Jessé (cantor)

No artigo abaixo, o tema Jessé (cantor) será abordado de uma perspectiva ampla e detalhada. Jessé (cantor) é um tema de grande relevância na sociedade atual, que tem gerado inúmeros debates e polêmicas em diversas áreas. Nas últimas décadas, Jessé (cantor) ganhou especial importância e tem sido objeto de estudos e pesquisas de especialistas na área. Neste artigo serão explorados diversos aspectos relacionados a Jessé (cantor), como sua origem, evolução, impacto na sociedade e possíveis soluções ou alternativas para lidar com ela. Além disso, serão analisadas diferentes abordagens e pontos de vista sobre Jessé (cantor), a fim de oferecer uma visão completa e enriquecedora deste tema tão relevante hoje.

Jessé
Informação geral
Nome completo Jessé Florentino Santos
Nascimento 25 de abril de 1952
Origem Niterói, Rio de Janeiro
País Brasil
Morte 29 de março de 1993 (40 anos)
Local de morte Ourinhos, São Paulo
Gênero(s) MPB
Instrumento(s) voz, contra-baixo, piano, saxofone, violão
Período em atividade 19751993
Gravadora(s) RGE
Barclay Discos
Philips
Luz
Afiliação(ões) Placa Luminosa
Milton Nascimento
Elis Regina

Jessé Florentino Santos, conhecido apenas como Jessé (Niterói, 25 de abril de 1952Ourinhos, 29 de março de 1993), foi um cantor, compositor e músico brasileiro. Reconhecido por sua voz potente, interpretou sucessos como "Porto Solidão", "Voa Liberdade", "Solidão de Amigos", entre outros.

Biografia

Jessé nasceu na cidade de Niterói, na Travessa Henrique Castrioto, no bairro da Engenhoca. Todavia ele foi criado em Brasília, pois aos seis anos seu pai transferiu-se para trabalhar como funcionário Público. Aos treze anos começou desenvolver seu dom musical, influenciado pela formação cristã, na Igreja Presbiteriana. Aos quatorze já tinha formado seu primeiro conjunto, onde tocava contrabaixo, nos bailes da cidade.

Em 1970, seu pai aposentou-se e voltou para o Rio de Janeiro. Como sua carreira de músico estava traçada pelo destino Jessé resolveu ficar em Brasília e seguir sua vida.

Já adulto, em 1974, Jessé e seus amigos mudam-se para São Paulo, onde atuou como crooner em boates. Depois, integrou os grupos Corrente de Força e Placa Luminosa, no qual gravou a música Velho Demais, usada pela Rede Globo na novela Sem Lenço, Sem Documento.

Gravou em inglês nos anos 1970, com os pseudônimos de Christie Burgh (1976) e Tony Stevens (1976–1977). Como Tony Stevens, fez sucesso com a música If You Could Remember, gravada para a Novela Tchan - A Grande Sacada da extinta Rede Tupi. Participou, como cantor, de um LP de músicas católicas, compostas pelo padre Reginaldo Veloso, do morro da Conceição, em Olinda.

Anos 80

Jessé foi revelado ao grande público em 1980, no Festival MPB Shell, da Rede Globo. Com a música Porto Solidão (Zeca Bahia/Ginko), seu maior sucesso, ganhou o prêmio de melhor intérprete nesse festival. Ainda em 1980, se apresentou no programa Fantástico, com a música Voa Liberdade, que estourou nas paradas de sucesso do ano de 1980. Por conta disso, a música foi incluída no seu disco do ano, juntamente com a canção Porto Solidão. Em 1981 ganha novamente o Festival MPB Shell como melhor intérprete com a música Estrela Reticente, outro de seus maiores sucessos.

Em 1982 lança o álbum Jessé Volume 3, onde tem a música Solidão de Amigos, que tocou muito nas rádios. Em 1983, no XII Festival da Canção Organização (ou Televisão Ibero-Americana, OTI) realizado em Washington, com a canção Estrela de Papel ganhou os prêmios de melhor intérprete, melhor canção e melhor arranjo para (Jessé/Elifas Andreato); o arranjo da musica foi realizado pelo maestro paulista Daniel Salinas.

Em 1985 lança Todos os Palcos, com destaque a faixa honônima e Gaivota Dourada.

