Grande Guerra do Norte

No mundo de hoje, Grande Guerra do Norte ganhou grande relevância na sociedade. Seu impacto se estendeu a diversas áreas, gerando discussões, debates e reflexões em torno de sua importância e repercussões. Da esfera política à cultural, Grande Guerra do Norte tornou-se um tema de interesse geral que não deixa ninguém indiferente. Neste artigo exploraremos as diversas facetas de Grande Guerra do Norte, analisando sua evolução ao longo do tempo e sua influência no dia a dia das pessoas. Além disso, examinaremos as diferentes perspectivas que existem em torno de Grande Guerra do Norte, oferecendo uma visão completa do seu impacto na sociedade atual.

Grande Guerra do Norte

Em sentido horário do topo: Batalha de Narva, Cruzamento do Duína, Batalha de Poltava, Batalha de Gangut e Batalha de Gadebusch
Data 22 de fevereiro de 170010 de setembro de 1721
Local Leste Europeu, Europa Setentrional e Europa Ocidental
Desfecho Vitória russa
Mudanças territoriais
Beligerantes
Suécia
  • Holstein-Gottorp

Polônia-Lituânia
(1704–09)
 Império Otomano
(1710–14)

Hetmanato Cossaco
(1708–09)
 Grã-Bretanha (1719–20)
 Sete Províncias Unidas (1700)
 Inglaterra (1700)
Rússia  Saxônia
Polônia-Lituânia
(1701–04, 1704–09, 1709–19)
Dinamarca-Noruega
(1700, 1709–20)
 Prússia (1715–21)
 Hanôver (1715–19)
 Grã-Bretanha (1717–19)
Moldávia (1711)
Comandantes
Carlos XII
Ulrica Leonor
Frederico I
  • Carlos Gustavo Rehnskiöld
  • Magno Stenbock
  • Adão Luís Lewenhaupt
  • Arvid Axel Mardefelt
  • Carlos Gustavo Armfeldt
  • Érico Dahlbergh
  • Antônio von Schlippenbach
  • Oto Vellingk
  • João Wachtmeister
  • Carlos Gustavo Creutz

Frederico IV
Carlos Frederico
Estanislau I Leszczyński

  • José Potocki

Amade III

  • Baltacı Mehmet Pasha
Ivan Mazepa
Jorge I
Pedro I

Augusto II

  • Jacó von Flemming
  • João Mateus von der Schulenburg
  • Adão Sieniawski
  • Estanislau Chomętowski

Frederico IV

  • Cristiano Detlev Reventlow
  • Ulrico Cristiano Gyldenløve
  • Pedro Tordenskjold
  • Estanislau Chomętowski

Ivan Mazepa

  • Danilo Apostol
  • Ivan Skoropadski

Frederico Guilherme I

Jorge I
Baixas
200 mil suecos mortos Por volta de 75 mil russos mortos
Entre 14 e 20 mil poloneses e saxões mortos
60 mil dinamarqueses mortos

A Grande Guerra do Norte foi uma guerra travada entre uma coligação composta pelo Czarado da Rússia, Reino da Dinamarca e Noruega e Saxônia-Polónia (a partir de 1715 também Prússia e Hanôver) contra o Império Sueco, entre 1700 e 1721.

Começou com um ataque coordenado pela coligação em 1700 contra a Suécia, e terminou em 1721 com a conclusão do Tratado de Nystad, e o Tratado de Estocolmo. Um dos resultados desta guerra foi a morte do rei Carlos XII e o fim do Império Sueco.

Entre os principais combates deste longo conflito destacam-se as batalhas de Narva, Lesnaia e Poltava.

A aliança anti-sueca

A aliança entre a Dinamarca, Rússia, Polónia e Saxônia deu-se em segredo, durante o outono de 1699. Naquela época o governante dito Eleitor da Saxônia era também rei da Polónia. Em 12 de fevereiro de 1700, tropas saxônicas atacaram a cidade sueca de Riga e outras fortificações na Livônia. No dia 20 de março Frederico IV da Dinamarca interveio militarmente contra o ducado de Holstein-Gottorp, aliado da Suécia, dando início à guerra. A Rússia, por sua vez, não demoraria a assediar o porto sueco de Narva, completando a ofensiva geral.

