Neste artigo, exploraremos Xélias em profundidade e tudo o que este tópico/pessoa/data tem a oferecer. Das suas origens ao seu impacto na vida quotidiana, passando pelas suas influências e possíveis implicações futuras, mergulharemos numa análise exaustiva de Xélias. Através desta exploração detalhada, esperamos proporcionar aos nossos leitores uma compreensão mais rica e completa de Xélias, para que possam apreciar a sua importância e relevância no mundo de hoje.
Xélias Achelḥi | |||
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Mulher chleuh do Anti-Atlas fotografada em meados do século XX | |||
População total | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
xélia | |||
Religiões | |||
islão | |||
Etnia | |||
Berberes |
Os chleuhs, shleuh, shilha, shluh ou, em português, xélias (em berbere: achelḥi ; plural ichelḥiyen ) são uma etnia berbere do sudoeste de Marrocos, que habitam nas montanhas no Alto Atlas, Anti-Atlas e no vale do Suz e para sul até Guelmim, a chamada "Porta do Sara". A sua língua nativa é o xélia (tachelhit), uma das principais línguas berberes marroquinas, a qual tem várias variantes regionais.
No início do século XXI estimava-se a população xélia em aproximadamente 8,5 milhões (8 milhões em Marrocos e 400 000 em França, onde representam metade da comunidade imigrante marroquina). Os povos indígenas da costa central de Marrocos, mencionadas pelos primeiros exploradores fenícios podem ter sido xélias. Hanão, o explorador cartaginês de meados do 1º milénio a.C. descreveu os métodos usados pelos cartagineses para comerciarem pacificamente os povos nativos da área de Mogador.
Na sua obra Le Maroc inconnu ("O Marrocos desconhecido"), o missionário e antropólogo francês Auguste Mouliéras (1855 1931), o nome da etnia provém do berbere acluḥ (plural icelḥin), que significa "esteira de junco, de esparto ou de palmeira", o material com que faziam as suas tendas.
O termo foi também usado durante a Segunda Guerra Mundial para designar pejorativamente os alemães, ou seja, como sinónimo de "boche". O humorista e resistente Pierre Dac compôs uma canção intitulada J'vais m'faire Chleuh ("vou fazer-me xélia"). A origem desta associação remonta à criação do Protetorado Francês em Marrocos em 1912, face à rivalidade da Alemanha, que também cobiçava o controlo do país. Pierre Dac retomou o uso do termo pelos militares franceses, que enfrentaram uma forte resistência dos combatentes marroquinos, cuja pacificação só foi concluída em 1934.