Museu do Amanhã

Neste artigo vamos explorar detalhadamente Museu do Amanhã, um tópico que tem chamado a atenção de muitas pessoas nos últimos tempos. Museu do Amanhã é um tema complexo e fascinante que tem grande relevância na sociedade atual. Ao longo deste artigo analisaremos diversos aspectos relacionados a Museu do Amanhã, desde sua origem até seu impacto na vida cotidiana. Além disso, examinaremos as diferentes perspectivas e opiniões que existem em torno de Museu do Amanhã, com o objetivo de fornecer uma visão ampla e equilibrada deste tema tão relevante. Prepare-se para mergulhar no mundo emocionante de Museu do Amanhã!

Museu do Amanhã
Museu do Amanhã

Vista externa
Tipo Científico, artístico, histórico, memorial, expositório.
Estilo dominante
Inauguração 17 de dezembro de 2015 (8 anos)
Capacidade
  • 300 ser humano
Curador Prefeitura do Rio de Janeiro
Website museudoamanha.org.br
Altura
  • 18 metro
Área 15 000 m²
Geografia
País Brasil
Localidade Rio de Janeiro, no  Rio de Janeiro
Coordenadas 22° 53' 38" S 43° 10' 45" O

O Museu do Amanhã é um museu construído no município do Rio de Janeiro, no Brasil. O prédio, projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, foi erguido ao lado da Praça Mauá, na zona portuária (mais precisamente no Píer Mauá). Sua construção teve o apoio da Fundação Roberto Marinho e teve o custo total de cerca de 230 milhões de reais. O edifício foi inaugurado em 17 de dezembro de 2015 com a presença da então presidente do Brasil Dilma Rousseff e recebeu cerca de 25 mil visitantes em seu primeiro fim de semana de funcionamento.

O antigo píer desativado passou a abrigar uma construção pós-moderna, orgânica e sustentável que, atualmente, é um ícone da identidade local e cultural da cidade do Rio de Janeiro. A proposta da instituição é ser um museu de artes e ciências, além de contar com mostras que alertam sobre os perigos das mudanças climáticas, da degradação ambiental e do colapso social. O edifício conta com espinhas solares que se movem ao longo da claraboia, projetadas para adaptar-se às mudanças das condições ambientais. A exposição principal é majoritariamente digital e foca em ideias ao invés de objetos. O museu tem parcerias com importantes universidades brasileiras e instituições científicas globais e coleta de dados em tempo real sobre o clima e a população de agências espaciais e das Nações Unidas. A instituição também tem consultores de várias áreas, como astronautas, cientistas sociais e climatologistas.

Como uma das âncoras do projeto de revitalização urbana chamado Porto Maravilha, o museu recebeu, em 2015, como doação antes de sua inauguração, a escultura Puffed Star II, do renomado artista norte-americano Frank Stella. O trabalho consiste de uma estrela de vinte pontas e seis metros de diâmetro que foi instalado no espelho d'água do museu, em frente à Baía de Guanabara. A escultura metálica, antes da doação para acervo permanente a céu aberto do museu, esteve em exposição na cidade de Nova York.

Um dos objetivos da construção do museu foi fortalecer a identidade cultural e internacional da cidade do Rio de Janeiro. A cidade do Cristo Redentor sempre foi muito conhecida pelas suas praias e eventos, como o carnaval, mas havia a necessidade do fortalecimento da paradiplomacia cultural. Outras cidades, como Londres e Paris, também são muito conhecidas por seus acervos culturais. O Museu foi apresentado como um ícone da reurbanização da zona portuária.

Conceito 

Interior do edifício
Na parte inferior, a escultura de Frank Stella.

O Museu do Amanhã foi erguido no Píer Mauá, em meio a uma grande área verde. São cerca de 30 mil metros quadrados, com jardins, espelhos d'água, ciclovia e área de lazer. O prédio tem 15 mil metros quadrados e arquitetura sustentável, baseada nos elementos da natureza. O projeto arquitetônico, concebido por Calatrava, utiliza recursos naturais do local - como, por exemplo, a água da Baía de Guanabara, utilizada na climatização do interior do museu e reutilizada no espelho d'água. Calatrava disse que se inspirou nas bromélias do Jardim Botânico do Rio de Janeiro ao projetar o edifício.

O local reúne ciência, tecnologia e conhecimento dentro de sustentabilidade.

O projeto do Museu do Amanhã foi totalmente inspirado pela paisagem da zona portuária e da Baía de Guanabara. Como parte integrante do Projeto Porto Maravilha, foi feita a demolição do Elevado da Perimetral no intuito de revitalizar a região portuária do Rio. No telhado da construção, grandes estruturas de aço, que se movimentam como asas, servem de base para placas de captação de energia solar. Com isso, o Museu do Amanhã busca a certificação Leed (Liderança em Energia e Projeto Ambiental), concedida pelo Green Building Council (USGBC).

A pretensão do Museu do Amanhã é inaugurar uma nova geração de museus de ciências no mundo, sendo considerado "de terceira geração", com uma concepção que o posiciona como o primeiro museu global de "terceira geração". A "primeira geração" de museus é voltada para os vestígios do passado, como os museus de história natural. A "segunda geração" busca difundir as evidências do presente, como os museus de ciência e tecnologia. A "terceira geração" destina-se a expor as mudanças, perguntas e a exploração de possibilidades futuras para a humanidade. É neste último conceito que se encaixa o museu carioca. A intenção do museu é conscientizar o visitante da sua parcela de contribuição para a construção do futuro. Trata-se de uma experiência sensorial, feita por meio de tecnologias interativas.

