Hepatite D

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O vírus da hepatite D é incompleto e precisa do antígeno de superfície HBsAg para se replicar.

Hepatite D ou Hepatite delta, é uma doença viral caracterizada por reação inflamatória no fígado, esse vírus é considerado um vírus satélite ou seja ele não é autônomo e depende da presença do vírus da hepatite B para infectar uma pessoa.

Causa

O agente delta é um RNA-vírus "incompleto" (um dos menores vírus RNA animais, tão pequeno que é incapaz de produzir seu próprio envelope protéico e de infectar uma pessoa), constituído de uma fita incompleta de RNA. Ele é deficiente em quase todas as proteínas necessárias à replicação e só pode multiplicar-se em células já infectadas pelo vírus da hepatite B, utilizando as enzimas codificadas por ele além dos recursos da célula humana.

O HDV é um vírus com 35 nanômetros e um genoma de RNA circular minúsculo (apenas 1700 bases) de sentido negativo. Codifica apenas duas proteínas e usa a proteína HBs no seu envelope. Uma curiosidade interessante sobre o vírus é que o próprio genoma de RNA funciona como uma enzima não proteica (é uma ribozima) e cliva os seus próprios produtos transcritos.

É assim um vírus que parasita outro vírus, o qual parasita a célula humana. Mas os maiores danos são causados não à replicação do HBV mas às células humanas. A infecção do doente crónico com Hepatite B do HDV piora o prognóstico significativamente.

Progressão e sintomas

A infecção pode ocorrer como co-infecção (simultaneamente com o vírus da hepatite B) ou como uma forma de superinfecção (portador crônico da hepatite B que então se infecta com o vírus da hepatite D), essa última de pior prognóstico, podendo ser severa com hepatite fulminante. Geralmente encontrado em pacientes portadores do vírus HIV e está mais relacionado à cronificação da hepatite e também à hepatocarcinoma(câncer). Causa inchaço (edema) abdominal, pele amarelada, náusea e sangramentos. Pode causar sintomas neurológicos como tremores, alteração de consciência e coma.

Na fase aguda da infecção ocorre esteatose microvesicular e necrose granulomatosa eosinofílica por ação citotóxica direta do vírus e a atividade necroinflamatória costuma ser severa.

Diagnóstico

Pesquisa sorológica do antígeno delta e anti-delta (IgM para infecções agudas ou crônicas ativas e IgG para as crônicas - o anticorpo IgG não é protetor) e HDV-RNA.

Transmissão

As mesmas da hepatite B. Transmitida pelo sangue durante sexo sem camisinha, durante o parto, em compartilhamento de seringas ou por sangue não tratado em transfusões. Também pode ser transmitida pelo compartilhamento de objetos de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou ao fazer tatuagem, seja esterilizada.

Prevenção

Uso de preservativo em todas as relações sexuais. Vacina contra hepatite B em três doses. Não compartilhar agulhas e outras medidas de biossegurança.

Febre negra de Lábrea

Lábrea é uma cidade da Amazônia que teve um surto de hepatite D. A febre negra de Lábrea é uma hepatite viral que rapidamente causa cirrose, portanto tem alta letalidade.

As células gorduras aumentam no fígado que sofre necrose extensa e difusa, com a presença de corpúsculos hialinos do tipo Councilman e substituição das células hepáticas (hepatócitos) por glóbulos brancos(linfócitos, plasmócitos e histiócitos) e extensas áreas hemorrágicas.

Referências

  1. http://www.brasilescola.com/doencas/hepatite-d.htm
  2. http://www.aids.gov.br/pagina/hepatite-d
  3. Fonseca JCF, Ferreira LCL, Guerra ALPS, Passos LM, Simonetti JP. Hepatite fulminante e Febre Negra de Lábrea: Estudo de 5 casos procedentes de Codajás, Amazonas, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 16:144-147, Jul/Set, 1983