Batalha de Avarair
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Miniatura do século XV representando a batalha
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Data
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26 de maio de 451
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Local
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Planície de Avarair, distrito de Mardistão, Vaspuracânia
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Desfecho
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Vitória pírrica sassânida; vitória estratégica armênia
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Beligerantes
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Comandantes
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Forças
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66 000 rebeldes |
120 000 sassânidas 20 000 armênios leais |
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Baixas
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Pesadas |
Desconhecidas, mas mais baixas que as armênias |
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Batalha de Avarair (em armênio/arménio: Ավարայրի ճակատամարտ) ou Batalha de Vartanantz (em armênio/arménio: Վարդանանց Պատերազմ) foi um confronto travado em 26 de maio de 451 entre as tropas rebeldes armênias lideradas por Vardanes II Mamicônio (beatificado como São Vardan (nome em armênio)) e os exércitos sassânidas na planície de Avarair, em Vaspuracânia. Embora os sassânida tenham sido vitoriosos no campo de batalha, a batalha provou ser uma grande vitória estratégica armênia, com Avarair pavimentando o caminho para o tratado de Nevarsaque (484), que afirmou o direito armênio de professar o cristianismo livremente.
Contexto
Neste período, a Armênia era uma satrapia do Império Sassânida e os xá persas pretendiam impor o rito do sol e do fogo aos armênios. A Armênia, o primeiro país oficialmente cristão do mundo (desde 301, quando São Gregório Iluminador converteu Tirídates III), fez forte oposição ao abandono de sua fé, criando um impasse. O clero armênio respondeu ao xá Isdigerdes II com essas palavras:
“
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Nada nos moverá de nossa fé, nem anjos e nem homens, nem espadas e nem águas, ou qualquer outra violência imaginável. Nossos bens e nossas posses estão a tua disposição; podes usa-los como bem entenderes. Desde que nos concedas a liberdade de crença, tu serás nosso único senhor na terra, assim como Cristo é nosso único Deus no céu. Se porém exigires de nós mais que isso, eis nossa decisão: nossas vidas estão em tuas mãos…; tu tens a espada, nós a cerviz…Tombaremos como mortais que somos e passaremos às fileiras dos imortais…É inútil querer negociar o que é inegociável. Nossa fé não tem origem humana e nossas convicções sobre ela resultam de uma experiência amadurecida. Somos inseparavelmente unidos ao nosso Deus. Nada poderá romper essa união, jamais e em tempo algum.
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”
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Os persas mandaram cerca de 700 magos e sacerdotes para converter a população armênia, mas alguns arcebispos armênios incitaram a população a hostilizar os sacerdotes persas. Irritados com essa atitude e resistência, o rei persa enviou 200 mil soldados para impor a força sua decisão. Com uma força de aproximadamente 66 mil homens e liderados pelo senhor de terras Vardanes II Mamicônio, os armênios contavam com a ajuda do também cristão Império Bizantino para combaterem em pé de igualdade com os persas. A ajuda não veio e o conflito não pôde ser evitado. Na planície de Avarair, os dois povos se combateram e devido a superioridade militar e a deserção de muitos armênios para as linhas inimigas, esperando benefícios políticos, deu a vitória aos persas.
Referências
Bibliografia
- Bedrosian, Margaret (1991). The Magical Pine Ring. : Wayne State University Press
- Burgan, Michael; Thomas G. Urban (2009). Empires of Ancient Persia. : Infobase Publishing. ISBN 1438127847
- Hacikyan, Agop Jack (2000). The Heritage of Armenian Literature. From the Oral Tradition to the Golden Age. 1. Detroit: Wayne State University. ISBN 978-0-8143-2815-6
- Izady, Mehrdad R. (1992). The Kurds: A Concise Handbook. Washington, D.C.: Taylor & Francis
- Pattie, Susan Paul (1997). Faith in History: Armenians Rebuilding Community. : Smithsonian Institution Press
Ligações externas