Satíricon

No mundo atual, Satíricon é um tema que tem ganhado relevância em diversas áreas. Da educação à tecnologia, passando pela política e pela saúde, Satíricon captou a atenção de vários atores e gerou um amplo debate na sociedade. À medida que o tempo passa, torna-se evidente que Satíricon é uma questão que não pode ser ignorada, pois o seu impacto é cada vez mais palpável na vida quotidiana das pessoas. Neste artigo iremos analisar diferentes aspectos relacionados com Satíricon, de forma a compreender a sua importância e as implicações que tem na nossa realidade atual.

 Nota: Para outros significados, veja Satíricon (desambiguação).

Satíricon é uma obra da literatura latina de autoria do prosador romano Petrônio, escrita provavelmente próximo do ano 60 d.C., que descreve as aventuras e desventuras do narrador, Encólpio, do seu amante Ascilto e do servo, o jovem Gitão, que se intromete entre os dois amantes provocando ciúme e discussão. Juntamente com o poeta Eumolpo, embarcam em aventuras diversas acabando naufragados nas mãos de Circe, uma sacerdotisa do deus Príapo.

Dessa sátira notável dos tempos do imperador Nero sobrevivem apenas fragmentos, dos quais o mais significativo é o afamado Banquete de Trimalquião, onde se fazem descrições detalhadas dum jantar luxuoso, extravagante e decadente oferecido pelo que se poderia chamar um "novo-rico" romano.

Satíricon é um dos mais antigos romances conhecidos. Pode-se considerar Satíricon uma sátira — uma grande crítica aos costumes e à política da Roma antiga. Os episódios narrados estão em sintonia híbrida, ou seja, passagens cômicas são intercaladas com outras trágicas de forma natural e harmônica. O narrador parte do retrato puramente zombeteiro da cena para narrar uma desgraça, articulando-se por meio de expressões solenes, artifícios retóricos, da mesma forma que se apresentam palavras do idioma popular, às vezes vulgares demais. Passagens maliciosas, baixas, descritas e acobertadas por um fantástico domínio da arte retórica por parte de Encólpio, o narrador-personagem, que se mantém ao mesmo tempo fiel e avesso à retórica.

Traduções brasileiras

Diversas traduções se encontram de Satíricon em livros e teses, dos fragmentos completos ou parciais. Dentre as traduções, cite-se a de Cláudio Aquati, tradutor premiado pelo prêmio Jabuti com sua tradução de Satíricon pela editora Cosac Naify. Em 2021, sua tradução recebeu nova edição pela Editora 34. Sandra Braga Bianchet também traduziu o romance de Petrônio, privilegiando as ocorrências do latim vulgar. Curiosamente, o poeta Paulo Leminski também apresenta uma tradução criativa do Satíricon. Também se encontram em artigos algumas outras propostas de tradução que exploram tanto a poética de Satíricon quanto as possibilidades da língua alvo, como o uso de variantes da língua brasileira para equivaler a elementos do texto latino.

Referências

  1. a b FARIA, Pablo Picasso Feliciano de. FUJISAWA, Katia S. "Linguística Histórica, Latim Vulgar e mudança sintática: evidências em Satyricon da tendência de mudança da ordem SOV para SVO" in Língua, Literatura e Ensino. Campinas: Unicamp, 2009, vol. 4. ISSN 1981-6871. Disponível em PDF.
  2. GARRAFFONI, Renata S. Bandidos e salteadores: concepções da elite romana sobre a transgressão social. Dissertação de mestrado apresentada em 15 de outubro de 1999. Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Disponível em PDF.
  3. AQUATI, Cláudio (1997). «Grotesco no Satíricon». Consultado em 17 de dezembro de 2022 
  4. «Premiados do Ano | 64º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 17 de dezembro de 2022 
  5. PEREIRA, L. M. Paulo Leminski, tradutor de Petrônio: Satyricon, Estudo e Comentário. Tese (Doutorado em Linguística). Campinas: UNICAMP.
  6. VEIGA, Paulo Eduardo de Barros. (2021). «Ué, um Petrônio caipira?"O causo da muié de Éfis": duas propostas de tradução variacional com comentários». lassica: Revista Brasileira de Estudos Clássicos. v. 34 (n. 2): p. 1-21. Consultado em 17 dez. 2022 

Ver também

Ligações externas