No mundo de hoje, Quitebuga (sultão) tornou-se um tema de grande interesse e relevância. Ao longo do tempo, este tema tem sido objeto de debate, pesquisa e análise por especialistas e estudiosos de diversas disciplinas. Desde as suas origens até ao seu impacto na sociedade atual, Quitebuga (sultão) tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da humanidade. Neste artigo, exploraremos em profundidade este tema interessante, examinando seus diferentes aspectos e sua influência em diferentes áreas. Através de uma análise rigorosa e de uma visão abrangente, procuraremos lançar luz sobre este tema para melhor compreender a sua importância e relevância no mundo atual.
| Quitebuga | |||||
|---|---|---|---|---|---|
Domínios dos mamelucos bahri entre 1250 e 1382. | |||||
| Sultão do Egito | |||||
| Reinado | dezembro de 1294-novembro de 1296 | ||||
| Antecessor(a) | Anácer Maomé | ||||
| Sucessor(a) | Lajin | ||||
| Dados pessoais | |||||
| Morte | 1297 Hama | ||||
| |||||
| Dinastia | Mamelucos Bahri | ||||
Almaleque Aladil Zainadim Quitebuga ibne Abedalá Almançuri Aturqui Almugli (em árabe: الملك العادل زين الدين كتبغا بن عبد الله المنصورى التركى المغلى; romaniz.: al-Malik al-Adil Zayn-ad-Din Kitbugha Ben Abd-Allah al-Mansuri al-Turki al-Mugli, melhor conhecido só como Quitebuga (em árabe: كتبغا), foi o décimo sultão mameluco do Egito da dinastia Bahri (vigésimo no total) e reinou entre dezembro de 1294 e novembro de 1296.
Quitebuga iniciou sua carreira como um soldado comum de origem turco-mongol no exército ilcânida de Hulagu. Ele foi feito prisioneiro durante a Primeira Batalha de Homs em 1260[1] e foi comprado como escravo (mameluco) por Calavuno. Posteriormente, foi libertado e feito Emir[2].
Durante o reinado do filho de Calavuno, o sultão Axerafe Calil, ele foi preso e solto em seguida[3]. Em 1293, após o assassinato de Axerafe, Quitebuga se tornou o vice-sultão e regente do jovem sultão Anácer Maomé - que tinha apenas nove anos - e, juntamente com o emir Sanjar al-Shuja'i, ele era o governante de facto do Egito[1][4]. Porém, Quitebuga logo entrou em conflito com al-Shuja'i, que fora um dos vizires de Al-Nasir. Com o apoio dos búrjidas, al-Shuja'i planejou prender Quitebuga e assassinar seus emires, mas ele foi avisado do plano do rival por um tártaro chamado Cungar. Quitebuga então cercou a cidadela com o apoio dos gengiscânicas e dos curdos sharzuri[1][5], mas ele foi derrotado pelos búrjidas e teve que fugir para Bilbeis[6], onde ele ficou até conseguir retornar para o Cairo para cercar a cidadela novamente quando seus emires derrotaram os búrjidas. O cerco durou sete dias com sangrentos confrontos diários com os mamelucos do sultão e os aliados de al-Shuja'i. Muitos dos emires dele então se juntaram a Quitebuga. Já o emires deste informara a mãe do sultão Al-Nasir que a disputa era com al-Shuja'i e não com o filho dela e, por isso, ela trancou os portões da cidadela, prendendo al-Shuja'i em sua casa do lado de fora. Mais dos seus emires desertaram para o lado de Quitebuga. Al-Shuja'i, que não era popular entre os egípcios[1], foi então assassinado quando estava a caminho da cidadela para tentar um diálogo sobre o conflito. Quando o portão da cidadela foi aberto, Quitebuga e seus emires entraram e seus aliados, que haviam sido aprisionados por al-Shuja'i foram libertados e os búrjidas que haviam apoiado o finado emir foram presos ou expulsos da cidadela. As propriedades de al-Shuja'i no Levante foram confiscadas e seus principais líderes, presos[7].
Os mamelucos búrjidas, que eram uns 300, e que haviam sido expulsos por Quitebuga se rebelaram numa onda de fúria no Cairo. Esses mamelucos, que se denominavam "Mamelucos de Axerafe Calil" (al-Mamalik al-Ashrafiyah Khalil) por que Hoçã Adaim Lajin, que estava envolvido no assassinato do sultão - e patrocinador deles - Axerafe Calil, apareceu no Cairo e não foi preso nem punido[1]. Mas os mamelucos de Axerafe Calil foram derrotados e muitos terminaram executados ou mortos[8].
