Marechal Hermes

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 Nota: Se procura pelo presidente do Brasil, veja Hermes da Fonseca.
Marechal Hermes
Bairro do Rio de Janeiro
Área 388,62 ha (em 2003)
Fundação 01 de maio de 1913
IDH 0,814(em 2000)
Habitantes 48.061 (em 2010)
Domicílios 17.345 (em 2010)
Limites Campo dos Afonsos, Deodoro, Guadalupe,
Bento Ribeiro, Vila Valqueire, Vila militar e Honório Gurgel
Distrito Madureira
Subprefeitura Zona Norte
Região Administrativa Madureira
Mapa

Marechal Hermes é um bairro de classe média na Zona Norte do município do Rio de Janeiro. Fundado em 1913, foi o primeiro bairro operário do Brasil. Estritamente residencial, com direito a ampla rede de serviços públicos como escolas, hospitais e teatro, nasceu como vila proletária, idealizada pelo então Presidente da República e Marechal Hermes da Fonseca. No ano 2000, seu IDHM era de 0,814, o 78.º melhor do município, dentre 126 bairros avaliados.

História

Vista do bairro carioca de Marechal Hermes.

O bairro começou a ser projetado e executado, em 1911, com traços da arquitetura modernista, e no dia 1.º de maio de 1913, na presença do Presidente da República Hermes da Fonseca, foi inaugurado. Até hoje o bairro conserva suas características iniciais e um aglomerado de obras importantes.

Fundado em 1.º de maio de 1913, o bairro de Marechal Hermes foi o primeiro bairro operário e terceiro bairro planejado do Brasil, atrás apenas de seu vizinho Vila Militar, dedicada ao exército, e sua consecutiva extensão de Campo dos Afonsos, destinada a aeronáutica. Estritamente residencial, com direito a ampla rede de serviços públicos como escolas, hospitais e teatro, nasceu como vila proletária, idealizada pelo então presidente da república e marechal Hermes da Fonseca, preocupado com a carência de moradias populares enfrentou a oposição do congresso e determinou sua construção, destinando para isso uma fortuna para a época de 11 mil contos, que teve no Tenente Engenheiro Palmyro Serra Pulcheiro a responsabilidade do desenho e execução da planta. Sua construção previa ruas largas e arborizadas com 1350 edificações, com vários tipos de moradias, escolas profissionalizantes masculinas e femininas, repartições públicas, biblioteca, praças de esportes, hospitais e creches.

Com o término do governo de Hermes, em 1914, o projeto que sofrera grande oposição da sociedade e da imprensa, foi abandonado à própria sorte e dos 1 350 imóveis previstos apenas 165 foram construídos surgindo assim, agregadas à vila, moradias simples, construídas pelo seu operariado que se tornou conhecida como "Portugal Pequeno", devido à forte presença de imigrantes portugueses.

Os primeiros moradores da vila, seriam os desabrigados do Morro do Castelo quando do seu desmonte, o que acabou não ocorrendo e a prioridade foi para os funcionários públicos e apadrinhados.

Em 1930, o Presidente da República Getúlio Vargas retorna suas obras, depois de uma dura intervenção urbana e política no projeto original. O bairro cujos sobrados chegavam a ter até 90m², ganhou blocos de apartamentos e teve os nomes das ruas antes referentes a datas significativas do movimento operário, substituídas por nomes de militares.

Marechal Hermes foi um bairro planejado, desenhado para abrigar populações de operários que habitavam a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. O bairro de Marechal Hermes desenvolveu-se em torno da estação de trem de mesmo nome. Marechal Hermes deve seu nome ao presidente do Brasil durante a construção do bairro, o Marechal Hermes da Fonseca.

Estrutura e qualidade de vida

O bairro é um dos mais movimentados da Zona Norte, principalmente em seus fins de semana, onde os restaurantes, pastelarias e barracas de lanches funcionam até o fim da madrugada, ruas arborizadas. Possui diversos estabelecimentos de ensino, que atraem moradores de outras localidades.

Lazer

Dentre as opções, pode-se citar as feiras de rua, pastelarias e restaurantes. Havia um parque de diversões que estava no bairro desde seus princípios, chamado IV Centenário mas foi desativado e desmontado no ano de 2011.

