grécia (em grego)
  3. Descrição da Grécia, 2.1.1, por Pausânias (geógrafo)
  4. At. 18:1-18