Pidgin

Hoje, Pidgin é um tema de grande relevância e interesse para um amplo espectro de pessoas. Tanto no campo académico como no mundo do trabalho, Pidgin ganhou uma importância sem precedentes devido às suas múltiplas implicações na sociedade atual. Desde o seu impacto na economia até à sua influência na política e na cultura, Pidgin tornou-se um tema de debate constante. Neste artigo, exploraremos as diferentes facetas de Pidgin e analisaremos sua relevância em vários contextos. Desde as suas origens até à sua projeção futura, Pidgin continua a gerar grande interesse e controvérsia, pelo que é essencial aprofundar a nossa compreensão para podermos enfrentar eficazmente os seus desafios e oportunidades.

 Nota: Para o comunicador instantâneo anteriormente conhecido como "Gaim", veja Pidgin (comunicador instantâneo). Para Outros significados, veja Pidgin (desambiguação).

Pidgin (pron. 'pɪdʒəŋ) ou língua de contacto é uma palavra de origem inglesa que designa qualquer língua criada, normalmente de forma espontânea, a partir da mistura de duas ou mais línguas e que serve de meio de comunicação entre os falantes dessas línguas.

O conceito é originário da Europa, onde, a partir da Idade Média, os comerciantes do Mediterrâneo usavam a lingua franca ou sabir.

Os pidgins têm normalmente gramáticas rudimentares e um vocabulário restrito. Podem, no entanto, desenvolver-se, transformando-se em línguas crioulas. Um pidgin diferencia-se de uma língua crioula, que tem vocabulário e gramática plenamente desenvolvidos, tornando-se a primeira língua de uma comunidade de fala. A maioria dos linguistas acredita que uma língua crioula se desenvolva através de um processo de nativização de um pidgin, ou seja, quando crianças falantes do pidgin passam a utilizá-lo como primeira língua, adquirindo complexidade e estabilidade típicas de uma língua. Então, a língua crioula substitui o pidgin como forma de comunicação, à semelhança do que acontece as línguas crioulas de Cabo Verde ou da Guiné-Bissau. Um outro exemplo bem conhecido é o bichlamar, língua crioula melanésia que se baseia no inglês, com incorporação de palavras malaias, chinesas, francesas e portuguesas.

Mas nem sempre os pidgins se transformam em crioulos: podem morrer ou tornar-se obsoletos, tal como ocorreu com aqueles falados nos séculos XVII e XVIII, em Angola, resultantes da mistura entre o português europeu e as línguas nativas. Esses pidgins acabaram por dar origem a variedades linguísticas ou línguas crioulas, popularmente denominadas "pequeno português".

A criação de um pidgin requer normalmente:

  • Contacto regular e prolongado com comunidades linguísticas diferentes;
  • A necessidade de comunicação;
  • A ausência de uma língua franca espalhada e/ou acessível.

Etimologia

A palavra é possivelmente derivada da pronúncia chinesa para a palavra inglesa business (negócio). Pidgin English, ou "inglês pidgin", era o nome dado ao pidgin feito da mistura entre o chinês, o inglês e o português utilizada para o comércio em Cantão durante os séculos XVIII e XIX. Alguns académicos questionam esta derivação da palavra pidgin, e sugerem etimologias alternativas; porém nenhuma obteve até agora apoio entre outros académicos.

Referências

  1. CALVET, Louis-Jean. La Sociolinguisique. http://197.14.51.10:81/pmb/Que%20sais%20je/Communication/La%20sociolinguistique%20-%20Calvet%20Louis-Jean.pdf: puf _ 8a.ed. p. 14 
  2. Com base na análise de um corpus de textos literários, folclóricos e musicais de Portugal e do Brasil, Lipsky enumera traços de uma "linguagem pidginizada" que se mantêm nos crioulos de base lexical portuguesa e nas "variedades semicrioulas do português – do Brasil, de Angola e de Moçambique", concluindo que "é evidente que estes pidgins cedos são precursores das variedades vernaculares de hoje, muito embora não exista uma transmissão directa desde o século XV até aos tempos modernos". Ver A transição de Angola para o português vernáculo: estudo morfossintáctico do sintagma nominal, por Liliana Inverno.
  3. Dicionário Houaiss: pidgin

Ver também