Gás vulcânico

No próximo artigo, exploraremos o impacto de Gás vulcânico na sociedade moderna. Gás vulcânico tem sido tema de interesse e debate há anos, e sua relevância em diversos aspectos da vida cotidiana não pode ser ignorada. Desde o seu impacto na economia até à sua influência na cultura popular, Gás vulcânico desempenhou um papel crucial na formação do mundo em que vivemos. Ao longo deste artigo examinaremos criticamente diferentes aspectos de Gás vulcânico e sua influência em nosso cotidiano, oferecendo uma visão completa e detalhada de sua importância no mundo contemporâneo.

Emanações de gases do vulcão Masaya, Nicarágua.
O domo de lava do vulcão Chaitén, no Chile, emitindo gases para a atmosfera em 2009.
Fumarolas em White Island, Nova Zelândia : os depósitos de sublimado de enxofre (amarelo) e a condensação do vapor de água revelam a presença de gases vulcânicos emitidos pelas aberturas do solo.

Gases vulcânicos é a designação dada ao conjunto dos compostos voláteis emanados da crusta terrestre sob forma gasosa no contexto da actividade vulcânica, incluindo os gases incluídos na pluma vulcânica durante a actividade eruptiva e os gases libertados pela desgasificação das estruturas e materiais vulcânicos através de fumarolas e de outros fenómenos paravulcânicos similares. A nível global, os gases vulcânicos constituem a maior parte do volume dos materiais ejectados pelas erupções vulcânicas.

Composição

Eliminação de gases vulcânicos durante uma erupção em abril de 1995 na Itália

Os gases vulcânicos são constituídos por uma mistura de diferentes gases, dominada pelo vapor de água e o dióxido de carbono, mas contendo dióxido de enxofre, monóxido de carbono, sulfureto de hidrogénio, cloreto de hidrogénio e hidrogénio molecular em quantidades importantes. Para além dos compostos de enxofre e halógenos atrás apontados, o hélio também está presente.

O vapor de água é o gás vulcânico mais comum, constituindo normalmente mais de 60% em volume das emissões. O vapor de água emanado pelos vulcões corresponde geralmente a água de origem meteórica, mas em alguns casos, a água de origem magmática pode constituir mais de 50% do vapor emitido por um vulcão. Outro gás abundante é o dióxido de carbono, que pode representar de 10 a 40% das emissões.

Efeitos durante a erupção

Os gases vulcânicos são emitidos durante a erupção por desgasificação da lava durante a sua emissão e durante o processo de arrefecimento, mas também na ausência de erupção sob a forma de fumarolas, mofetas, sulfataras e similares. Durante o processo de emissão dos gases, formam-se concreções por ressublimação, com destaque para os cristais de enxofre, os quais podem recobrir os bordos das fissuras por onde a emissão de gases ocorra.

Os gases mais pesados que o ar podem permanecer perto do solo e, quando as condições de circulação do ar o permitam, formar mazukus, bolsas de gases tóxicos, geralmente de dióxido de carbono, estagnadas nas depressões e apresentando um perigo mortal para qualquer animal que nelas penetre.

Se a libertação destes gases ocorre sob uma camada de água, como é o caso das erupções nos fundos marinhos (erupções submarinas) ou no fundo de lagos (erupções límnicas), os gases tendem a subir ao longo da coluna de água sob a forma de bolhas, dissolvendo-se total ou parcialmente na massa de água se a pressão for suficientemente elevada. Esta dissolução dos gases na água provoca a acidificação da massa de água.

No caso dos lagos, dado o volume limitada de água presente, a acidez resultante pode levar à formação de lagos ácidos. A acumulação de gases vulcânicos dissolvidos das camadas de águas mais profundas de alguns lagos de cratera pode conduzir à formação de erupções límnicas em resultada da brusca libertação dos gases acumulados na massa de águas. Essas erupções são em geral causadas pelo mecanismo da quebra da estratificação aquática, o que permite que as águas sobressaturadas em gases do hipolímnio ascendam até à superfície e aí, em consequência da redução da pressão, libertem de forma explosiva os gases nelas dissolvidos.

A libertação de gases vulcânicos é um dos elementos que determinam o desencadear de uma erupção e o seu poder explosivo. A proporção destes gases no volume do magma contido na câmara magmática determina, em conjugação com a taxa de redução da pressão que ocorre à medida que o magma ascende através da crusta terrestre, a velocidade de formação de bolhas de gás no magma e na lava resultante. Quanto mais numerosas e maiores forem estas bolhas, maior é o risco de erupção e maior é a probabilidade dela ser acompanhada de explosividade. Se o magma é particularmente viscoso, os gases têm maior dificuldade em se libertar da solução, tendendo a pulverizar a lava em cinzas vulcânicas, podendo nalguns casos ficar retidos na lava consolidada sob a forma de pedra-pomes ou de uma espuma denominada reticulite.

