Hoje queremos falar sobre Piedade popular, tema que tem ganhado grande relevância nos últimos tempos. Desde o seu surgimento, Piedade popular chamou a atenção de muitos, tornando-se um tema de amplo interesse. Seu impacto abrange diversas áreas, da política à cultura popular, e tem gerado discussões e debates em todo o mundo. Neste artigo, exploraremos Piedade popular em profundidade, analisando sua importância, implicações e evolução ao longo do tempo. Desde as suas origens até ao seu estado atual, mergulharemos no universo de Piedade popular para compreender a sua natureza fascinante e complexa.
A piedade popular refere-se às mais variadas práticas e expressões de devoção religiosa que são criadas espontaneamente pela população, sem a intervenção de instituições religiosas oficiais.
No catolicismo, a piedade popular manifesta-se sob a forma de culto privado (pessoal ou comunitário) prestado a Deus, aos Santos, às coisas santas e à Virgem Maria.
Este tipo de culto católico foi-se desenvolvendo ao longo dos tempos, à margem da Igreja oficial: por isso, está, muitas vezes associado ao chamado catolicismo popular. Mais concretamente, a piedade popular é o resultado da fé e "da cultura dum povo ou grupo social".
A piedade popular é diferente do culto litúrgico, que é "o culto oficial prestado pela Igreja Católica com Cristo e por Cristo a Deus". Porém, apesar dessa diferença, "tem acontecido ao longo dos séculos que certas expressões da piedade popular passaram à liturgia (festas do Natal, do Sagrado Coração de Jesus, do Imaculado Coração de Maria etc.)".
Mas, a piedade popular não é contraditória com a liturgia, sendo aceite e até, em muitas vezes, recomendada pela Igreja. Porém, é de salientar que ela não pode substituir a liturgia e todas as pessoas que a praticam devem estar sempre lembrados que todo o culto católico é, em última instância, dirigido e prestado à Santíssima Trindade.
Por outras palavras, a liturgia é o critério, o culto oficial, a forma vital da Igreja no seu conjunto alimentada diretamente pelo Evangelho. A religiosidade ou piedade popular significa que a fé cria raízes no coração dos diversos povos, entrando a fazer parte do mundo da vida quotidiana. A piedade popular é a primeira e fundamental forma de inculturação da fé, que deve continuamente deixar-se orientar e guiar pelas indicações da liturgia, mas que, por sua vez, a fecunda a partir do coração.
Devido ao potencial risco de "se desviar para formas espúrias ou supersticiosas", a piedade popular "deve estar sempre sob a lúcida vigilância" da hierarquia eclesial. Mais concretamente, os clérigos católicos "devem corrigir e valorizar" as várias expressões de piedade popular, "procurando que elas se inspirem na Escritura, estejam em sintonia com a liturgia e respeitem a ortodoxia doutrinária, embora tendo em conta as tradições e as autênticas maneiras de sentir e viver do povo ou do grupo social".
Embora este tipo de culto cristão seja "de certo modo facultativo", ele é muito importante. Como por exemplo, ao longo da história da Igreja Católica, "a ele se deve em boa parte a manutenção e o crescimento da fé do povo cristão, sobretudo em períodos de fraco impacto da liturgia na generalidade dos leigos. Outra razão de estima pela piedade popular resulta do facto de ela ser especialmente vocacionada para a inculturação da fé, permitindo ao povo exprimir a fé da forma mais espontânea".
As variadas expressões de piedade popular têm o nome de "exercícios de piedade", que podem ser inspirados, sob a recomendação e autorização da Santa Sé e dos Bispos, a partir da liturgia ou ainda a partir das "devoções ou aspectos formais". Entre outras coisas, as devoções podem ser expressas em "fórmulas de orações" a Deus, a Jesus, à Virgem Maria e aos Santos (novenas, trezena, Santo Rosário...); em "peregrinações aos lugares sagrados"; na veneração de medalhas, estátuas, relíquias e imagens sagradas e bentas; em procissões; e em outros "costumes populares".
No âmbito dos seus inúmeros exercícios de piedade, existe essencialmente dois tipos de piedade popular:
É preciso salientar que a piedade popular, mais concretamente as várias expressões devocionais, não é igual à idolatria, que é o culto de adoração que se presta a uma criatura, tributando-lhe a honra que é devida só a Deus. Apesar de a Igreja Católica insistir a diferença entre a adoração e a veneração, vários grupos religiosos, entre os quais os protestantes, acusam o culto e as devoções de veneração como um ato de idolatria.