No artigo de hoje vamos nos aprofundar no fascinante mundo de Quilperico I. Desde suas origens até seu impacto hoje, exploraremos todos os aspectos relevantes que fazem de Quilperico I um tema de interesse tanto para especialistas quanto para aqueles que estão apenas começando a se aprofundar no assunto. Analisaremos as diferentes abordagens e opiniões que existem em torno de Quilperico I, bem como a sua influência na sociedade, na cultura e no mundo em geral. Prepare-se para mergulhar em uma jornada informativa e enriquecedora que o levará a descobrir uma nova perspectiva sobre Quilperico I.
| Quilperico I | |
|---|---|
| Rei da Nêustria (561-584) | |
| Nascimento | 539 |
| Morte | setembro de 584 (45 anos) (juliano), Chelles |
Quilperico I[1] (ca. 539 — Setembro de 584) foi rei da Nêustria (ou Soissons) de 561 até sua morte. Era um dos filhos de Clotário I, rei de todos os francos, e Aregunda.


Imediatamente após a morte de seu pai, em 561, ele se empenhou em tomar posse de todo o reino, sequestrando o tesouro acumulado na cidade real de Berny e entrando em Paris. Seus irmãos, no entanto, forçaram-no a dividir o reino com eles, e Soissons, junto com Amiens, Arrás, Cambraia, Thérouanne, Tournai e Bolonha ficaram com Quilperico I. Seu irmão mais velho Cariberto recebeu Paris, Gontrão recebeu a Borgonha com sua capital em Orleães e Sigeberto I recebeu a Austrásia.À morte de Cariberto em 567, suas posses foram aumentadas quando seus irmãos dividiram o reino de Cariberto entre eles e combinaram compartilhar Paris.
Não muito após sua acessão, no entanto, ele entrou em guerra com Sigeberto, com quem ficaria num longo estado de antipatia. Sigeberto o derrotou e marchou para Soissons, onde ele derrotou e aprisionou o primogênito de Quilperico, Teodeberto. A guerra ampliou-se em 567, com a morte de Cariberto. Quilperico imediatamente invadiu as novas terras de Sigeberto, mas Sigeberto novamente o derrotou. Quilperico, então, aliou-se a Gontrão contra Sigeberto (573), mas Gontrão mudou de lado e Quilperico sofreu mais uma derrota.
Quando Sigeberto desposou Brunilda, filha do soberano visigodo da Espanha, Atanagildo, Quilperico também quis realizar um grande casamento. Ele já havia repudiado sua primeira esposa, Audovera, e tinha tomado como concubina uma serviçal chamada Fredegunda. Conseqüentemente, ele dispensou Fredegunda e se casou com a irmã de Brunilda, Galsuinta. Mas ele logo se cansaria de sua nova parceira, e numa manhã Galsuinta foi encontrada estrangulada em sua cama. Em poucos dias Quilperico casou-se com Fredegunda.
Esse assassinato foi a causa da mais longa e sangrenta guerra, intercalada de armistícios, entre Quilperico e Sigeberto. Em 575, Sigeberto foi assassinado por Fredegunda no momento que ele tinha Quilperico sob misericórdia. Quilperico então declarou guerra ao protetor da esposa e do filho de Sigeberto, Gontrão. Quilperico retomou sua posição, conquistando da Austrásia Tours e Poitiers e alguns locais na Aquitânia, e estimulou a discórdia no reino oriental durante a minoridade de Quildeberto II.
Ele aparentava alguma cultura literária, e foi autor de algumas posias, tomando Sedúlio como modelo. Ele inclusive acrescentou letras ao alfabeto latino, ordenando que os manuscritos fossem reescritos com os novos caracteres. A captura de Tours da Austrásia e o sequestro das propriedades eclesiásticas, além do hábito de Quilperico de apontar como bispos nobres do palácio que não eram clérigos, o que provocou o ódio amargo de Gregório de Tours, por quem Quilperico foi estigmatizado como Nero e Herodes de sua época.
Num dia de setembro de 584, enquanto retornava de uma caçada para sua vila real de Chelles, Quilperico foi apunhalado até a morte.
Quilperico deve ser considerado um soberano merovíngio típico. Ele era excessivamente ansioso em ampliar sua autoridade real. Ele era zeloso com o tesouro real, cobrando numerosos impostos, e suas medidas fiscais provocaram uma grande revolta em Limoges em 579. Quando sua filha Rigunta foi enviada aos visigodos como noiva para o rei Recaredo I, carregada de presentes esplendorosos, o exército que a acompanhou sobreviveu de modo voraz da terra no caminho até Toledo. Ele desejava a submissão da igreja, e para isso acabou vendendo bispados pela maior oferta, anulando os testamentos em favor dos bispados e abadias, e tentando impor sobre seus súditos uma concepção única da Santíssima Trindade, como Gregório de Tours relata:
♂ Clotário I (◊ c. 497 † 561)
♀ Aregunda da Turíngia (◊ c. 510 † ?)