A contra-ofensiva sueca

As primeiras Campanhas de Carlos XII (1700-1706)

A Suécia possuía um excelente exército, de cerca de 77 mil homens. O rei sueco Carlos XII lançou-se primeiro contra a Dinamarca, contando com a ajuda de navios holandeses e ingleses (nações favoráveis à independência do ducado de Holstein-Gottorp). Desembarcando na ilha onde se situa a capital dinamarquesa, Carlos XII em pouco tempo forçou Frederico IV a se retirar do conflito, assinando o Tratado de Traventhal, em 18 de agosto de 1700.

Sem perder muito tempo, Carlos XII lançou-se então contra os russos. Desembarcando o seu pequeno exército na Livônia, ele marchou sobre a cidade de Narva em pleno inverno e combateu os 40 mil russos que cercavam a cidade. Em seguida, movido por um ódio pessoal contra Augusto II, invadiu a Polónia e, em 1704, submeteu a Saxônia. Conseguiu, também, depor Augusto II do trono da Polónia e colocar um polaco no seu lugar.

Em vez de se voltar contra a Rússia do Czar Pedro I, Carlos XII deixou-se ficar na Saxônia durante dois anos, consumindo os recursos locais e levantando um grande exército de mercenários. Esta sua inação permitiu ao czar Pedro fundar a cidade de São Petersburgo e capturar pequenas guarnições suecas ao longo do Báltico.

Abastecido com recursos tirados da Saxônia e com um exército de 42 mil homens, o rei sueco deixou as terras de Augusto II em agosto de 1707, disposto a atacar a Rússia. O czar Pedro fez algumas propostas de paz, mas foram ignoradas.

Após expulsar as forças russas posicionadas no leste da Polónia, Carlos XII invadiu a Rússia. O exército de Pedro havia evoluído desde a batalha de Narva mas, ainda assim, foi derrotado em Lesnaya. Os suecos, por outro lado, começaram a sofrer problemas de abastecimento e o seu principal comboio foi interceptado e destruído. Buscando resolver este problema e também evitar o rigor do inverno russo, Carlos XII rumou para a Ucrânia, onde recebeu o auxílio do hetman Ivan Mazepa. Esta estratégia não teve sucesso e em 1709 teve sua marcha interrompida pela pequena fortificação de Poltava, onde foi derrotado decisivamente. Com apenas 1 500 homens, o rei da Suécia teve que fugir na direção da Moldávia onde, durante cinco anos, ficou sob o controle do governo do Império Otomano. Durante a sua ausência, a Suécia sofreu sucessivas derrotas, que selaram o destino do país.

O retorno de Carlos XII deu um temporário impulso ao esforço de guerra, mas o rei acabaria por ser morto em 1718. A guerra finalmente terminou em 1721. A Suécia perdeu grande parte do território que conquistara durante o século XVII e perdeu para sempre o papel de potência europeia.

Referências

  1. a b c Lars Bergquist, Thomas Magnusson, Peter A. Sjögren e Thomas Fehrm (ilustrador) (2002). «Stora nordiska kriget». Norstedts första uppslagsbok. Kunskap från början (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 379. 460 páginas. ISBN 9172273186 
  2. «Freden i Traventhal | svenska freder - historiesajten». www.historiesajten.se. Consultado em 3 de dezembro de 2020 

Bibliografia

  • TARLE, Evgueni - La Guerre du Nord, Edições de Moscou, U.R.S.S., 1966;
  • Bushkovitch, Paul. "Peter the Great and the Northern War", in Dominic Lieven (ed), The Cambridge History of Russia: Imperial Russia, 1689–1917. Cambridge University Press, 2006. pp. 489-503. (Bushkovitch2008-PeterGreat.pdf);