Neste artigo vamos nos aprofundar no fascinante mundo de Empastelamento. Exploraremos as suas origens, a sua relevância na sociedade atual e o seu impacto em diferentes aspectos da vida quotidiana. Desde a perspectiva histórica até a sua evolução nos dias atuais, Empastelamento tem sido objeto de estudo e debate, gerando grande interesse entre acadêmicos, amantes do assunto e sociedade em geral. Através deste artigo, procuraremos lançar luz sobre Empastelamento, proporcionando uma visão panorâmica que permita ao leitor compreender a sua importância e influência no mundo contemporâneo.
Empastelamento consiste na forma violenta de impor o silêncio de um jornal ou publicação noticiosa pela destruição de seus equipamentos de tal forma que o jornalista Alberto Dines o comparava como sendo o linchamento aplicado a um meio de imprensa. Com o incremento da tecnologia de comunicação virtual e transmissão de sinais eletrônicos, empastelar também ganhou acepção de embaralhamento de dados ou outras formas de ataques virtuais, não somente aos meios jornalísticos.
O jornalista Lira Neto esclarece a definição que a palavra assumiu, ao longo do tempo, dizendo que o termo
"...definia a invasão e destruição do jornal, e remetia à época em que os periódicos eram compostos em máquinas de tipos móveis, em que cada letra tinha de ser escolhida pelo tipógrafo e montada, uma a uma, para formar as palavras", explicando que "empastelar, nesse caso, significava abrir as gavetas de tipos e esparramar as letras de chumbo no chão, o que exigia meses para reorganizá-las"; ele conclui, dizendo que o termo passou a ter o significado ampliado - "com o tempo, o vocábulo passou a designar qualquer ato de violência contra jornais".
Originalmente o termo era usado em tipografia, usado para quando ocorre a mistura dos tipos e outros elementos da impressão e que podem ocorrer durante as fases do processo editorial, como a composição ou montagem. É, ainda, o estrago feito nos tipos, rotativas e outros equipamentos editoriais. Na impressão colorida o empastelamento pode derivar ainda da má superposição de fotolitos, de modo a criar no resultado impresso uma confusão de cores e formas, tornando-o irreconhecível.
Por extensão, empastelamento passou também a significar o ato de:
"invadir uma gráfica ou redação de jornal para inutilizar o trabalho em curso, danificar equipamentos e materiais"
Como define o Houaiss.
Com a migração das mídias para a internet, o ataque a veículos de informação como o feito por hackers dá lugar ao "empastelamento virtual", engendrando situações análogas àquelas da agressão física às redações com o ataque cibernético aos sítios de jornais e revistas, engendrando a necessidade de se criar medidas de proteção ao jornalismo eletrônico para evitar tais ações, bem como descobrir e punir seus autores, muitas vezes protegidos pelo anonimato e complexidade das ligações em rede.
No meio militar o termo implica no embaralhamento dos sinais eletrônicos mormente aqueles que, utilizando dos sistemas de orientação por satélites (geolocalização ou GPS), enviam sinais para guiar mísseis por exemplo; neste sentido existem no mercado aparelhos capazes de empastelar redes de GPS com uma banda estreita de funcionamento, como no caso dos utilizados no meio civil; a fim de evitar o empastelamento de sinais há duas contramedidas que a tecnologia desenvolveu: o uso "de antenas especiais que rejeitam os sinais dos empasteladores e emprego de filtros especiais nos receptores GPS, tanto militares como civis".
Ao longo da história diversos jornais tiveram suas sedes empasteladas; no Brasil vários casos se sucederam, numa prática que teve início no II Reinado; dentre estes alguns notórios: