No mundo de hoje, é inevitável não ter curiosidade sobre Ponte (sistema nervoso). Quer se trate de um tema atual, de uma figura histórica ou de um fenómeno natural, Ponte (sistema nervoso) desperta um interesse generalizado na sociedade. A influência de Ponte (sistema nervoso) pode ser observada em diferentes áreas, desde a cultura popular até a academia, incluindo política e economia. Por isso é relevante explorar a fundo tudo o que está relacionado com Ponte (sistema nervoso), compreendendo a sua importância e o impacto que tem nas nossas vidas. Neste artigo iremos nos aprofundar no fascinante mundo de Ponte (sistema nervoso), explorando suas diferentes facetas e seu significado no contexto atual.
Ponte (sistema nervoso) | |
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Localização da ponte ("pons" na figura) | |
Detalhes | |
Vascularização | artérias pontinas |
Identificadores | |
Latim | pons |
Gray | pág.785 |
MeSH | Pons |
A ponte (também chamada de protuberância, protuberância anelar ou ponte de Varólio) é uma estrutura pertencente ao tronco cerebral.
A ponte pertence ao rombencéfalo. Nasce da porção anterior do metencéfalo, recebendo ainda uma contribuição da porção alar do mielencéfalo.
Situa-se anteriormente em relação ao cerebelo, superiormente ao bulbo e inferiormente aos pedúnculos cerebrais (mesencéfalo).
Limites:
A protuberância é constituída por duas porções:
Entre o bolbo raquidiano e a protuberância existe a separá-los o sulco bulboprotuberancial. Entre este sulco e a fissura mediana anterior existe um pequeno orifício, designado de buraco cego.
A protuberância apresenta então a protuberância basal, o tegmento, os pedúnculos cerebelares médios e parte do quarto ventrículo.
Na face ventral esta contém um sulco basilar, onde se encontra a artéria basilar; pedúnculos cerebelosos médios lateralmente e para onde convergem as fibras transversas da protuberância. O nervo trigémio (V), entra no tronco cerebral no seu ponto médio, e outros três nervos cranianos entram, no sulco que existe entre a protuberância basal e o bolbo raquidiano (abducente, facial e vestibulococlear). Origem aparente do nervo oculomotor, ao nível do sulco pôntico superior.
O nervo abducente (VI) é o menor e localizado mais medialmente, emergindo no sulco ponticobulbar sobre as pirâmides. O nervo facial (VII) é mais lateral e apresenta duas partes – a raiz motora que é a maior e mais medial e a raiz sensitiva, mais pequena, às vezes referida como nervo intermédio. O nervo vestibulococlear (VIII) é mais lateral que o nervo facial e apresenta também duas partes – a divisão vestibular que é mais medial à divisão coclear.
A parte tegmentar da protuberância apresenta vários núcleos – núcleo abducente, facial e vestibulococlear. Apresenta também o corpo trapezóide que separa a protuberância basal do tegmento e é perfurada pelo lemnisco medial.
Observam-se no tegmento as fibras dos lemniscos que de medial para lateral são:
O pedúnculo cerebelar superior, forma muito do tecto do quarto ventrículo na protuberância e emerge do cerebelo para a linha média, entrando lateralmente, junto à junção entre a protuberância e o mesencéfalo. Nesta junção, emerge o nervo troclear (IV) da superfície dorsal do tronco cerebral.
O pedúnculo cerebelar superior é coberto na protuberância rostral por fibras do lemnisco lateral, que formam parte do sistema auditivo ascendente.
A cada nível do tronco cerebral podem ser identificadas três áreas gerais em corte transversal:
A única parte do tronco cerebral onde a área posterior ao espaço ventricular contém uma quantidade significativa de tecido neuronal é o mesencéfalo – esta região é designada de tecto e é constituída pelos colículos superiores e inferiores. Na protuberância e porção rostral do bolbo o quarto ventrículo é coberto posteriormente pela vela medular superior, pela vela medular inferior e pelo cerebelo.
A área anterior ao espaço ventricular é designada de tegmento e contém a formação reticular, núcleos e feixes dos nervos cranianos, vias ascendentes e descendentes.
Vias ascendentes e descendentes principais: As estruturas na superfície anterior do tronco cerebral contêm fibras descendentes do córtex cerebral para a medula (corticoespinhais), para certos núcleos de nervos cranianos ou para núcleos pônticos que por sua vez projectam fibras para o cerebelo. Estas estruturas incluem os pedúnculos cerebrais, a protuberância basal e as pirâmides do bolbo.
