Deusa

No mundo de Deusa, encontramos uma grande variedade de aspectos e singularidades que merecem ser explorados e compreendidos. Desde as suas origens até à sua relevância hoje, Deusa tem sido objeto de interesse e estudo de especialistas e investigadores. A diversidade de opiniões e abordagens sobre Deusa convida-nos a refletir sobre o seu impacto nas diferentes esferas da sociedade. Ao longo da história, Deusa gerou debates, polêmicas e até inspiração, deixando sua marca na cultura, na ciência, na política e em outras áreas. Neste artigo nos aprofundaremos no fascinante universo de Deusa, investigando suas múltiplas facetas e significado no mundo contemporâneo.

Deusa é um conceito de Divindade Eterna e Infinita presente em diversas religiões monoteístas, henoteístas ou politeístas, sendo geralmente definida como a espírita infinita e eterna, criadora, preservadora e transformadora do Universo. O conceito de Deusa, como é descrito por pessoas estudiosas de teologia, geralmente inclui os atributos da onisciência (todo conhecimento), a onipotência (poder ilimitado), a onipresença (presente em todos os lugares), a simplicidade e complexidade divina e a existência eterna, imprescindível, mágica e miraculosa. Nos estudos teológicos também descrevem a Deusa como sendo onibenevolente (perfeitamente boa) e amorosa.

Deusa ou deidade Feminina pode ser entendida como a divindade feminina manifesta. Independente ou em associação, algumas vezes em união com o aspecto masculino, com algum "deus", integrando um panteão que inclui divindades de ambos os gêneros.

Em alguns casos, a Deusa pode mesclar-se ao gênero masculino, constituindo um dos aspectos de uma deidade hermafrodita. As representações de gênero das deidades são variadas e transformam-se no tempo e no espaço nas várias culturas.

Aspectos dos conceitos de deusa e de deus

Como o conceito de monoteísmo e politeísmo são relativistas, os conceitos de deus e deusa correm o risco de ser culturalmente mal entendidos, devendo-se atentar para os contextos de patriarcado e matriarcado ao qual se relacionam. O conceito de deusa é defendido por modernas matriarcas e panteístas como uma versão feminina de ou analógica a deus, isto é, o deus abraâmico), que no feminismo e em outros círculos é entendido como fundamental no conceito patriarcal de domínio — à exclusão de conceitos femininos.

A relação feminino-masculino é às vezes fundamental no monismo ("Um- ísmo"), de preferência, do que através de um conceito definitivo e rígido de monoteísmo versus politeísmo, onde a deusa e deus são vistos como os gêneros de uma mônada transcendental. No paganismo sempre existiram Deusas-Mães e deuses corníferos vivendo em panteões próprios a culturas, povos e épocas. 

Transformações simbólicas

É interessante notar a mudança que sofrem os mitos de deidades femininas ao longo deste processo, pois, após a derrocada do matriarcado e a descoberta do ferro, todos os valores femininos foram também caindo, sendo demonizados, absorvendo estereótipos depreciativos criado por seus opositores, em decorrência de interesses e novos engendramentos econômicos.

O culto das deusas acha-se basicamente associado a três aspectos: psicológico, geo-físico e econômico. O aspecto psicológico engloba a veneração dos antigos pela geração materna (A Grande Mãe). O aspecto geo-físico está ligado à veneração pela natureza (estrelas etc.). O aspecto econômico está ligado à produção material no matriarcado, sistema em que a mulher sustentava toda a gens com a plantação, sendo associada à agricultura, plantio, colheita e abundância.

As deusas nas diferentes culturas e religiões

Antigo Egito

Ver artigo principal: Mitologia egípcia

Grécia Antiga

Ver artigo principal: Mitologia grega

Roma Antiga

Ver artigo principal: Mitologia romana
Escultura de Ceres, deusa romana da agricultura

Mesopotâmia

Lilia, em gravura de John Collier
Ver artigo principal: Mitologia suméria

Arábia Antes do Islão, um número de deusas foi cultuado, inclusive as três referidas como filhas de Deus: Alilat, Uza e Maná, as três deusas-chefes de Meca.

Religião proto-indo-europeia

Paganismo

Religiões dármicas

Hinduísmo

Taoismo

Budismo

  • Kuan Yin, ou Guānyīn 觀音, "Aquela que enxerga os apelos do mundo", divindade feminina ou deusa da compaixão no budismo chinês, transformação da divindade indiana da compaixão Avalokiteśvara, em fusão com divindades femininas locais e associada principalmente à lendária princesa Miàoshàn 妙善, que teria vivido na longínqua dinastia Zhōu 周, Zhōucháo 周朝, entre o século X e o III a.C.. Kuan Yin tem aspecto maternal e pacífico predominante.
  • Kannon Bosatsu, "Aquela que enxerga os apelos do mundo", divindade feminina ou deusa da compaixão no budismo japonês, trazida, a partir do século VI, das devoções chinesas e coreanas, transformações do mito indiano de origem, Avalokiteśvara.

Xintoísmo, ou, em japonês, shintō 神道

  • Amaterasu Ōmikami 天照皇大神, “A Grande Deusa Imperial do Sol Brilhante”: associada à força materna da criação.
  • Izanami

Religião céltica

Ver artigo principal: Mitologia céltica


Deusa do Fred


Religião germânica

Ver artigo principal: Mitologia nórdica

Constam da mitologia germânica numerosas deidades femininas e gigantas.

Gnosticismo Os gnósticos sempre foram perseguidos por acreditarem que a Divindade se manifestava duplamente, como Pai-Sabedoria e como Mãe-Amor.

Wicca

Ver também

Referências

  1. Blofeld, John. A Deusa da compaixão e do amor. O culto místico a Kuan Yin. Trad. Antonio de Pádua Danesi e Gilson César Cardoso de Sousa. São Paulo, Ibrasa, 1995, p.195.
  2. Campbell, Joseph. O Herói de Mil Faces. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo, Cultrix/Pensamento, 1988, p.210

Bibliografia

  • Blofeld, John. A Deusa da compaixão e do amor. O culto místico a Kuan Yin. Trad. Antonio de Pádua Danesi e Gilson César Cardoso de Sousa. São Paulo, Ibrasa, 1995
  • Brandão, Junito. Introdução ao Mito dos Heróis. Mitologia Grega. Vol.III. Rio de Janeiro, Vozes, 1987.
  • Campbell, Joseph. O Herói de Mil Faces. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo, Cultrix/Pensamento, 1988, p. 210.
  • Neumann, Erich. A Grande Mãe. Um estudo fenomenológico da construção feminina do inconsciente. Trad. Fernando Pedroza de Mattos e Maria Silvia Mourão Netto. São Paulo, Cultrix, 2003.