Estrela vermelha

Hoje, Estrela vermelha é um tema que tem chamado a atenção de um amplo espectro da sociedade. Seja pelo seu impacto na indústria, pela sua relevância na cultura popular, ou pela sua influência no campo científico, Estrela vermelha conseguiu ultrapassar as barreiras de género, idade e nacionalidade. Neste artigo exploraremos as diversas facetas de Estrela vermelha e sua importância no mundo contemporâneo. Desde a sua origem até às suas projeções futuras, iremos aprofundar uma análise profunda que nos permitirá compreender melhor a relevância de Estrela vermelha na nossa sociedade atual.

 Nota: Para outros significados, veja Estrela vermelha (desambiguação).
A estrela vermelha

A estrela vermelha de cinco pontas, um pentagrama sem o pentágono no seu interior, é um símbolo do republicanismo, do socialismo e do comunismo. É muitas vezes interpretado como representação dos dedos das mãos dos trabalhadores, bem como os cinco continentes.

Uma sugestão menos conhecida, é que as cinco pontas da estrela pretenda representar os cinco grupos sociais que liderarariam a Rússia ao comunismo: a juventude, os militares para proteger e defender o socialismo, o trabalhador industrial, o trabalhador do campo, e a Intelligentsia. Karl Marx e Friedrich Engels usavam a estrela rubra como símbolo e era também um dos emblemas, sinais e símbolos que representavam a União Soviética sob os preceitos e a gestão do Partido Comunista, juntamente com a foice e martelo. A estrela desde então se tornou símbolo representando o socialismo de diversas maneiras.

História

Estrela vermelha presente na bandeira da União soviética

A estrela de cinco vértices é um símbolo do mundo antigo, usado em tradições místicas em todas as grandes religiões do Oriente-Médio (Judaísmo, Islamismo e Cristianismo) para representar a ideia herege que o sagrado é inerente à humanidade. Essa foi a razão pela qual Marx e Engels, como humanistas radicais, foram atraídos por esse símbolo. Eles caracterizaram o vermelho como o sangue perdido em luta proletária. Entretanto, sua origem em movimentos políticos em massa são encontrados na Guerra civil russa e o final da 1ª Grande Guerra, apesar do criador (se há algum) ser desconhecido.

Uma versão bastante difundida é a de enquanto as tropas russas fugiam da frente austríaca e alemã, acabaram por se encontrar em Moscou em 1917, e se misturaram com as guarnições locais. Para distingüir as tropas Moscovitas do influxo de russos fugitivos, os oficiais distribuíram estrelas feitas de lata para os soldados de Moscou usarem em seus quepes. Quando essas tropas se reuniram ao Exército Vermelho e os Bolcheviques, eles pintaram suas estrelas de vermelho, a cor do socialismo, dessa forma criando a estrela vermelha original. Outra origem possível para a estrela vermelha é sobre um suposto encontro entre Leon Trotsky e Nikolai Krylenko. Krylenko, um Esperantista, trajava Estrela Verde no distintivo de sua lapela; Trótsky indagou o significado do símbolo e como resposta obteve que cada ponta da estrela representava um continente. Ao ouvir isso, ele afirmou que uma estrela similar deveria ser usada por soldados do Exército Vermelho.

Uso Comum

Insígnia de recrutamento no quepe do Exército Vermelho

Seguindo sua adoção como emblema da União Soviética, a estrela vermelha se tornou símbolo do comunismo num sentido mais amplo. O símbolo se tornou um dos mais proeminentes da URSS, adornando todos os prédios oficiais, prêmios e insígnias. Algumas vezes, foice e martelo era pintada dentro ou abaixo da estrela. Em 1930, a Ordem da Estrela Vermelha foi fundada e concedida ao corpo de funcionários do Exército Vermelho e da Marinha Soviética por "serviços excepcionais em motivo da defesa da União Soviética em tempos de paz e guerra." Seu uso rapidamente se espalhou por outros Estados comunistas e organizações

A estrela vermelha foi aderida por muitos Países socialistas e comumente é encontrada em suas respectivas bandeiras e brasões; por exemplo, na bandeira da República Federativa Socialista da Iugoslávia. Movimentos separatistas e socialistas também usaram a estrela vermelha em alguns momentos, como a bandeira dos países da Catalunha.

