Neste artigo vamos nos aprofundar no fascinante mundo de Beríngia. Desde as suas origens até à sua relevância hoje, este tema tem captado a atenção de investigadores, académicos e entusiastas. Ao longo do tempo, Beríngia desempenhou um papel crucial em vários aspectos da sociedade, desde a cultura à economia. Através de uma análise detalhada, exploraremos as diferentes facetas de Beríngia, desvendando o seu impacto e relevância no mundo contemporâneo.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Março de 2013) |
Beríngia | |
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— acidente geográfico — | |
Dentro do retângulo amarelo, a localização da Beríngia. | |
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A Beríngia, também chamada Ponte Terrestre de Bering, foi uma porção de terra firme com aproximadamente 1 600 quilômetros de norte a sul na sua máxima extensão que juntou o Alasca e a Sibéria durante as glaciações. Se localizava onde, atualmente, se encontra o Estreito de Bering.
Tanto o Estreito de Bering como o Mar Chukchi a norte e o Mar de Bering a sul são mares de pequenas profundidades. Durante as glaciações, a água do mar concentra-se nas calotas polares e nas geleiras, fazendo baixar o nível do mar e expondo os fundos marinhos de pequenas profundidades. Outras pontes terrestres se formaram e desapareceram nos períodos interglaciais: há 14 mil anos, a Austrália esteve unida à Nova Guiné e à Tasmânia, e as Ilhas Britânicas estiveram ligadas à Europa.
A Ponte Terrestre de Bering foi importante porque permitiu a migração de seres humanos da Ásia para as Américas, assim como várias espécies de animais terrestres, incluindo leões e chitas, que evoluíram para espécies endémicas da América do Norte, actualmente extintas, e exportando camelídeos para a Ásia. À medida que o clima se altera, também as condições ambientais mudam, determinando que plantas e animais podem sobreviver – a massa de terra pode funcionar, tanto como uma ponte, como constituíndo uma barreira, uma vez que, em períodos menos frios, a chuva e os glaciares alteram o solo e a orografia.
Registos fósseis mostram que, na América do Norte, os abetos, bétulas e choupos já povoaram regiões a norte da sua zona de distribuição atual, indicando que essa região já foi mais quente que atualmente. As flutuações do nível do mar expuseram a Ponte Terrestre de Bering em vários períodos durante o período Pleistoceno, tanto na glaciação que ocorreu há 35 mil anos, como durante a mais recente, entre 22 mil e 7 000 anos. Há cerca de 6 000 anos, as linhas de costa da América e da Ásia tinham já assumido a sua configuração atual.
Pielou, E. C. 1992, After the Ice Age: The Return of Life to Glaciated North America.