Guerra da Livônia

No mundo atual, Guerra da Livônia tornou-se um tema de grande relevância e interesse para a sociedade em geral. Desde a sua criação, Guerra da Livônia tem captado a atenção de pessoas de todas as idades e perfis, gerando debate e reflexão em torno das suas diferentes vertentes. Seja pelo seu impacto na cultura, pela sua relevância no campo científico, ou pela sua influência na história da humanidade, Guerra da Livônia conseguiu transcender fronteiras e gerações, tornando-se um tema fundamental que continua a despertar interesse e curiosidade. Neste artigo exploraremos a fundo os diferentes aspectos relacionados a Guerra da Livônia, investigando seu significado, importância e impacto no mundo contemporâneo.

Guerra da Livônia

A obra O Cerco de Narva Russa em 1558 (1836), por Boris Chorikov.
Data 22 de janeiro de 1558 – 10 de agosto de 1583
Local Europa Setentrional: Estônia, Livônia, Íngria, Rússia
Desfecho Vitória das nações: Dinamarca–Noruega, Polônia–Lituânia e Suécia
Mudanças territoriais Cessão de:
Beligerantes
Confederação Livoniana
Polônia–Lituânia (antes da União polaco-lituana, em 1569)
Dinamarca–Noruega
Suécia
Cossacos Zaporozhianos
Principado da Transilvânia (depois de 1577)
Rússia
Reino de Qasim
Reino da Livônia
Comandantes
Estêvão Báthory
Gotardo Kettler
Frederico II
Érico XIV
Ivã IV
Shahghali
Simeon Bekbulatovich
Magno de Holstein

A Guerra da Livônia (português brasileiro) ou Guerra da Livónia (português europeu) de 15581582 foi um longo conflito militar entre a Rússia Czarista e a coalizão da Dinamarca, Grão-Ducado da Lituânia, Reino da Polônia (mais tarde República das Duas Nações) e a Suécia pelo controle da Livônia Maior (o atual território da Estônia e da Letônia).

No final da década de 1550, a Confederação da Livônia tinha se enfraquecido devido à Reforma Protestante, enquanto que seu vizinho oriental, a Rússia, havia se tornado mais forte depois de derrotar os canatos muçulmanos de Cazã e Astracã. O conflito entre a Rússia e as forças ocidentais foi exacerbado pelo isolamento da Rússia do comércio marítimo. Nem podia o czar contratar trabalhadores qualificados na Europa.

Em 1547 Hans Schlitte, o representante comercial do czar Ivã IV, contratou artesãos na Alemanha para trabalharem na Rússia. Porém, todos esses artesãos foram presos em Lubeque por solicitação da Livônia. A Liga Hanseática alemã ignorou o novo porto construído pelo czar Ivã na costa leste da foz do rio Narva, em 1550 e continuou a despachar as mercadorias para os portos pertencentes à Livônia.

O czar Ivã IV exigiu então que a Confederação da Livônia pagasse 40000 taleres pelo Bispado de Dorpat, alegando que o território tinha uma vez pertencido à República da Novogárdia. A disputa terminou com a invasão russa em 1558. As tropas russas ocuparam Dorpat (Tartu) e Narwa (Narva), e iniciaram o cerco a Reval (Tallinn). O alvo do czar Ivan era o de conseguir o vital acesso ao Mar Báltico.

As ações do czar Ivã conflitaram com o interesse de outros países. Após a desastrosa Batalha de Ergeme, a enfraquecida Ordem da Livônia foi dissolvida (Pacto de Wilno, 1560), e suas terras foram divididas entre o Grão-Ducado da Lituânia (Ducatus Ultradunensis), a Suécia (Estland, atualmente a parte norte da Estônia) e a Dinamarca (Ösel). O último Mestre da Ordem da Livônia, Gotardo Kettler, tornou-se o primeiro governante do Estado vassalo lituano (depois República das Duas Nações), o Ducado da Curlândia.

Érico XIV da Suécia e Frederico II da Dinamarca enviaram tropas para protegerem seus novos territórios adquiridos. Em 1561, o conselho da cidade de Reval rendeu-se à Suécia e tornou-se o posto avançado para futuras conquistas suecas na região. Em 1562, a Rússia entrou em guerra com a Lituânia e a Suécia. No começo, os exércitos do czar tiveram sucesso, tomando Polotsk (1563) e Pernau (Pärnu) (1575) e conquistando a maior parte do território da Lituânia até Vilnius, o que o levou a não aceitar a proposta de paz de seus inimigos.

Contudo, o czar começou a encontrar dificuldades em 1579. Os Tártaros da Crimeia devastaram territórios russos e incendiaram Moscou, um período de secas e epidemias afetou fatalmente a economia e a Opríchnina tinha se separado completamente do governo, enquanto que a Lituânia havia unido-se com a Polônia (1569) e conseguido um líder enérgico, Stefan Batory, apoiado pelo Império Otomano (1576). Batory não apenas reconquistou Polotsk, mas também apossou-se das fortalezas russas em Sokol, Velizh, Usvzat, Velikie Luki e sitiou Pescóvia (1581–82). A cavalaria da República das Duas Nações devastou as regiões de Smolensk, Chernigov, Ryazan e o sudoeste do território da Novogárdia. Em 1581, um exército de mercenários contratado pela Suécia e comandado por Pontus de la Gardie capturou a cidade estratégica de Narva.

Esses acontecimentos levaram à assinatura do Tratado de Jam Zapolski, em 1582 entre a Rússia e a República das Duas Nações no qual a Rússia renunciou ao seu interesse pela Livônia. No ano seguinte, o czar também fez um acordo de paz com a Suécia. Através do Tratado de Plussa, a Rússia perdeu Narva e a costa sul do Golfo da Finlândia, sendo este o seu único acesso ao Mar Báltico. A situação foi parcialmente revertida doze anos mais tarde, segundo o Tratado de Tyavzino que encerrou uma nova guerra entre a Suécia e a Rússia.

Referências

  1. E. Liptai: Magyarország hadtörténete (1), Zrínyi Katonai Kiadó 1984. ISBN 963-326-320-4; 208. p.
  2. Karamzin N.M. "The History of Russia", volume VIII (Documents from the Archive of Koenigsberg)
  3. "The Full Collection of Russian Annals", vol. 13, SPb, 1904
  4. Rheinhold Heidenstein. "The Notes about the Moscow war". (1578–1582), SPb, 1889