Guerra Civil da Etiópia

No mundo de hoje, Guerra Civil da Etiópia tornou-se cada vez mais relevante. Seja pelo seu impacto na sociedade, pela sua relevância histórica ou pela sua influência na esfera cultural, Guerra Civil da Etiópia tornou-se um tema de constante interesse e debate. Desde as suas origens até à sua evolução hoje, Guerra Civil da Etiópia deixou uma marca indelével em diferentes aspectos da vida quotidiana. Neste artigo, exploraremos detalhadamente a importância de Guerra Civil da Etiópia e analisaremos seu impacto em vários contextos. Desde a sua origem até à sua transformação ao longo do tempo, Guerra Civil da Etiópia continua a ser um tema de interesse e relevância, despertando a curiosidade de investigadores, académicos e entusiastas.

Guerra Civil da Etiópia
Conflitos no Chifre da África
Data 12 de setembro de 19744 de junho de 1991
Local Etiópia
Desfecho Fim da República Democrática Popular da Etiópia
Desmobilização da maioria dos grupos armados e sua conversão em partidos políticos (1990s).
Beligerantes
Guerrilha de Ogaden
Guerrilha de Tigray
Guerrilha da Eritreia
Guerrilha de Oromo
Guerrilha somalí
Guerrilha Afar
Etiópia Derg (1974-1987)
Etiópia República Democrática Popular da Etiópia (1987–1991)
 Cuba

Apoiados por (1987-1990):
 União Soviética
Coreia do Norte Coreia do Norte
Alemanha Oriental
Líbia Libia
Iêmen do Sul
Comandantes
B. Meskel
T. Debessay
W. Ferede
Haile Fida
Gessesew Ayele
Petros Solomon
Yusuf Dheere
H. I. Awate
Alimirah Hanfadhe
Hanfadhe Alimirah
Etiópia Mangasha Seyum
A. Mahdi
M. Sirad
J. Abbaa Gadaa
Etiópia Mengistu Haile Mariam
Cuba Fidel Castro
Forças
ELF:
15.000-25.000 (1975)
EPRP:
5.000 (1991)
EPLF:
25.000-30.000 (1976)
10.000 (1978)
20.000 (1985)
60.000-100.000 (1991)
EPRDF:
20.000-30.000 (1994)
20.000 (1995)
OLF:
13.000 (1982)
14.000 (1991)
10.000-40.000 (1992)
(provavelmente 15.000-20.000)
20.000-22.000 (1998)
5.000 (2008-09)
ONLF:
2.000-3.000 (2004)
8.000 (2008)
WSLF:
15.000 (1977)
20.000 (1978)
TPLF:
20.000 (1976)
20.000 (1985)
25.000 (1988)
50.000 (1990)
EPPF:
500-600 (2008)
TNAD:
400 (2008)
ALF:
5.000 (1975)
MEISON:
3.000-5.000 (1982)
EDU:
10.000 (1977)
Etiópia Soldados:
41.000 (1974)
50.000 (1977)
65.000 (1979)
150.000 (1989)
120.000-230.000(1991)
Etiópia Paramilitares:
200.000 (1991)
Cuba Cubanos:
17.000 (1977)
11.000-12.000 (1978)
3.000 (1984)
ninguno (1989)
União Soviética Soviéticos:
1.500 (1978)
Baixas
desconhecidas desconhecidas
Mortos totais:
1 000 000 – 1 250 000,
até 2 000 000
1 000 000 (pela fome de 1984-1985)
Mortes militares:
300 000 (1974-90)
230 000 (1991)

A Guerra Civil da Etiópia (1974-1991) começa em 12 de setembro de 1974, com um golpe de estado contra o Negus Hailé Selassié e termina com a instalação de um governo de transição (1991-1995), chefiado por Meles Zenawi.

A guerra civil etíope inscreve-se no contexto da Guerra Fria, assim como outros conflitos que ocorreram na África, a exemplo da guerra civil de Angola (1975-2002).

Origens

Ver artigo principal: Revolução etíope de 1974

No começo da década de 1970, a Etiópia era um dos países mais pobres e atrasados do mundo, como resultado do regime feudal de Haile Selassie, que concentrava todo o poder na figura do imperador, que proíbe a existência de partidos políticos. Em 1974, o regime enfrentado um grande descontentamento público, agravado pela derrota militar diante da guerrilha separatista da Eritreia, e na sequência de uma grave fome nas províncias do Wolo e Tigré.

O descontentamento popular chega ao Exército, onde um grupo de oficiais de patentes intermediárias lidera uma revolução que termina com a derrubada do imperador por um golpe de Estado, em 12 de setembro de 1974.

O conflito

O Derg, uma junta militar de inspiração leninista toma o poder. É proclamada a República Democrática Popular da Etiópia, em 10 de setembro de 1987, instaurando-se pela primeira vez, na história da Etiópia, um governo republicano. Mengistu Haile Mariam será o primeiro presidente. O Derg, todavia, ainda continuará de facto no poder dessa república, que terá uma curta duração (menos de três anos).

Durante seu mandato, Mengistu enfrentará o conflito separatista da Eritreia, além da própria guerra civil, que prossegue.

Em 21 de maio de 1991, Mengistu é sucedido por Tesfaye Gebre Kidan que ficará no poder por apenas uma semana, já que, em 28 de maio, a Frente Democrática Revolucionária do Povo Etíope (FDRPE), uma coalizão de grupos rebeldes, liderada por Meles Zenawi, derruba o regime e instaura um governo de transição. Uma nova constituição é adotada em dezembro de 1994, entrando em vigor a partir de agosto de 1995. Em 1995, realizam-se eleições e Meles Zenawi torna-se oficialmente o primeiro-ministro do país.

Ver também

Referências

  1. New York Times
  2. Der Spiegel
  3. Hanfadhe Alimirah era hijo de Alimirah Hanfadhe, en 1975 sucedio a su padre en el mando del ALF tras la muerte de este a manos de fuerzas del gobierno.
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  9. Banks, 1991: 217
  10. Colleta, 1996: 28
  11. a b c d e "Country report and updates Ethiopia". War Resisters' International. Entre 1974 y 1990 murieron 300.000 soldados etíopes y 230.000 entre enero y mayo de 1991.
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  22. Inglés Tigrean National Alliance for Democracy
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  27. a b c d e Ethiopia: Army Library of Congress Country Studies
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  29. a b c d Ethiopia: Cuba Library of Congress Country Studies
  30. Las guerras y los genocidios del siglo 20 1974-1991. Guerra civil de Etiopía.
  31. De re Militari: muertos en Guerras, Dictaduras y Genocidios. Capítulo II
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  33. A. Valentino, Benjamin. Final Solutions: Mass Killing and Genocide in the Twentieth Century, 2004. Page 196.
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  35. Constituição da Etiópia (em inglês).