Exposição principal

A exposição principal do Museu do Amanhã funciona no segundo andar do prédio, e foi idealizada pelo doutor em cosmologia Luiz Alberto Oliveira junto a uma equipe de consultores que trabalharam na concepção do acervo. A seção convida o visitante a passar por uma experiência de cinco grandes narrativas que percorrem os pavilhões: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós. Elas trazem a experiência da vida na terra com ângulos e recortes temporais distintos. Juntos, os materiais da exposição principal reúnem mais de 40 experiências diferentes realizadas em três línguas: português, espanhol e inglês, e ganha novas peças a cada ano. Desde a inauguração do Museu até julho de 2017, o acervo fixo recebeu 234 atualizações, como o acréscimo de fotos, ilustrações, informações e vídeos.

Cosmos

O primeiro módulo de visitação da exposição principal é o Cosmos. Nesse pavilhão, um grupo de visitantes é formado para entrar em um domo revestido com painéis de reprodução de vídeo, onde eles assistem a uma obra audiovisual de cerca de 8 minutos, em 360 graus, realizada pela produtora brasileira O2 Filmes. O filme traça uma narrativa sobre a formação do universo e da vida na terra com sobreposições de animações digitais e imagens captadas em câmera que causam grande impacto sensorial ao público. O vídeo é transmitido conjuntamente a um texto narrado em português, sem legenda, para que não seja desviada a atenção do visitante.

Terra

Visitantes acompanhando a seção "Terra" da exposição principal do Museu do Amanhã.

O objetivo dessa segunda etapa da exposição principal é fazer o visitante questionar sobre a pergunta "Quem somos?". Para essa seção, foram construídos três grandes cubos de sete metros de altura. Um deles fala sobre a vida como matéria. Do lado de fora, é apresentado, por um painel luminoso, o planeta Terra inteiro. Do lado de dentro, se expõe as movimentações que fazem o globo funcionar, como o fluxo dos ventos, dos oceanos e das placas tectônicas.

O segundo cubo, designado para representar a vida, mostra, na parede de fora, uma esquematização do DNA dos seres vivos. Na parte de dentro, a segunda construção expõe imagens de diversos organismos que compõem um ecossistema, como animais e plantas.

O terceiro e último cubo representa o pensamento e apresenta, na parte interna, imagens e ilustrações que retratam de diversos momentos, ações e sentimentos da vida humana no planeta.

Antropoceno

Visitantes no centro dos painéis da seção "Antropoceno" da exposição principal do Museu do Amanhã.

O terceiro recorte da exposição principal do Museu do Amanhã trata de como a ação do homem mudou a geologia do planeta Terra, traçando um panorama atual e trazendo dados sobre os impactos ambientais e sociais desse choque entre humanos e o planeta.

O nome "antropoceno" foi retirado de um termo inventado por Paul Crutzen, vencedor do Prêmio Nobel de Química de 1995. O prefixo grego antropo está relacionado com o ser humano; e o sufixo ceno relembra as eras geológicas.

Para expor os números e fatos, o Museu do Amanhã levantou seis totens luminosos, de 10 metros de altura, que foram dispostos em círculos. Acomodados em assentos estofados, os visitantes assistem a vídeos transmitidos nesses painéis, com o objetivo de questionarem a ação humana no planeta Terra.

Amanhãs

A quarta parte da visita à exposição principal do museu fala sobre o mundo e a vida na Terra no futuro, tentando responder à pergunta: "Para onde Vamos?". Construído em formato de origâmi, o pavilhão conta com mais treze telas que revelam informações e ao mesmo tempo fazem uma estimativa de como será o planeta e a vida no futuro, apresentando conceitos como o da hiperconectividade e resgatando a importância da sustentabilidade.

O visitante é convidado a interagir com jogos, sendo que um deles - denominado "O jogo das Civilizações" - tem, como ideia, fazer com que os participantes gerenciem os recursos do planeta pelos próximos 50 anos, a fim de garantir a preservação da humanidade.

Outro game apresentado nesta seção do acervo é o "Humano", jogo desenvolvido pelo jornalista e produtor de conteúdo Marcelo Tas, e que tem, como objetivo, determinar que em que tipo de ser humano do planeta o visitante do museu se encaixa. Para isso, são feitas sete perguntas sobre a personalidade dos jogadores. O design do game foi aprovado pela Fundação Roberto Marinho, uma das apoiadoras do Museu do Amanhã.

Nós

Visitantes no centro da oca no pavilhão "Nós". No meio da imagem, pode-se localizar a churinga de madeira.

A parte final do percurso da exposição principal é o pavilhão "Nós", onde o visitante entra numa espécie de oca, ou casa dos povos indígenas do Brasil, que é ambientada com uma iluminação que simula o nascimento e o pôr do sol. O objetivo desse recorte da exposição é fazer com que o visitante reflita sobre si mesmo, e sobre como suas ações têm impactos para a sociedade e para o planeta.

Ao centro da oca, encontra-se a única peça museográfica da exposição principal do Museu do Amanhã: uma churinga feita de madeira, achada em um antiquário em Paris. O objeto é uma ferramenta cheia de significado para as tribos aborígenes da Austrália. As inscrições feitas na peça de 2 metros de altura remetem uma ligação entre o passado, o presente e o futuro, e são desenhos que se correlacionam com a proposta da exposição principal do Museu do Amanhã.

Ver também

Referências

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Ligações externas