Demografia do Rio Grande do Norte

No mundo moderno, Demografia do Rio Grande do Norte tornou-se um tema de interesse crescente para um amplo espectro de pessoas. Desde especialistas na área até quem pouco sabe sobre o assunto, Demografia do Rio Grande do Norte tem chamado a atenção de todos. Com a rápida evolução da tecnologia e da sociedade, Demografia do Rio Grande do Norte tornou-se relevante em vários aspectos da vida diária. Neste artigo, exploraremos em profundidade as complexidades e dimensões de Demografia do Rio Grande do Norte, analisando o seu impacto em diferentes áreas e oferecendo uma visão abrangente desta questão intrigante.

Densidade populacional dos municípios do Rio Grande do Norte (2010) (hab/km²)
  0-25
  25-50
  50-100
  100-150
  150-200
  200-300
  300-400
  400-500
  > 500
Crescimento populacional
Censo Pop.
1872233 979
1890268 27314,7%
1900274 3172,3%
1920537 13595,8%
1940768 01843,0%
1950967 92126,0%
19601 157 25819,6%
19701 611 60639,3%
19801 933 12620,0%
19912 414 12124,9%
20002 771 53814,8%
20103 168 02714,3%
20223 560 90312,4%
Fonte: IBGE

No censo demográfico de 2010, a população do Rio Grande do Norte, estado localizado a nordeste da região Nordeste do Brasil, era de 3 168 027 habitantes, sendo a décima sexta unidade da federação mais populosa do país, concentrando cerca de 1,7% da população brasileira. De acordo o mesmo censo, 2 464 991 habitantes viviam na zona urbana (77,81%) e 703 036 na zona rural (22,19%). Ao mesmo tempo, 1 548 887 pessoas eram do sexo masculino (48,89%) e 1 619 140 do sexo feminino (51,11%), tendo uma razão de sexo de 95,66. Entre 2000 e 2010, o Rio Grande do Norte registrou um crescimento populacional de 14,30%, superior às médias da região Nordeste (11,29%) e do Brasil (12,48%).

A densidade demográfica, uma razão entre população e área, era de 59,99 habitantes por quilômetro quadrado (hab./km²), a décima maior do Brasil e mais de 2,5 vezes maior que a média nacional (22,43 hab./km²). Dentre os municípios, a maior densidade era verificada em Natal (4 808,2 hab./km²) e a menor em Galinhos, no litoral norte (6,31 hab./km²).

Novamente segundo o mesmo censo, 1 671 286 eram pardos (52,75%); 1 293 931 eram brancos (40,84%); 165 087 pretos (5,23%); 33 857 amarelos (1,07%); 2 788 indígenas (0,09%); além de 358 sem declaração (0,01%). Levando-se em conta a nacionalidade da população, 3 166 001 (99,94%) eram brasileiros, sendo 165 204 brasileiros natos (99,91%) e 797 naturalizados brasileiros (0,03%), além de 2 026 estrangeiros (0,06%). Simultaneamente, 2 892 560 pessoas eram nascidas no próprio estado (91,30%) e os 275 467 restantes eram de outros estados ou até mesmo do exterior (8,70%).

O Índice de Desenvolvimento Humano do estado do Rio Grande do Norte é considerado médio conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013, com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,684, estando na 16ª colocação a nível nacional e na primeira ao nível regional. Considerando-se o índice de longevidade, seu valor é de 0,792 (18º), o valor do índice de renda é 0,678 (16º) e o de educação é de 0,597 (16º). Em 2009, a taxa de fecundidade era de 2,11 filhos por mulher, a décima terceira maior do Brasil.

Municípios mais populosos

Religião

Santuário do Lima em Patu, uma das sete maravilhas do Rio Grande do Norte e um dos locais de maior religiosidade do Nordeste.
Templo da Igreja Batista, no município de Pau dos Ferros.

No censo de 2010, 2 406 313 potiguares eram católicos (75,96%), 487 948 habitantes evangélicos (15,4%), 24 826 espíritas (0,78%), 11 926 testemunhas de Jeová (0,38%), 6 173 católicos apostólicos brasileiros (0,04%), 4 015 mórmons (0,13%), 1 326 católicos ortodoxos (0,04%), 1 088 budistas (0,03%), 807 seguiam religiões orientais (0,03%), outros 807 seguiam o candomblé (0,03%), 546 espiritualistas (0,01%), 538 umbandistas (0,02%), 468 esotéricos (0,01%), 320 judaístas (0,01%), 83 praticavam tradições indígenas (0,00%), 72 pertenciam a outras declarações de religiões afro-brasileiras (0,00%), 45 eram islâmicos (0,00%), 23 hinduístas (0,00%) e quatro a outras religiosidades (0,0001%). Outros 203 055 não possuíam religião (6,41%), dos quais 5 878 eram ateus (0,18%) e 1 203 agnósticos (0,04%); 5 568 possuíam religião indeterminada e tinham múltiplo pertencimento (0,18%), sendo que 5 548 possuíam religião não determinada ou mal definida (0,18%) e vinte declararam possuir múltiplas religiosidades (0,00%); 2 966 não souberam (0,09%) e 661 não declararam (0,02%).

