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Exército Republicano Irlandês | |
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Datas | Oficialmente: 1919–2005 Grupo dissidente: 1997–presente (Real IRA) |
Ideologia | Republicanismo irlandês Nacionalismo irlandês Irlanda Unida |
Objetivos | Unificação da Irlanda como um estado Republicano |
Organização | |
Origem étnica |
Irlandeses Católicos |
Sede | Irlanda |
Área de operações |
Ilha da Irlanda e Grã-Bretanha |
Efetivos |
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Antecessor(es) anterior |
Exército Republicano Irlandês |
Relação com outros grupos | |
Aliados | República da Irlanda (alegado; em especial nas décadas de 1960/1970) Líbia União Soviética (para a facção marxista apenas) Estónia (alegado pelo FSB da Rússia na década de 1990) Organização para a Libertação da Palestina Euskadi Ta Askatasuna Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia Doadores privados americanos de origem irlandesa |
Inimigos | Reino Unido Irlanda do Norte Estado Livre da Irlanda (1922-1937) República da Irlanda (a partir de 1937) Milícias protestantes pró-Reino Unido |
Conflitos | |
Guerra de Independência da Irlanda Guerra Civil Irlandesa Campanha de Sabotagem do IRA Campanha do Norte do IRA Campanha Fronteiriça do IRA Conflito na Irlanda do Norte Campanha Dissidente Republicana Irlandesa |
O Exército Republicano Irlandês, mais conhecido por sua sigla em inglês, IRA (Irish Republican Army), é um conjunto de diversos grupos paramilitares irlandeses que, nos séculos XX e XXI, lutaram contra a influência Britânica na ilha da Irlanda. Recorria a métodos de guerra assimétrica, sendo frequentemente acusados de terrorismo, notório principalmente por ataques à bomba e emboscadas com armas de fogo, e tinha como alvos tradicionais protestantes, políticos unionistas e representantes do governo britânico. Na sua fundação, o IRA tinha ligações com outros grupos nacionalistas irlandeses e um braço político do partido Sinn Fein ("Nós Próprios", em irlandês). Sua ideologia variou ao longo do tempo, abrangendo republicanismo, nacionalismo, irredentismo, unionismo irlandês e separatismo com relação à Grã-Bretanha, incluindo também sectarismo e defesa da comunidade católica da Irlanda contra a minoria protestante (que eram vistos como lealistas em relação à Inglaterra).
O IRA não era um grupo sectário e afirmava ser aberto a todos os irlandeses, mas a esmagadora maioria dos seus membros eram católicos com quase nenhum protestante servindo como "membro ativo" do grupo. O historiador Peter Hart escreveu, nos seus estudos sobre os membros do IRA, que apenas três protestantes serviram como "ativos" no movimento entre 1919 e 1921. Dos 917 membros do IRA condenados pelos britânicos durante a Guerra de Independência da Irlanda, apenas um era protestante. Embora a maioria esmagadora dos membros do IRA fossem católicos, havia de fato outras minorias (que eles chamavam de "pagãos"), como ateus e católicos não praticantes. A maioria dos soldados do IRA eram irlandeses natos, mas havia também pessoas nascidas em outras regiões do Reino Unido.
Na Irlanda do Norte, a principal função do IRA, durante o The Troubles, era defender a comunidade católica da violência sectária. Por esta razão, Peadar O'Donnell, um líder de esquerda do IRA que se opunha ao nacionalismo católico predominante dentro da organização, disse depreciativamente que "nós não temos um batalhão do IRA em Belfast, nós temos um batalhão de católicos armados". A partir de 1969, a violência sectária na Irlanda do Norte foi se acentuando, com o IRA perpetrando ataques contra alvos protestantes e, principalmente, defendendo a minoria católica por lá. Esta minoria, que costumava ser maioria em todo o território irlandês, passou a encarar o catolicismo como símbolo de resistência contra a agressão britânica e como elemento comum para a reunificação da Irlanda.
Em 28 de Julho de 2005, o IRA anuncia o fim da "luta armada" e a entrega de armas. O processo de entrega de armas terminou em 26 de Setembro de 2005. Todo o processo de desmantelo do armamento foi orientado pelo chefe da Comissão Internacional de Desarmamento, o general canadense John de Chastelain. Porém, grupos de dissidentes que não aceitavam a resolução pacífica da questão política continuam tentando realizar atentados terroristas, sem sucesso.