Gazeta do Rio de Janeiro

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Número 1 da Gazeta do Rio de Janeiro, de 10 de setembro de 1808
Marco inicial da imprensa, no Brasil

A Gazeta do Rio de Janeiro, fundada em 10 de setembro de 1808, foi o jornal oficial da corte portuguesa, enquanto sediada no Rio de Janeiro. Foi o primeiro jornal impresso no Brasil, nas máquinas da Impressão Régia, no Rio de Janeiro. (O Correio Braziliense é um pouco mais antigo, mas era impresso em Londres.) Seu lançamento marca o início da imprensa no país.

Contexto

Até à sua publicação, fruto da transferência da corte portuguesa para o Brasil, era terminantemente proibido aos habitantes da colônia o acesso a publicações.

Características

Publicado duas vezes por semana (bi-hebdomadário), era um jornal oficial e consistia, basicamente, de comunicados do governo. Evidentemente, só publicava o que era favorável ao governo. Conforme o historiador John Armitage, "a julgar-se o Brasil pelo seu único periódico, seria um paraíso terrestre, onde nunca se tinha expressado uma só crítica ou reclamação".

Seu editor era o Frei Tibúrcio José da Rocha e o seu redator era Manuel Ferreira de Araújo Guimarães (o primeiro jornalista profissional do Brasil).

Também publicava informes sobre a política internacional, em especial, à realidade europeia diante dos conflitos napoleônicos e a instabilidade das colônias americanas da Espanha e a partir de 29 de dezembro de 1821 passou a se denominar simplesmente Gazeta do Rio. Com a independência, a Gazeta deixou de circular tendo a sua última edição vindo a lume em dezembro de 1822.

Com seu fim, foi sucedido pelo Diário Fluminense, de Pedro I e o Diário do Governo, de Pedro II, como órgãos oficiais de imprensa.

No ano de 2018, foi criada uma nova versão do jornal, em formato online.

Conteúdo

Seu conteúdo era restrito aos interesses da Coroa, e voltado para a vida cortesã. A parcialidade patenteava-se, por exemplo, no tratamento pró-inglês ao falar das guerras napoleônicas. Em 1818 o bibliotecário real Luís dos Santos Marrocos advertia em carta ao seu pai, em Portugal:

Ver também

Referências

  1. Gomes, Laurentino (2007). 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. : Editora Planeta do Brasil 
  2. a b c Meirelles, Juliana Gesuelli (janeiro de 2008). «Oficial, mas nem tanto». Revista de História da Biblioteca Nacional. 28. Cópia arquivada em 21 de dezembro de 2016 
  3. Gomes, Laurentino (2007). 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. : Editora Planeta do Brasil. p. 217 
  4. «"O Patriota" completa dois séculos de criação em janeiro de 2013». Site Imprensa Nacional da Casa Civil da Presidência da República. Consultado em 1 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 20 de dezembro de 2014 
  5. «Bicentenário da "Gazeta do Rio"». Centro Nacional de Cultura. 2008. Consultado em 2 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2015 
  6. «Matéria, página consultada em 1 de março de 2008.» 

Bibliografia

  • SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822): cultura e sociedade. Rio de Janeiro: Eduerj, 2007.
  • MEIRELLES, Juliana Gesuelli, Imprensa e poder na corte joanina: a Gazeta do Rio de Janeiro(1808-1821), Rio de Janeiro, Ed. Arquivo Nacional, 2008.

Ligações externas