Enquanto a estrela vermelha se disseminava pelo comunismo no Leste, ela foi adaptada: enquanto alguns Estados mantinham a estrela como foi projetada, outros usavam-na como uma estrela amarela, especialmente sobre um fundo vermelho, com o mesmo simbolismo. A bandeira da República Popular da China tem cinco estrelas amarelas num fundo vermelho. Na Coreia do Norte, entretanto, a estrela permaneceu como no projeto inicial.

Também pode se dizer que a foice e o martelo é por causa dos trabalhadores urbanos e os camponeses, sendo representados pelo martelo como os urbanos e foice como os camponeses pela agricultura.

Usos Recentes

Símbolo da Fração do Exército Vermelho
Bandeira do EZLN
Símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT)

A milícia russa continua ainda nos dias atuais a usar a Estrela Vermelha, e muitos países-membros da ex-União Soviética ainda a mantém em equipamentos militares e uniformes. O jornal militar russo também é chamado de Estrela Vermelha (russo Krasnaya Zvezda). Muitos clubes desportistas cujos países estão sobre a liderança dos partidos comunistas usam a estrela vermelha como símbolo. Desde a queda do bloco soviético, a estrela vermelha foi banida em alguns países (ex.: na Hungria, onde é crime ofensivo exibir publicamente ou usar o símbolo.

Em 1970, o Rote Armee Fraktion ou Fração do Exército Vermelho (RAF) foi oficialmente fundado. O RAF, que se descreveu como um grupo comunista de "guerrilha urbana", foi no pós-guerra que na Alemanha Oriental, a mais ativo e mais popular organização de terrorismo de esquerda. Era facilmente reconhecida pela estrela vermelha e Heckler & Koch MP5. O RAF operou desde os anos 70 até 1988, cometendo inúmeros crimes, especialmente no outono de 1977, que liderou a uma crise nacional que ficou conhecida como "Outono Alemão". Foi responsável por 34 homicídios - incluindo muitos alvos secundários como os chauffeurs e guarda-costas - e muitos feridos em seus quase 30 anos de existência.

A Estrela Vermelha foi incluído na bandeira do Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) ou Exército Zapatista de Libertação Nacional em sua formação em 1994. O EZLN, um grupo revolucionário armado, (mas não-violento), com base em Chiapas, México, que buscou seu nome no revolucionário mexicano Emiliano Zapata e é comumente representado pelo Subcomandante Marcos, entretanto não é o líder do grupo. A mesma bandeira, uma bandeira negra com uma estrela vermelha, foi usado pelo socialismo revolucionário do rock nos EUA, pela banda Rage Against the Machine - que eram os apoios vocais do EZLN e outras causas socialistas - tanto que o símbolo terminou por ser associado à banda, separada do EZLN.

No Brasil, a Estrela Vermelha também é usada como símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT), sendo a versão mais conhecida da estrela no país.

Utilização na URSS e nas suas repúblicas constituintes

Como um ornamento festivo

Durante a década de 1930, as publicações soviéticas encorajaram a prática de decorar uma árvore de Ano Novo, conhecida como yolka (em russo: Ёлка). Estas árvores eram frequentemente decoradas[por quem?] com uma estrela vermelha, uma prática que tem continuado na Rússia desde a dissolução da União Soviética em 1991.

Galeria da heráldica das repúblicas soviéticas

Galeria de bandeiras soviéticas

Ver também

Referências

  1. Khvostov, Mikhail (1996), The Russian Civil War (1) The Red Army Published by Men-At-Arms ISBN 1-85532-608-6
  2. Pri La Stelo: Militista simbolo
  3. Código Criminal Húngaro 269/B.§ (1993.)
  4. Weber, Hannah (25 de dezembro de 2017). «Yolka: the story of Russia's 'New Year tree', from pagan origins to Soviet celebrations». The Calvert Journal. Consultado em 15 de abril de 2018