Hoje em dia, Deus é um problema muito importante que afeta pessoas em todo o mundo. Desde as suas origens até ao seu impacto na sociedade moderna, Deus tem sido objeto de debate e reflexão tanto por parte de especialistas como de cidadãos. Neste artigo, exploraremos os diferentes aspectos de Deus, desde sua evolução ao longo do tempo até sua relevância hoje. Também veremos como Deus influenciou diferentes aspectos da vida diária e examinaremos possíveis soluções para enfrentar os desafios associados a Deus. Através desta exploração, esperamos fornecer uma visão mais completa e aprofundada de Deus e do seu impacto na sociedade contemporânea.
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Deus é um conceito de Ser Supremo presente em diversas religiões monoteístas, henoteístas ou politeístas, sendo geralmente definido como o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. O conceito de Deus, conforme descrito pelos teólogos, geralmente inclui os atributos da onisciência (todo conhecimento), a onipotência (poder ilimitado), a onipresença (presente em todos os lugares), a simplicidade divina e a existência eterna e necessária. Muitos teólogos também descrevem Deus como sendo onibenevolente (perfeitamente bom) e amoroso.
É mais frequentemente descrito como incorpóreo (imaterial) e sem gênero, embora muitas religiões descrevam Deus usando a terminologia masculina, através do uso de termos como "Ele" ou "Pai", sendo que algumas religiões (como o judaísmo) atribuem apenas um "gênero" puramente gramatical a Deus. A incorporeidade e a corporeidade de Deus estão relacionadas a concepções de transcendência (estar fora da natureza) e imanência (estar na natureza, no mundo) de Deus, com posições de síntese como o panenteísmo e a "transcendência imanente" da teologia chinesa.
Deus foi concebido como pessoal ou impessoal. No pensamento monoteísta, Deus é o Ser Supremo e principal foco de fé. No teísmo, Deus é o criador e sustentador do Universo, enquanto no deísmo, Deus é o criador, mas não o sustentador do Universo. No panteísmo, Deus é o próprio Universo. No ateísmo, Deus não existe, enquanto é considerado incognoscível no contexto do agnosticismo. Deus também foi concebido como a fonte de todas as obrigações morais". Muitos filósofos notáveis desenvolveram argumentos a favor e contra a existência de Deus.
As muitas concepções diferentes de Deus e as reivindicações concorrentes quanto às suas características, objetivos e ações levaram ao desenvolvimento de ideias do pandeísmo ou de uma filosofia perene, que postula que existe uma verdade teológica subjacente, a qual todas as religiões expressam um entendimento parcial, e a respeito da qual "os devotos nas diversas grandes religiões do mundo são, de fato, adorando o mesmo Deus, mas através de conceitos diferentes que se sobrepõem ou com imagens mentais diferentes Dele."
O termo deus tem origem no termo latino deus, que significa divindade ou deidade. Os termos latinos Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino", descendem do Proto-Indo-Europeu *deiwos = "brilhante/celeste", termo esse encerrando a mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus).[carece de fontes]
Na Antiguidade Clássica, o vocábulo em latim era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. Em um mundo dominado pelas religiões abraâmicas, com destaque ao cristianismo, o termo é usado hodiernamente com sentido mais restrito - designando uma e a única deidade - em frases e expressões religiosas como Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco"; no título do hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos". Mesmo na expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina, de Públio Virgílio, Dabit deus his quoque finem, que pode ser traduzida como "Deus trará um fim a isto", e no grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, que, em português, traduz-se por "assim quer Deus", ou "esta é a vontade de Deus", verifica-se o mesmo sentido restrito.[carece de fontes]
Em latim, existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", delas derivando as expressões portuguesas "(Oh) meu Deus!", "(Ah) meu Deus!" e "Deus meu!". Dei é uma das formas flexionadas ou declinadas de "Deus" no latim. É usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").[carece de fontes]
A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, e ironicamente referem-se todas a teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo". Teísmo é a crença em um Deus providente e interferente. Seguidores dessas teorias, e ocasionalmente seguidores do panteísmo, podem vir a usar, em variadas línguas, especialmente no inglês, o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o deísmo. São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus.[carece de fontes]
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas conotações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento. Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário. Um conceito similar é Deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino. Ambas referem-se a uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação nem via exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.[carece de fontes]
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica gott vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa "God" é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos linguistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Europeia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".
A forma capitalizada deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre o "God" monoteísta e os "gods" do politeísmo. Apesar das diferenças significativas entre religiões como o cristianismo, islamismo, hinduísmo, a fé bahá'í e o judaísmo, o termo "God" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Aquenáton e Zoroastrismo.[carece de fontes]
Há muitos nomes para Deus e nomes diferentes são anexados a diferentes ideias culturais sobre sua identidade e atributos. No Egito Antigo, o atonismo, possivelmente a primeira religião monoteísta registrada, esta deidade se chamava Aton, com base em ser o verdadeiro Ser Supremo e o criador do universo.
Na Bíblia hebraica e no judaísmo, "Ele que é", "Eu Sou o Eu Sou", e o tetragrama YHWH (em hebraico: יהוה, que significa: "Eu sou quem eu sou", "Ele que existe") são usado como nomes de Deus, enquanto Yahweh e Jeová às vezes são usados no cristianismo como vocalizações de YHWH. Na doutrina cristã da Trindade, Deus, consubstancial em três pessoas, é chamado de Pai, Filho e Espírito Santo. No judaísmo, é comum se referir a Deus pelos nomes Elohim ou Adonai, o último dos quais é acreditado por alguns estudiosos como originário do Aten egípcio.
No Islã, o nome Alá é usado, apesar dos muçulmanos também terem vários nomes para Deus. No hinduísmo, Brâman é muitas vezes considerado um conceito monista de Deus.
Na religião tradicional chinesa, Deus é concebido como o progenitor (primeiro antepassado) do universo, intrínseco e constantemente ordenando. Outras religiões têm nomes para Deus, por exemplo, Baha na Fé Bahá'í, Waheguru no sikhismo, e Aúra-Masda no zoroastrismo.
As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações, focando-se sobretudo nas concepções socializadas ou institucionalizadas, já que concepções de Deus formuladas por pessoas individuais usualmente variam tanto que não há claro consenso possível sobre a natureza de Deus.
No Teísmo, mais especificamente o Teísmo de cunho monoteísta ou monolátrico, Deus é descrito de uma forma personificada, um ser com atributos humanizados e personalidade bem definida. Essas características muitas vezes foram reveladas aos homens através de textos contidos nos livros sagrados, quais sejam: o Bagavadguitá, dos hinduístas; o Tipitaca, dos budistas; o Tanaque, dos judeus; o Avestá, dos zoroastrianos; a Bíblia, dos cristãos; o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias; o Alcorão, dos islâmicos; o Guru Granth Sahib dos siquis; o Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís; o Evangelho do Monstro do Espaguete Voador dos ensinamentos do Pastafarianismo.
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens supostamente escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como: Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica; Zoroastro, na fé zoroastriana; Críxena, na fé hindu; Buda, na fé budista; Jesus Cristo, na fé cristã e islâmica; Maomé, na fé islâmica; Guru Nanak, no siquismo, Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í.
O teísmo sustenta que Deus existe realmente, objetivamente, e independentemente do pensamento humano, sustenta que Deus criou tudo; que é onipotente e eterno, e é pessoal, interessado, e responde às orações. Afirma que Deus é tanto imanente e transcendente, portanto, Deus é infinito e de alguma forma, presente em todos os acontecimentos do mundo.
A teologia católica sustenta que Deus é infinitamente simples, e não está sujeito involuntariamente ao tempo. A maioria dos teístas asseguram que Deus é onipotente, onisciente e benevolente, embora esta crença levante questões acerca da responsabilidade de Deus para com o mal e sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus uma autoconsciência ou uma proposital limitação da onipotência, onisciência, ou benevolência.
O teísmo aberto, pelo contrário, afirma que, devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não significa que a divindade pode prever o futuro. O "Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral, para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja, politeísmo ou monoteísmo.
