Hinduísmo em Portugal

No mundo de hoje, Hinduísmo em Portugal tornou-se um tema de grande relevância e interesse para um amplo espectro da sociedade. Desde o seu surgimento, Hinduísmo em Portugal tem captado a atenção de académicos, especialistas, profissionais e do público em geral, gerando intenso debate e discussões intermináveis ​​em torno das suas implicações, aplicações e consequências. Seja pelo seu impacto na tecnologia, na economia, na cultura ou na política, Hinduísmo em Portugal continua a ser objeto de estudo e análise, despertando interesse crescente e atraindo a atenção de diferentes atores e setores. Neste artigo exploraremos as diversas facetas de Hinduísmo em Portugal, seus desafios, oportunidades e possíveis repercussões, com o objetivo de esclarecer sua importância e contribuir para a compreensão de seu alcance e significado hoje.

Não existem muitos registos da prática do Hinduísmo em Portugal.

Actualmente, existe uma comunidade Hindu de aproximadamente 9000 pessoas, a grande maioria residente nas áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. As suas origens remontam a Indianos que emigraram das ex-colónias Portuguesas de África, principalmente de Moçambique, e da antiga Goa e de outros territórios do Estado Português da Índia.

A partir da década de 1990 e sobretudo a partir da primeira década do século XXI, verificou-se uma afluência de hindus de origem nepalesa em Portugal, fruto das migrações laborais com origem nesse país sul-asiático. Também a partir da década de 1990 é possível encontrar em Lisboa uma pequena comunidade Hare Krishna, constituída sobretudo por indivíduos caucasianos de origem portuguesa, brasileira e de outros países da Europa.

De acordo com a embaixada da Índia em Lisboa, os Indianos em Portugal são na sua maioria Guzerates (sendo o Guzerate ensinado no Centro Cultural da Comunidade Hindu de Lisboa), Punjabis e Goeses. A maioria dos hindus é de afiliação guzerate, residindo na capital, Lisboa, mas algumas famílias habitam também no Porto.

História

A Comunidade Hindu portuguesa é fruto de um processo migratório marcado essencialmente por três fases:

  • Primeiro grande fluxo de indianos saídos do estado do Gujarate para se fixar em Moçambique, na altura colónia portuguesa na altura, data do século XIX;
  • Segundo grupo, na segunda metade do séc. XIX, resultante do fluxo de comerciantes indianos provenientes de Diu em direcção às províncias de Inhambane e Lourenço Marques.
  • Migração laboral de nepaleses hindus para Portugal a partir da década de 1990, centrando a sua actividade comercial em torno da abertura de restaurantes.

Locais de culto em Portugal

Ver também

Referências

  1. Costa, Catarina (2015). Dharma – O destino é de quem nele acredita: estratégias de manutenção do matrimónio hindu em diáspora, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
  2. Costa, Catarina (2015). Dharma – O destino é de quem nele acredita: estratégias de manutenção do matrimónio hindu em diáspora, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Ligações Externas

Bibliografia

  • Trovão, Susana (2001) De Moçambique a Portugal. Reinterpretações identitárias do Hinduismo em viagem, Lisboa, Fundação Oriente, 373 pags.
  • Trovão, Susana; Rosales, Marta (ed.) (2010) Das Índias. Gentes, movimentos e pertenças transnacionais, Lisboa, Edições Colibri, 207 pags.
  • Lourenço, Inês (2009) Os Corpos da Devi. Religião e Género em Diáspora, Dissertação de doutoramento em Antropologia, ISCTE-IUL.
  • Roxo, Pedro (2010) “Sonoridades Sul Asiáticas da Área de Lisboa: Nepaleses, Hindu-Gujarati e Sikhs ” in AAVV, Oriente/Ocidente. Miscigenações. Livro de Actas e Memória do Evento. Lisboa: Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
  • Roxo, Pedro (2010) “Hindu-Gujarati em Portugal, Música e Práticas Coreográficas entre os ” in Salwa Castelo-Branco (coord.) Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX. Vol. 2, p. 612-617. Lisboa: Círculo de Leitores.
  • Roxo, Pedro (2018) "Hindu Jati (Castes) from Diu Island and the Reproduction of Religious Expressive Culture in the Hindu-Gujarati Diaspora in Mozambique and in Portugal: The Kathiyawadi Bhajan", South Asian Studies 34(1): 57-69 https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02666030.2018.1440061
  • Cachado, Rita Ávila (2014), "Localizando os hindus portugueses: a transnacionalidade nas cidades", Sociologia, Problemas e Práticas, CIES-IUL/Editora Mundos Sociais, nº76, pp. 109–124,
  • Cachado, Rita D'Ávila (2013), "O registo escondido num bairro em processo de realojamento: o caso dos hindus da Quinta da Vitória", Etnografica, vol. 17 (3), pp. 477–499; Disponível em: http://etnografica.revues.org/320