O bairro também conhecido pelo Teatro Armando Gonzaga, inaugurado em 19 de abril de 1954 pelo prefeito do então Distrito Federal, Dulcídio do Espírito Santo Cardoso. O nome do teatro foi uma homenagem ao jornalista e dramaturgo Armando Gonzaga. O prédio tem projeto arquitetônico de Affonso Eduardo Reidy, jardins de Burle Marx e painéis laterais de Paulo Werneck. O tombamento do teatro foi realizado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac) em 1989.

Na década de 70, o teatro integrou o grande circuito de espetáculos, apresentando na zona norte sucessos de público e crítica como Um edifício chamado 200, de Paulo Pontes, com Milton Moraes e José Renato no elenco, e Dois Perdidos numa Noite Suja, de Plínio Marcos. Nos anos 80, o espaço foi palco de famosos humoristas, entre eles Costinha, Colé, Carvalhinho, Nádia Maria, Dercy Gonçalves e Nick Nicola. Após as obras de reforma de 1979/80, Moreira da Silva e Kid Morengueira comandaram a festa de sua reinauguração, em abril de 1981. Em 1986, o prédio foi reformado novamente e suas dependências modernizadas, proporcionando mais conforto tanto para atores quanto para o público. Em 2008, o teatro sofreu sua reforma mais recente, com recuperação de todo telhado, troca das poltronas e pintura externa.

Saúde

A infra-estrutura de saúde pública conta com o Hospital Carlos Chagas (Avenida Osvaldo Cordeiro de Farias), a Maternidade Alexander Fleming (Rua Jorge Schmidt) e a Clínica da Família Dante Romanó Júnior (Rua Carolina Machado), onde outrora ficava o parque de diversões IV Centenário. O bairro ainda conta com muitos colégios municipais, estaduais e particulares, além de um polo da FAETEC (que engloba as Escolas Técnicas Visconde de Mauá e Oscar Tenório) e a 30.ª Delegacia de Polícia.

Transporte

A ligação com o Centro da cidade se dá através dos trens urbanos da SuperVia, que fazem o trajeto através do Ramal de Deodoro, um ramal parador no tempo de 36 minutos.

Há também as linhas de ônibus 265 (antiga 261) - Marechal Hermes x Castelo (via Av. Dom Helder Câmara), 2346 - Valqueire x Castelo (linha executiva) e 378 - Marechal Hermes x Castelo (via Av. Brasil). Para as estações de Metrô, conta-se com as linhas 638 - Marechal Hermes x Praça Saens Peña, 781/782 - Marechal Hermes x Cascadura (via Coelho Neto), 779 e 669/773 para a Pavuna e 918 para Irajá. A linha 928 (Marechal hermes x Ramos) tem ponto final na Rua Latife Luvizaro, 650 (Engenho Novo x Marechal Hermes) na Rua Carolina Machado. Outras linhas também passam pelo bairro: 624 (Praça da Bandeira x Mariópolis), 786 (Campo Grande x Marechal Hermes), 781 (Cascadura x Marechal hermes), 653 (Méier x Marechal Hermes), 784 (Vila Kennedy x Marechal Hermes), 731 (Campo Grande x Marechal Hermes) e a 908 (Bonsucesso x Guadalupe)

Escola de futebol

O Botafogo de Futebol e Regatas transferiu-se para Marechal Hermes em 1977. Hoje o clube mantém no bairro uma sede, com vistas à formação de novos jogadores, que é disputada judicialmente com o antigo detentor do espaço, o União de Marechal Hermes Futebol Clube.

Dados

Faz limites com os bairros Guadalupe, Honório Gurgel, Bento Ribeiro, Campo dos Afonsos, Deodoro e Vila Valqueire - os três últimos fazem parte da Zona Oeste. Faz parte da região administrativa de Madureira. Os bairros integrantes dessa região administrativa são: Bento Ribeiro, Campinho, Cascadura, Cavalcanti, Engenheiro Leal, Honório Gurgel, Madureira, Marechal Hermes, Osvaldo Cruz, Quintino Bocaiuva, Rocha Miranda, Turiaçu e Vaz Lobo.

A 15.ª e 23.ª zonas eleitorais encontram-se na Rua João Vicente, 1545, e a 217.ª zona eleitoral, na Rua Xavier Curado, S/N (CETEP - FAETEC).

Referências

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