Romance policial

No artigo de hoje vamos analisar a importância do Romance policial na nossa sociedade atual. Romance policial é um tema que adquiriu grande relevância nos últimos anos, gerando debate e polêmica em diversas áreas. Ao longo da história, Romance policial tem sido fundamental na vida das pessoas, influenciando a sua forma de pensar, agir e se relacionar com o meio ambiente. Neste artigo exploraremos diferentes aspectos relacionados com Romance policial, desde o seu impacto na cultura e na sociedade até ao seu papel no desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, examinaremos as implicações éticas e morais de Romance policial, bem como o seu potencial para gerar mudanças positivas no mundo. Sem dúvida, Romance policial é um tema que merece a nossa atenção e reflexão, pelo que esperamos que este artigo sirva de ponto de partida para aprofundar o seu estudo e compreensão.

Romance policial é um gênero literário que se caracteriza, em termos de sua estrutura narrativa, pela presença do crime, da investigação e da revelação do malfeitor. Neste tipo do gênero literário, o foco remete para o processo de elucidação do mistério, empreitada geralmente a cargo de um detetive, seja ele profissional ou amador. A essência da narrativa policial é a busca pela identidade desconhecida, pela totalidade dos índices.

O romance policial também demonstra que não pode haver crime perfeito, logo, não há lugar para a impunidade, para o crime sem punição. A principal função ideológica na literatura policial é a demonstração da estranheza do crime, já que o criminoso é apresentado como um ser estranho à razão natural da ordem social.

Estátua de Sherlock Holmes em Londres

O universo do romance policial é caracterizado por vários elementos, como medo, mistério, investigação, curiosidade, espanto e inquietação, que são dosados de acordo com os autores e as épocas.

O romance policial clássico busca a mais completa verossimilhança. Muitos detetives, como por exemplo, Sherlock Holmes, adotam métodos científicos em busca da verdade.

Origem

Acredita-se que o gênero literário conhecido como romance policial começou em abril de 1841, nas colunas de um periódico da Filadélfia, o Graham's Magazine, com a publicação de The Murders in the Rue Morgue (Assassinatos na Rua Morgue), de Edgar Allan Poe. Nos anos seguintes, mais duas histórias policiais do mesmo autor foram publicadas, The Mystery of Marie Rogêt (O Mistério de Mary Roget) (1842-1843) e The Purloined Letter (A Carta Roubada) (1845).

Esse processo continuou até o século XIX, quando os romances policiais eram publicados em jornais e revistas semanais como folhetins e pulps, posteriormente eram editados em livros populares, como os de bolso. Um dos fatores que propiciaram o início dos romances policiais nos jornais foi a temática próxima aos Faits divers e à cobertura policial.

Aspetos folhetinescos

O romance policial apresenta alguns aspectos da estrutura folhetinesca típica de sua origem:

  • O herói, típico Romantismo, com certo espírito aventureiro e avesso às regras sociais
  • Oposições míticas entre o bem e o mal, como o detetive e o criminoso
  • Preservação da retórica consagrada: realismo que pretende apenas ter “efeitos de real”, sem se preocupar com críticas sociais
  • Atualidade informativo-jornalística: dados – um laudo de perícia, uma decisão judicial, avanços científicos – que são divulgados pela mídia, ou pelo menos expostos em textos de teor jornalístico.

Características do romance policial

  • A solução do mistério deve estar evidente desde o início, para que uma releitura da obra possa mostrar ao leitor o quanto ele foi desatento.
  • As pistas devem estar todas presentes no livro, de forma a surpreender o leitor no momento da revelação da identidade secreta do assassino.

Os estilos de romances policiais

Whodunnit

Ver artigo principal: Whodunnit

Whodunnit? abreviação de Who Done It?, Quem Fez Isso? em inglês, é o tipo de romance policial em que há vários suspeitos para um crime, seja ele roubo, assassinato, sequestro, e a identidade do culpado só é revelada nas últimas páginas do livro.

Neste gênero destacam-se Agatha Christie, Arthur Conan Doyle e Edgar Allan Poe

Noir

Os romances Noir, Preto em francês é o tipo de romance policial onde os personagens são mais humanizados, os detetives nesse tipo de história, costumam beber, brigar, se envolver em romances e sexo. Também existem outras tramas paralelas, a história portanto não gira em torno de apenas um fato, mas vários.

Um dos mais conhecidos autores deste tipo de romance policial é Raymond Chandler, além também de A.A. Fair com o detetive Donald Lam

Thriller Jurídico

Ver artigo principal: Thriller Jurídico

Thrillers Jurídicos são romances policiais protagonizados por advogados, promotores, policiais entre outros envolvidos não só em investigar, como também em provar a inocência ou a culpa de algum personagem que contrata seus serviços, esses livros também mantém mistério em todo o seu enredo e a solução do mistério só é revelada perante o juiz.

Erle Stanley Gardner criador do advogado Perry Mason e do delegado Doug Selby é um dos mais conhecidos autores da categoria, também tendo grande influência o autor John Grisham.

Thriller Médico

Thrillers Médicos são romances policiais protagonizados por médicos, que usam seus conhecimentos para combater doenças e epidemias, erros médicos, etc. além de descobrirem circunstâncias e causas de morte através de análises médicas.

Patricia Cornwell criadora da médica-legista Kay Scarpetta é uma das mais conhecidas autoras dessa categoria.

Principais autores e seus personagens

Autores brasileiros e personagens

Ver também

Referências

  1. POE, Edgar Allan. Dois Inquéritos de Dupin (1968), C/C
  2. Roberto de Sousa Causo. «Mundo Pulp» 
  3. Thriller Jurídico Arquivado em 18 de janeiro de 2012, no Wayback Machine. Página visitada em 27 de Janeiro de 2011
Web
  • Entrevista do jornal O Globo com Michael Connelly. Disponível no site
Bibliografia
  • POE, Edgar Allan (1968). Dois Inquéritos de Dupin. São Paulo: Edições Paulinas. pp. C/C, Coleção Fio de Erva, n.6, 158 p. 
  • SODRÉ, Muniz. A Narração do Fato: notas para uma teoria do acontecimento. Ed. Vozes, 2009.

Ligações externas