O pandeísmo e o panendeísmo, respectivamente, combinam as crenças do deísmo com o panteísmo ou panenteísmo.
Nas religiões monoteístas atuais, a citarem-se o cristianismo, judaísmo, islamismo, siquismo e a fé bahá'í, o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da Mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (o Tetragrama YHVH), que quer dizer "Yahweh", que muitos pronunciam em português como "Jeová". Mas, com o tempo, deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo a ele por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Senhor", "O Salvador", "O Todo-Poderoso", "O Deus Altíssimo", "O Criador" ou "O Supremo", "O Deus de Israel", ou títulos similares.
Um bom exemplo desse tipo de associação entre Deus e suas características ou ações, bem como da expressão do relacionamento dos homens com deus, ainda fazem-se explícitas em alguns nomes e expressões hebraicas, como Rafael, "curado - (Raf) - por Deus - (El)"; e árabes, por exemplo em "Abdallah", "servo - (abd) - de Deus - (Allah)".
As principais características deste Deus-Supremo seriam: a onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas; a onipresença: poder de estar presente em todo lugar; a onisciência: poder de saber tudo; e a onibenevolência: poder da bondade infinita.
Segundo as perspectivas abraâmicas, as doravante enfocadas, Deus é, muitas vezes, expressado como o Criador e Senhor do Universo. Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos utilizados para estabelecer as várias concepções de Deus. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência ou bondade perfeita, simplicidade divina, zelo, sobrenaturalidade, transcendentalidade, eternidade e existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser intangível com personalidade divina e justa; a fonte de toda a obrigação moral; em suma, o "maior existente".
Tais atributos foram todos, anteriormente, defendidos em diferentes graus pelos filósofos teológicos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo-se, entre eles, Rambam, Agostinho de Hipona e Al-Ghazali, respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus, intencionando, entre outros, elucidar as "aparentes" contradições decorrentes de muitos destes atributos quando justapostos.
O Zoroastrismo é um exemplo de religião henoteísta e na opinião de alguns estudiosos, monolátrica, uma vez que o deus-criador, Zurvan, não é adorado, mas sim seu filho Aúra-Masda (o deus que representa o bem), por oposição a seu inimigo, Arimã (o deus mal). Os filhos de Aúra-Masda também são considerados deidades mas não recebem adoração.
A cultura grega exerceu forte influência sobre a formação da ideia de Deus no Ocidente, a partir da tentativa, desde os seus primórdios, em explicar a ordem do universo e o fato de que ele não se transforme em caos. Inicialmente, a resposta que pareceu mais simples aos pensadores gregos afirmava que o sensível permanece contínuo e integrado por ser a expressão material e diversificada de uma única substância fundamental. Parmênides e Heráclito, posteriormente, afirmaram que a unidade do mundo não reside no próprio mundo, mas numa instância suprema que, sem ser material e sensível, consiste em ordem e unidade.
No Panteísmo, Deus é visto como tudo o que existe, ou seja o próprio Universo (ou a Natureza). Sendo assim, os panteístas não acreditam num deus pessoal ou antropomórfico, e ainda que existam divergências dentro do panteísmo, as ideias centrais dizem que deus é encontrado em todo o cosmos como uma unidade abrangente.
A Umbanda segue princípios animistas e neo-panteístas, onde Zambi, também chamado Deus, é associado aos diversos elementos da Natureza, descritos como os Orixás originários do Candomblé, que nada mais seriam, na Umbanda, do que manifestações da presença do próprio Pai Eterno. Ainda na Umbanda neo-panteísta, Deus está presente no mundo e permeia tudo o que nele existe, também podendo ser experimentado como algo impessoal, como a alma do mundo, ou um sistema do mundo.
Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem. As principais correntes filosóficas que investigam e procuram dar respostas para a questão são:
Em resumo, podem-se distinguir três linhas centrais de pensamento:
Entre os teístas, além das revelações oriundas de livros considerados sagrados, como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer Deus e suas qualidades observando a natureza e suas criações. Argumentam que existem evidências científicas suficientes que inequivocamente implicam uma fonte de energia ilimitada, e que esta seria o criador da substância do universo. Alegam que, observando a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica quanto microscópica, podem inequivocamente concluir pela existência de Deus. Como exemplo, uma das correntes cristãs que defendem tal posição é a dos protestantes norte-americanos engajados no movimento do Desenho Inteligente. William Dembski é um dos defensores dessa linha de pensamento.
