Gisèle Halimi

No mundo de hoje, Gisèle Halimi é um tema altamente relevante que tem chamado a atenção de pessoas de todas as idades e origens. A importância de Gisèle Halimi tem levado a uma ampla gama de estudos, debates e análises em diferentes campos, desde ciência e tecnologia até política e cultura. Com o tempo, Gisèle Halimi tornou-se um ponto central de interesse para a sociedade, gerando entusiasmo e preocupação em igual medida. Neste artigo exploraremos a fundo os aspectos mais relevantes de Gisèle Halimi e analisaremos seu impacto na sociedade moderna.

Gisèle Halimi
Gisèle Halimi
Gisèle Halimi, em setembro de 2008.
Deputada por a 4ta circunscrição do Isère
Período 21 de junho de 1981
a 9 de setembro de 1982
Antecessor(a) Jacques-Antoine Gau
Sucessor(a) Maurice Rival
Dados pessoais
Nome completo Zeiza Gisèle Élise Taïeb
Nascimento 27 de julho de 1927
La Goulette
Morte 28 de julho de 2020 (93 anos)
Paris, França
Nacionalidade francesa
Cônjuge Paul Halimi
Claude Faux
Partido independente
Religião Judaísmo
Profissão advogada

Gisèle Halimi (La Goulette, 27 de julho de 1927Paris, 28 de julho de 2020), nascida Zeiza Gisèle Élise Taïeb (em árabe: جيزيل حليمي), foi uma advogada feminista, ativista e ensaista franco-tunisina.

Biografia

Nascida em La Goulette, Tunísia, filha de um berber e de uma judia tunisiana, foi educada num liceu francês na Tunísia, e depois estudou na Universidade de Paris, onde se graduou em direito e filosofia. Sua infância e a forma como ela se mistura uma identidade judaico-muçulmana era discutida em suas memórias, Le lait de l'Oranger.

Em 1948 obteve o título de advogada e tem exercido a profissão em Paris desde 1956. Atuou como advogada da Frente de Libertação Nacional da Argélia, especialmente no caso da militante Djamila Boupacha, torturada em 1960. Em 1961, escreveu um livro sobre o caso. A obra contou com uma introdução de Simone de Beauvoir.

Halimi foi presidenta da comissão de investigação do Tribunal Russell sobre os crimes de guerra estadounidenses na guerra de Vietname, e observadora judicial nos processos de Rabat, de Atenas e de Burgos; neste último ela foi delegada da Federação Internacional de Direitos do Homem. Também, ela tem defendido independentistas bascos, e tem sido conselheira em muitos casos relacionados com direitos da mulher, tal como o julgamento por aborto de Bobigny em 1972.

Em 1971, fundou o grupo feminista Choisir la cause des femmes («Escolher a causa das mulheres»), para proteger as mulheres que haviam assinado o Manifesto das 343, no qual admitiam ter realizado um aborto. Em 1972, Choisir transformou-se numa organização reformista e realizou uma campanha de grande influência para conseguir a aprovação de uma lei que permitisse a contracepção e o aborto, a qual foi finalmente levada a cabo por Simone Veil, em 1974.

Em 1981, Halimi foi eleita membro da Assembleia Nacional da França, como socialista independente, e foi deputada por o departamento de Isère até 1984. Entre 1985 e 1987, foi delegada na UNESCO.

Em 2006, publicou uma carta aberta à chanceler alemã Angela Merkel, sobre a abertura de Artemis, um bordel de grandes dimensões em Berlim, cuja abertura coincidiu com os preparativos da Copa Mundial de Futebol de 2006.

Morreu no dia 28 de julho de 2020, aos 93 anos.

Obra

Halimi foi autora, entre outros livros, de Le procés de Burgos (O processo de Burgos, 1971) sobre o julgamento sumarísimo que se levou a cabo durante a ditadura franquista conhecido como processo de Burgos. Foi também autora de La Cause des femmes (A causa das mulheres, 1973). Igualmente, foi animadora e colaboradora do trabalho coletivo Le Programme commun des femmes (O programa comum das mulheres, 1978) que delineava as mais importantes necessidades da mulher, do ponto de vista legal, médico, educacional e profissional, e sugeria soluções que deveriam ser escolhidas somente pelo voto feminino.

Publicações

Prêmios e honrarias

Referências

  1. O "complô" feminista. Le Monde Diplomatique
  2. Lawrence D. Kritzman; Brian J. Reilly; Malcolm DeBevoise (setembro de 2007). The Columbia History of Twentieth-Century French Thought. : Columbia University Press. p. 42. ISBN 9780231107907. Consultado em 15 de janeiro de 2011 
  3. Gisèle Halimi. Elle (em francês)
  4. Arozamena Ayala, Ainhoa. «Gisèle Halimi». Enciclopedia Auñamendi. Eusko Media. Consultado em 29 de janeiro de 2015 
  5. Choisir la cause des femmes (en francés)
  6. Raylene L. Ramsay (2003). French women in politics: writing power, paternal legitimization, and maternal legacies. : Berghahn Books. pp. 135–139. ISBN 9781571810816. Consultado em 15 de janeiro de 2011 
  7. «France». UNESCO. 17 de outubro de 2007. Consultado em 19 de julho de 2016. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2012 
  8. Madame la chancelière Merkel, agissez !, par Gisèle Halimi.
  9. Savigneau, Josyane (28 de julho de 2020). «Gisèle Halimi, défenseuse passionnée de la cause des femmes, est morte». Le Monde (em francês). Consultado em 28 de julho de 2020 

Bibliografia

  • General Paul Aussaresses (2010). The Battle of the Casbah: Terrorism and Counter-Terrorism in Algeria, 1955-1957. New York: Enigma Books. ISBN 978-1-929631-30-8.

Ligações externas