Neste artigo iremos mergulhar no fascinante mundo de Zé Povinho, explorando as suas origens, os seus impactos na sociedade atual e a sua relevância ao longo da história. Desde a sua criação até aos dias de hoje, Zé Povinho exerceu uma influência significativa em vários aspectos da vida, desde a cultura à tecnologia. Analisaremos a sua evolução ao longo do tempo, bem como os desafios e polémicas que enfrentou ao longo da sua carreira. Através de uma abordagem multidisciplinar, abordaremos diferentes perspectivas sobre Zé Povinho, proporcionando uma visão abrangente da sua importância no mundo contemporâneo. Este artigo procura oferecer um olhar completo e enriquecedor sobre Zé Povinho, com o objetivo de aprofundar a sua compreensão e as suas implicações para o presente e o futuro.
Zé Povinho é uma personagem satírica de crítica social, criada por Rafael Bordalo Pinheiro e adoptada como personificação nacional portuguesa.
Surgiu pela primeira vez na 5ª edição do periódico "A Lanterna Mágica", a 12 de Junho de 1875, na caricatura intitulada "Calendário 'Portuguez'", alusiva aos impostos, onde se representa o então Ministro da Fazenda, Serpa Pimentel, a sacar ao Zé Povinho uma esmola de três tostões para Santo António de Lisboa (representado por Fontes Pereira de Melo) com o "menino" (D. Luís I) ao colo, tendo ao lado o comandante da Guarda Municipal, de chicote na mão, presente para prevenir uma eventual resistência.
Nas edições seguintes do periódico, a caricatura do Zé Povinho continuou a surgir com o personagem de boca aberta e a não intervir, resignado perante a corrupção e a injustiça, ajoelhado pela carga dos impostos e ignorante das grandes questões do país.
Tomou forma tridimensional, popularizando-se com a cerâmica da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, a partir do último quartel do século XIX.
Figura marcante da caricatura de Bordalo Pinheiro, tornou-se uma figura identificativa do povo português, criticando de uma forma humorística os principais problemas sociais, políticos e económicos do país ao longo de sua história, caricaturando o povo português na sua característica de eterna revolta perante o abandono e esquecimento da classe política, embora pouco ou nada fazendo para alterar a situação.
Personagem citado por E. F. Piloni em mensagens endereçadas a J.M.D.Marçal Jr., ao compara-lo a um figurão dramático que, ora vale algo, ora perde-se o valor. Carinhosamente cunhado pela autora da anedota, deixando um certo ar de confusão ao dizer que trata-se de um homem comum, simples, do povo; zé. Expressão popular essa que significa gente simples, indivíduo do povo. É usada para identificar pessoa desqualificada socialmente. Zé, é uma forma popular de exprimir o homem do povo.[carece de fontes]
O próprio Bordalo Pinheiro definiu o personagem: "O Zé Povinho olha para um lado e para o outro e... fica como sempre... na mesma".
Entretanto, apesar de relativamente simples, é uma figura cheia de contradições:
O personagem tem como característica principal o gesto do manguito (o "Toma!"), representando a sua faceta de revolta e insolência.