Para vários ateístas e agnósticos, a situação é diferente. Para a maioria desses, a definição de Deus, conforme proposta pelos teístas, se faz por sentença não testável frente ao mundo natural, que segue seu curso seguindo regras inexoráveis; e, nesses termos, Deus é sustentado apenas por fé, não havendo razão física natural que permita decisão racional ou a favor ou contra Sua existência. Citam, não raramente, a fim de corroborar seu posicionamento, a postura similar adotada pela ciência moderna; a de que deus(es) transcende(m) aos "tubos de ensaio"; e que, por tal não se pode entrar empiricamente nos "méritos daquEle(s)". Adotam, em essência, o posicionamento definido pela ciência, sendo Marcelo Gleiser um dos defensores dessa linha de pensamento.
Há, ainda, os que vão além, e afirmam que a situação inicial se inverte. Para alguns ateístas a análise fria do universo e do que nele e na Terra ocorre mostra-nos, claramente, que não há um Deus ou mesmo outra deidade onipotente qualquer atrelados. Segundo essa corrente de pensamento, o universo, se fosse projetado e concebido por um ser onipotente, onisciente, justo e paternal - como geralmente definido pelos teístas -, teria, certamente, características muito distintas das cientificamente observadas. Richard Dawkins é um dos mais famosos defensores dessa linha de pensamento.
Teólogos e filósofos atribuíram um número de atributos para Deus, incluindo onisciência, onipotência, onipresença, amor perfeito, simplicidade, e eternidade e de existência necessária. Deus tem sido descrito como incorpóreo, um ser com personalidade, a fonte de todos as obrigações morais, e concebido como o melhor ser existente. Estes atributos foram todos atribuídos em diferentes graus por acadêmicos judeus, cristãos e muçulmanos desde épocas anteriores, incluindo Santo Agostinho, Al-Ghazali e Maimônides.
Muitos argumentos desenvolvidos por filósofos medievais para a existência de Deus buscaram compreender as implicações precisas dos atributos divinos. Conciliar alguns desses atributos gerou problemas filosóficos e debates importantes. A exemplo, a onisciência de Deus implica que Deus sabe como agentes livres irão escolher para agir. Se Deus sabe isso, a aparente vontade deles pode ser ilusória, ou o conhecimento não implica predestinação, e se Deus não sabe, então não é onisciente.
Nos últimos séculos, tem-se visto, na filosofia, vigorosas perguntas acerca dos argumentos para a existência de Deus, propostas por filósofos tais como Immanuel Kant, David Hume e Antony Flew. Mesmo Kant, embora considerasse que o argumento de moralidade era válido, fez várias críticas aos usuais argumentos empregados.
A resposta teísta tem sido, usualmente, fundada em argumentos como os de Alvin Plantinga, que afirmam que a fé é "adequadamente básica", ou em argumentos, como Richard Swinburne, fundados na posição evidencialista. Alguns teístas concordam que nenhum dos argumentos para a existência de Deus são vinculativos, mas alegam que a fé não é um produto da razão, mas exige risco. Não haveria risco, dizem, se os argumentos para a existência de Deus fossem tão sólidos quanto as leis da lógica, uma posição assumida por Pascal bem ao estilo: "O coração tem razões que a razão não conhece."
Stephen Jay Gould propôs uma abordagem dividindo o mundo da filosofia no que ele chamou de "magistérios não sobrepostos". Nessa visão, as questões do sobrenatural, tais como as relacionadas com a existência e a natureza de Deus, são não empíricas e estão no domínio próprio da teologia. Os métodos da ciência devem ser utilizadas para responder a qualquer questão empírica sobre o mundo natural, e a teologia deve ser usada para responder perguntas sobre o propósito e o valor moral.
Nessa visão, a percepção de falta de qualquer passo empírico do magistério do sobrenatural para eventos naturais faz da ciência o único ator no mundo natural.
Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica".
Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo.
Stephen Hawking argumenta que, em vista das recentes descobertas e avanços da ciência, sobretudo na área da cosmologia, a existência de um deus responsável pela existência e pelos eventos do universo mostra-se não apenas desnecessária mas também altamente improvável, para não dizer incompatível.
Pascal Boyer argumenta que, embora exista uma grande variedade de conceitos sobrenaturais encontrados ao redor do mundo, em geral seres sobrenaturais tendem a se comportar tanto como as pessoas. A construção de deuses e espíritos como as pessoas é um dos melhores traços conhecidos da religião. Ele cita exemplos de mitologia grega, que é, na sua opinião, mais como uma novela moderna do que outros sistemas religiosos. Bertrand du Castel e Timothy Jurgensen demonstram através de formalização que o modelo explicativo de Boyer corresponde ao que a epistemologia física faz ao trabalhar com entidades não diretamente observáveis como intermediários.
O antropólogo Stewart Guthrie afirma que as pessoas projetam características humanas sobre os aspectos não humanos do mundo porque isso os torna mais familiares e por tal "compreensíveis". Sigmund Freud também sugeriu que os conceitos de Deus são projeções de um pai.
Da mesma forma, Émile Durkheim foi um dos primeiros a sugerir que os deuses representam uma extensão da vida social humana para incluir os seres sobrenaturais. Em linha com esse raciocínio, o psicólogo Matt Rossano afirma que quando os humanos começaram a viver em grupos maiores, eles podem ter criado os deuses como um meio de garantir a moralidade. Em pequenos grupos, a moralidade pode ser executada por forças sociais, como a fofoca ou a reputação. No entanto, é muito mais difícil impor a moral usando as forças sociais em grupos muito maiores. Ele indica que, ao incluir sempre deuses e espíritos atentos, os humanos descobriram uma estratégia eficaz para a contenção do egoísmo e a construção de grupos mais cooperativos.
O anarquista Mikhail Bakunin faz uma crítica à ideia de Deus, posicionando-O como sendo uma ideia criada pelas elites - reis, senhores de escravos, senhores feudais, sacerdotes, capitalistas etc. - que busca justificar a sociedade autoritária, projetando, ideologicamente, as relações de dominação para o universo como um todo: Deus como senhor ou rei, e o universo como escravo ou súdito. A ideia de Deus serviria, segundo ele, como um mero instrumento de dominação cuja função seria fazer os dominados aceitarem sua exploração como se fosse um fato natural, cósmico e eterno, ou seja, um fato do qual não podem fugir, restando-lhes, apenas, a opção de resignarem-se.
1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e regulador do Universo. 3 Cada uma das pessoas da Santíssima Trindade. 4 Indivíduo ou personagem que, por qualidades extraordinárias, se impõe à adoração ou ao amor dos homens. 5 Objeto de um culto, ou de um desejo ardente que se antepõe a todos os outros desejos ou afetos. Cada uma das divindades masculinas do politeísmo. Pl: deuses. Fem: Deusa. Deus-dará: na locução adverbial ao deus-dará: à toa, descuidadamente, a esmo, ao acaso. Nem à mão de Deus Padre: por forma nenhuma, apesar de todas as contradições.
1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e regulador do Universo. 3 Cada uma das pessoas da Santíssima Trindade. 4 Indivíduo ou personagem que, por qualidades extraordinárias, se impõe à adoração ou ao amor dos homens. 5 Objeto de um culto, ou de um desejo ardente que se antepõe a todos os outros desejos ou afetos. 6 Cada uma das divindades masculinas do politeísmo. Pl: deuses. Fem: Deusa. Deus-dará: na locução adverbial ao deus-dará: à toa, descuidadamente, a esmo, ao acaso. Nem à mão de Deus Padre: por forma nenhuma, apesar de todas as contradições.
The theological traditions of Christianity, Islam, and Judaism all, in their formative periods, looked to ancient Greek philosophy for the language and arguments with which to articulate their religious visions. For all of these, Platonism expressed the philosophy that seemed closest to their own theologies. Plotinus was the principal source for their understanding of Platonism.