Na protuberância existem portanto três tipos de fibras descendentes:
As três maiores vias (corticoespinhal, epinhotalâmico e coluna posterior) estando presentes na medula espinhal estão também presentes no bolbo raquidiano. Dois destes três – o cortinhoespinhal e o espinhotalâmico permanecem na mesma posição relativa com a medula espinhal.
As fibras corticoespinhais' atravessam os pedúnculos cerebrais e a protuberância basal e as pirâmides do bolbo na parte ventral do tronco cerebral. Na junção espinhobulbar a maioria das fibras decussam formando o feixe corticoespinhal lateral.
O tracto espinhotalâmico continua na mesma posição relativa, apresentando-se na porção anterolateral do tegmento. Os feixes da coluna posterior continuam no bolbo para terminar nos núcleos da coluna posterior – gracilis e cuneados. As suas fibras decussam e formam o lemnisco medial que atinge o tálamo. O lemnisco medial começa junto á linha média e desloca-se progressivamente na direcção lateral à medida que se ascende no tronco cerebral.
Desde a parede rostral onde os pedúnculos cerebelares inferiores entram posteriormente no cerebelo até à porção rostral dos pedúnculos cerebelares médios.
Estende-se da porção rostral dos pedúnculos cerebelares médios até à extremidade caudal do aqueduto cerebral.
A protuberância apresenta uma forma cubóide, achatada no sentido ântero-posterior com direcção próxima da vertical. É constituída por 6 faces:
Face anterior - Convexa vertical e transversalmente. Repousa na goteira basilar do occipital e é formada por estrias transversais que se estendem, horizontalmente, de um pedúnculo cerebeloso médio ao outro. Tem na linha média o sulco basilar onde se relaciona com a artéria basilar – os bordos elevam-se pela passagem das vias córtico-espinhais através da ponte.
Faces laterais - Continuam-se em cima e atrás pelos pedúnculos cerebelosos médios. No limite entre a face anterior e a lateral emergem as raízes motoras e sensitivas do nervo trigémeo (V). Esta emergência faz-se por 2 raízes:
Póstero-superiormente aos pedúnculos cerebelosos médios estão os pedúnculos cerebelosos superiores. A separação destes efectua-se por um sulco oblíquo ântero-superiormente, que se prolonga na face lateral do mesencéfalo.
Face Posterior - Limitada supero-lateralmente pelos pedúnculos cerebelosos superiores, que se reúnem na extremidade superior da protuberância formando um espaço triangular de vértice superior – triângulo superior ou triângulo protuberancial do pavimento do IV ventrículo;
De cada lado deste sulco, de dentro para fora:
Face superior - Corresponde aos Pedúnculos cerebrais continuando-se com estes. Estas duas formações estão separadas pelo sulco pedúnculo-protuberancial ou Ponto-peduncular e pela diferente direcção das fibras destes órgãos.
Face inferior - Corresponde à base do bulbo raquidiano. Adiante, está separada do bulbo pelo Sulco bulbo-protuberancial. Deste emergem, de interno para externo, o Nervo Motor Ocular Externo ou Abducente (VI), o Nervo Facial (VII) e o Nervo Auditivo ou Vestíbulo-coclear (VIII) Atrás, a demarcação não existe, sendo feita a separação ao nível de uma linha imaginária que une os dois ângulos laterais do IV ventrículo.
Adiante, está separada do bulbo pelo Sulco bulbo-protuberancial de onde emergem, de interno para externo, o Motor Ocular Externo ou Abducente (VI), o Nervo Facial (VII) e o Nervo Auditivo ou Vestíbulo-coclear (VIII)
A protuberância é dividida, pelas fibras transversalmente dispostas do corpo trapezóide:
Para se estudar a estrutura da protuberância, divide-se a mesma através de dois níveis:
Contém os núcleos sensoriais e motores do trigémeo:
Encontramos o lemnisco interno (mediano), o qual sofre uma rotação quando passa do bulbo para a protuberância e encontra-se na parte mais anterior do tegumento. O lemnisco interno é acompanhado do lemnisco espinhal e externo, que se encontram mais externamente. O corpo trapezóide é feito de fibras do núcleo coclear e do núcleo do corpo trapezóide que atravessam parte anterior do tegumento. O pedúnculo cerebeloso superior está situado póstero-externamente ao núcleo motor do trigémeo.