Anos 90

Em 1989 Jessé foi aos Estados Unidos gravar o disco Jessé In Nashville, onde se destacam as faixas América e Novo Amanhecer. No início dos anos 90, Jessé se desentendeu com a RGE, que começou a impor muito que gravasse com o repertório de sertanejo, assim recusando isso, montou sua própria gravadora (selo Luz), onde estava disposto a receber outros artistas que não tinham seu espaço pelas gravadoras na época. Com este selo, gravou em 1992 o disco Raízes, com repercussão nos programas de televisão na época. Deste disco se destaca a musica Raízes e Tudo Que Se Quer (gravado junto com sua filha Vanessa) e Canto Porque Tenho Vida (uma manifestação sobre as gravadoras que impõem aos artistas gravarem o que agrada a elas).

Morte

Jessé morreu em 29 de março de 1993, aos 40 anos de idade, em consequência de traumatismo craniano, ocasionado por um acidente automobilístico. O cantor dirigia um Ford Escort XR3 conversível azul para a cidade de Terra Rica, no Paraná, onde realizaria uma apresentação. O cantor estava com a esposa grávida de cinco meses, Rosana Kozzer, que perdeu a filha, mas sobreviveu. O carro capotou em uma curva e estava com a velocidade aproximada de 190 km/h. Jessé gostava de dirigir em alta velocidade, conforme relatado pelo próprio cantor em entrevista concedida ao apresentador Clodovil Hernandes em 1992 e pelos seus familiares em entrevistas após sua morte. Jessé sofrera um acidente de moto por capotamento três anos antes de sua morte, em 1990, dirigindo na mesma velocidade. Jessé foi sepultado no Cemitério Gethsêmani, sendo alguns anos depois transladado para o Cemitério Sagrado Coração de Jesus de Santo André/SP.

Legado

De voz muito potente, gravou 12 discos (como os álbuns duplos O Sorriso ao Pé da Escada e Sobre Todas as Coisas), mas nunca conseguiu os louros da crítica especializada. Deixou, de seu primeiro relacionamento, uma filha, Diva Marques Mendonça Santos, e de sua esposa Dilza Breder, de Alto Caparaó, uma filha, Rebeca Breder Santos Nogueira, cantora neopentecostal em Brasília. Jesse postumamente teve netos, sendo eles Ana Carolina, Kathleen e Karinny.

Discografia

  • Jessé (1980)
  • Jessé vol. 2 (1981)
  • Jessé vol. 3 (1982)
  • Sorriso Ao Pé da Escada (1983)
  • Estrela de Papel (1983)
  • Sobre Todas As Coisas (1984)
  • Ao Meu Pai (1984)
  • Todos Os Palcos (1985)
  • Eterno Menino (1987)
  • Convite Para Ouvir Jessé - Coletânea (1988)
  • Jessé - Série Brilho (1988)
  • Jessé In Nashville (1989)
  • Glória Ao Pai - Coletânea (1991)
  • Raízes (1993)
  • Voa Liberdade (1993)
  • Jessé - 20 Preferidas Vol.1 (1996)
  • Jessé - 20 Preferidas Vol.2 (1997)
  • Pérolas - Coletânea (2000)
  • O Inesquecível Jessé (2003)

Referências

  1. a b c d «Projeto de Lei: Passa a denominar-se Travessa Cantor Jessé, a atual Rua Nove, localizada entre as Ruas Manoel Miranda e Silva e Carmelita, no bairro da Engenhoca-Niteroi.». Câmara Municipal de Niterói. Sistema online de consulta de Leis e Proposituras. 30 de junho de 2010. Consultado em 2 de junho de 2021 
  2. a b c Leite, Patrícia (29 de março de 2017). «História Hoje: Cantor Jessé morria há 24 anos após acidente de carro no Paraná». Radioagência Nacional. Consultado em 5 de julho de 2020 
  3. a b Ferreira, Mauro (8 de abril de 2018). «Morto há 25 anos, Jessé tem reeditado álbum de 1980 com hit 'Porto solidão'». G1. Consultado em 5 de julho de 2020 
  4. a b c d e Memorial da Televisão Brasileira - Sucessos Inesquecíveis da Tv - Facebook
  5. «LEI Nº 2748, DE 27/08/2010 - PUB. 15/09/2010». site Leis Municipais. 27 de agosto de 2010. Consultado em 2 de junho de 2021 
  6. «Disco lembra os 20 anos de morte do cantor Jessé». Diário do Nordeste. Consultado em 19 de fevereiro de 2018 
  7. «'Porto Solidão é minha sina'». Jcnet. Consultado em 22 de abril de 2012 
  8. «Jessé ganhou prêmios de música, mas nunca foi reconhecido pela crítica». Jovem Pan. 4 de setembro de 2014. Consultado em 5 de julho de 2020 
  9. Veiga, Carlos Z (2015), «Novos acordes», Ultimato .

Ligações externas