Ver também

Referências

  1. a b c John P. Lockwood y Richard W. Hazlett. Volcanoes: Global Perspectives. Pág. 78-85.
  2. a b (em francês) Mauro, Rosi; Papale, Paolo; Lupi, Luca; Stoppato, Marco (2008) . Delachaux et Niestlé, ed. 100 volcans actifs dans le monde (em francês). Vulcani Le Magma. Paris: pp. 30–31. 335 páginas. ISBN 978-2-603-01398-4 
  3. a b H. Sigurdsson et al. (2000) Encyclopedia of Volcanoes, San Diego, Academic Press

Literatura

  • Schmincke H.U.: Vulkanismus. Wissenschaftliche Buchgesellschaft Darmstadt, 2000, ISBN 3-534-14102-4.
  • A.J. Krueger: Sighting of El Chichon sulfur dioxide clouds with the Nimbus 7 Total Ozone Mapping Spectrometer. Science 220, 1277–1379 (1983).
  • C. Seftor, N. Hsu, J. Herman, P. Bhartia, O. Torres, W. Rose, D. Schneider, N. Krotkov: Detection of volcanic ash clouds from Nimbus 7/total ozone mapping spectrometer. Journal of Geophysical Research 102 (D14), 16749–16759 (1997)
  • N. Bobrowski, G. Hönninger, B. Galle, U. Platt: Detection of bromine monoxide in a volcanic plume. Nature 423, 273–276, doi:10.1038/nature01625 (2003)
  • S. Guo, G.J.S. Bluth, W.I. Rose, I.M. Watson, A.J. Prata: Re-evaluation of SO2 release of the 15 June 1991 Pinatubo eruption using ultraviolet and infrared satellite sensors. Geochemistry, Geophysics, Geosystems 5, Q04001, doi:10.1029/2003GC000654 (2004)
  • M.F. Khokhar, C. Frankenberg, M. Van Roozendael, S. Beirle, S. Kuhl, A. Richter, U. Platt, T. Wagner: Satellite observations of atmospheric SO2 from volcanic eruptions during the time-period of 1996-2002. Advances in Space Research 36 (5), Atmospheric Remote Sensing: Earth's Surface, Troposphere, Stratosphere and Mesosphere – I, S. 879–887, doi:10.1016/j.asr.2005.04.114 (2005)
  • N. Theys, M. Van Roozendael, B. Dils, F. Hendrick, N. Hao, M. De Mazière: First satellite detection of volcanic bromine monoxide emission after the Kasatochi eruption. Geophysical Research Letters 36, L03809, doi:10.1029/2008GL036552 (2009).
  • S. Guo, G.J.S. Bluth, W.I. Rose, I.M. Watson, A.J. Prata: N. Theys, M. Van Roozendael, B. Dils, F. Hendrick, N. Hao, M. De Mazière: First satellite detection of volcanic bromine monoxide emission after the Kasatochi eruption. Geophysical Research Letters 36, L03809, doi:10.1029/2008GL036552 (2009)
  • B.W. Levin, A.V. Rybin, N.F. Vasilenko, A.S. Prytkov, M.V. Chibisova, M.G. Kogan, G.M. Steblov, D.I. Frolov: Monitoring of the eruption of the Sarychev Peak Volcano in Matua Island in 2009 (central Kurile islands). Doklady Earth Sciences 435 (1), 1507–1510 (2010)
  • Christoph Kern, Ulrich Platt: Telegramm aus der Tiefe, Ruperto Carola, Ausgabe 1/2010
  • Leif Vogel: Volcanic plumes: Evaluation of spectroscopic measurements, early detection, and bromine chemistry (Deutsche Übersetzung des Titels: Vulkanfahnen: Auswertung spektroskopischer Messungen, Früherkennung und Bromchemie). Dissertation 2011, Dauer-URL auf dem Heidelberger Dokumentenserver:
  • Thomas Wagner, Christoph Hörmann, Marloes Penning de Vries, Holger Sihler: Globale Überwachung von Vulkanemissionen mit Satelliteninstrumenten. Forschungsbericht 2011 – Max-Planck-Institut für Chemie
  • Nicole Bobrowski: Gasemissionen, gelesen wie Hieroglyphen. In: forschung – Das Magazin der Deutschen Forschungsgemeinschaft, 2/2012, S. 4–9 (online: PDF; 3,34 MB)

Ligações externas