Segundo a divisão da Igreja Católica no Brasil, o Rio Grande do Norte pertence à Regional Nordeste II, que também abrange os estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco, e seu território coincide com a Província Eclesiástica do Rio Grande do Norte, cuja sede é a Arquidiocese de Natal, inicialmente erguida como diocese, em 29 de dezembro de 1909, desmembrada da Diocese de Paraíba. Apenas em 16 de fevereiro de 1952 a diocese foi elevada à condição de arquidiocese. Desde a sua ereção, foram desmembradas as suas atuais dioceses sufragâneas: Mossoró (28 de julho de 1934) e Caicó (25 de novembro de 1939).

O Rio Grande do Norte também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados. Do total de evangélicos, 328 044 pertenciam a igrejas evangélicas de origem pentecostal (10,35%), 59 982 às evangélicas de missão (1,89%) e 99 922 a outras evangélicas não determinadas (3,15%). Dentre as igrejas pentecostais, 226 722 pertenciam à Assembleia de Deus (7,16%), 23 678 à Igreja Universal do Reino de Deus (0,75%), 7 604 à Igreja Deus é Amor (0,24%), 4 665 à Igreja Congregação Cristã do Brasil (0,15%), 2 477 à Igreja do Evangelho Quadrangular (0,08%), 1 201 à Igreja Maranata (0,04%), 1 865 à Igreja O Brasil para Cristo (0,06%), 1 128 à Igreja Casa da Bênção (0,04%), 113 à Igreja Nova Vida (0,00%) e 780 à Comunidade Evangélica (0,02%), além de 57 773 pertencerem a outras evangélicas pentecostais (1,82%). Em relação às igrejas de missão, 32 244 eram pertencentes à Igreja Batista (1,02%), 13 734 à Igreja Adventista (0,43%), 12 480 à Igreja Presbiteriana, 2 337 à Igreja Metodista (0,07%), 1 196 à Igreja Luterana (0,04%), 556 à Igreja Evangélica Congregacional (0,02%) e outros 108 pertenciam a outras igrejas de missão (0,00%).

Regiões metropolitanas

Localização da Grande Natal no Rio Grande do Norte (em vermelho)
  Capital regional A
  Capital regional C
  Centros sub-regionais A
  Centros sub-regionais B
  Centros de zona A
  Centros de zona B

A única região metropolitana existente no Rio Grande do Norte é a Região Metropolitana de Natal (RMN), também referida por Grande Natal, com uma população de 1 351 004 habitantes (2010), sendo a décima sexta maior aglomeração urbana do Brasil.

Foi criada pela lei complementar estadual (LCE) n° 152, de 16 de janeiro de 1997. Inicialmente, integrava apenas os municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba e Extremoz. Com a lei complementar 221/2002, passam a fazer parte da região metropolitana os municípios de São José de Mipibu e Nísia Floresta. Em 2005, o município de Monte Alegre foi adicionado e em 2009 passou a fazer parte o município de Vera Cruz.

Em 25 de fevereiro de 2013, o município de Maxaranguape foi adicionado. Em 27 de julho de 2015, Ielmo Marinho passou a integrar a RMN. Tempos depois, também foram incluídos os seguintes municípios: Arês Bom Jesus e Goianinha.

Rede urbana

Segundo o estudo do IBGE Regiões de influência das cidades 2007 (REGIC 2007), na hierarquia urbana do Brasil, dezenove municípios potiguares estão em algum nível hierárquico definido.

Os municípios que ocupam os níveis mais altos são Natal, como capital regional A e Mossoró, considerada como capital regional do tipo C, não existindo capitais regionais B em território potiguar. Os municípios incluídos nesse nível constituem o terceiro nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos.

Como centros sub-regionais A tem-se Caicó e Pau dos Ferros; e centros sub-regionais B Assu e Currais Novos. Esses municípios exercem influência apenas em cidades próximas, povoados e zona rural.

No menor nível, os centros de zona (apresentam atuação restrita às vizinhanças), João Câmara e Macau são classificadas como centros de zona A, enquanto Apodi, Alexandria, Canguaretama, Parelhas, Passa-e-Fica, Patu, Santa Cruz, Santo Antônio, São Miguel, São Paulo do Potengi e Umarizal pertencem ao grupo centros de zona B.

Notas

  1. Não inclui os municípios de Arez, Goianinha, Ielmo Marinho e Maxaranguape, incluídos na região metropolitana posteriormente.

Referências

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Ligações externas