Após a morte do vizir al-Shuja'i, Quitebuga, que já era o regente, se tornou ainda mais poderoso e foi convencido por Lajin - que sabia que os mamelucos de Calil e futuramente do jovem sultão al-Nasir iriam se vingar do assassinato do sultão Calil - a depor al-Nasir e tomar o poder para si[9]. Após a derrota dos búrjidas, Quitebuga reuniu seus emires e disse-lhes: "O sistema real foi minado. Não há como haver respeito enquanto tivermos um sultão tão jovem." Os emires concordaram o ajudaram a derrubar al-Nasir, que foi aprisionado com a sua mãe primeiro numa seção do palácio e depois em Caraque. Quitebuga se instalou como sultão, tomou o nome real de al-Adil e fez de Lajin seu vice-sultão[10].

Um evento muito importante ocorreu em 1296, logo no início do reinado do sultão Quitebuga: a chegada ao Levante de um enorme grupo de oirates (umas 10 000 pessoas, com seus cavalos e gado[11][12]). Refugiados de origem turco-mongol, eles eram liderados por Turgai, um genro de Hulagu[13][14]. Eles estavam fugindo de Gazã. Enquanto uma parte do grupo de oirates foi bem recebida no Cairo por Quitebuga e passou a residir no distrito de Hicinia[15], outra se abrigou nas cidades costeiras do Levante. Os oirates não eram muçulmanos, mas se converteram após se misturarem com os emires e a população egípcia local[16][17]. Porém, como Quitebuga era de origem turco-mongol, sua extraordinária generosidade para com os oirates despertou o ciúme de seus emires[18][19] e foi um dos fatores que levariam à sua queda[20].
Durante o reinado de Quitebuga, o Egito e o Levante foram atingidos por secas, carestias e epidemias que provocaram uma grande mortandade entre os egípcios[21][22]. Quitebuga não era popular entre os egípcios, que o consideravam um sultão de mau agouro[23]. Além disso, os egípcios não estavam felizes com a generosidade do sultão para com os não-muçulmanos oirates enquanto que eles, piedosos fiéis, sofriam com os preços e a realidade da economia.
Quando Quitebuga estava em Damasco, os emires resolveram se livrar dele. Eles foram até o sultão e o encontraram no caminho de volta para o Egito. Quitebuga se enfureceu com Biçari, um de seus proeminentes emires, e o acusou de se corresponder com os mongóis. Temendo que o sultão fosse prender Biçari, os emires[24], entre eles Lajim, se armaram e foram até o diliz (a tenda real do sultão, utilizada durante suas viagens e batalhas) do sultão e enfrentaram seus mamelucos[25]. Uns poucos mamelucos do sultão foram mortos ou feridos. Quitebuga então fugiu pelos fundos do Diliz e foi para Damasco a cavalo acompanhado por cinco de seus mamelucos, eludindo os emires. Lajim foi entronado como o novo sultão do Egito enquanto Quedebuga se refugiava na cidadela de Damasco. Eventualmente, ele renunciou e reconheceu Lajim afirmando que "Sultão Maleque Almançor é um dos meus Khushdashiya[26]. Eu lhe sirvo e lhe obedeço. Eu permanecerei na cidadela até que o sultão decida o que fazer comigo." Quitebuga partiu de Damasco para Sarkhad[27] tendo reinado por dois anos e dezessete dias[28].
Em 1297, quando o sultão Anácer Maomé estava a caminho da Síria com um exército egípcio para enfrentar a invasão de Gazã, alguns oirates conspiraram com alguns dos mamelucos do sultão para assassinar o vice-sultão Salar e o ostadar[29] Baibars Aljasnaquir, que eram os governantes de fato do Egito na época, para reconduzir Quitebuga de volta ao poder, mas a tentativa falhou e os conspiradores foram severamente punidos. Após a derrota do exército de Anácer Maomé na Batalha de Uádi Alcazandar, Quitebuga fugiu para o Egito e passou a servir Salar. Após Gazã ter se retirado da Síria, Quitebuga se tornou o enviado do sultão Anácer em Hama[30], onde ele morreu.
Ele foi descrito como um homem baixo de pele morena com uma barba curta[31].
| Títulos de nobreza | ||
|---|---|---|
| Precedido por Anácer Maomé |
Sultão mameluco 1294–1296 |
Sucedido por Lajin |