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Sinhá Moça | |
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Little Missy (EN) Niña Moza (ES) | |
Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | romance drama |
Duração | 50 minutos |
Criador(es) | Benedito Ruy Barbosa |
Baseado em | Sinhá-Moça, de Maria Dezonne Pacheco Fernandes |
Elenco | |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Episódios | 185 |
Produção | |
Diretor(es) | Ricardo Waddington Rogério Gomes |
Produtor(es) | Alexandre Ishikawa Maristela Velloso |
Câmera | multicâmera |
Roteirista(s) | Edmara Barbosa Edilene Barbosa |
Tema de abertura | "Sinhá Moça", Leonardo |
Composto por | Bozo Barretti, Guarabyra, Marcelo Barbosa e Vitor Martins |
Tema de encerramento | "Sinhá Moça", Leonardo |
Exibição | |
Emissora original | TV Globo |
Formato de exibição | 480i (SDTV) |
Transmissão original | 13 de março – 14 de outubro de 2006 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Sinhá Moça (1986) |
Sinhá Moça é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 13 de março a 14 de outubro de 2006, em 185 capítulos. Substituiu Alma Gêmea e foi substituída por O Profeta, sendo a 67ª "novela das seis" exibida pela emissora.
Baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, publicado em 1950. Adaptada por Benedito Ruy Barbosa, com a colaboração de Edmara Barbosa e Edilene Barbosa. A direção foi de Marcelo Travesso e Luiz Antônio Pilar, com a direção geral de Rogério Gomes e de núcleo de Ricardo Waddington. A obra já tinha sido adaptada pela própria Globo em 1986 no formato de telenovela.
Contou com as atuações de Débora Falabella, Danton Mello, Osmar Prado, Patricia Pillar, Cris Vianna, Celso Frateschi, Milton Gonçalves e Zezé Motta.
Monarquistas e republicanos se defrontam em Araruna, pequena cidade fictícia do interior de São Paulo, em 1886. A novela retrata a história de amor da bela e rica Sinhá Moça - filha do escravocrata, o Barão Ferreira de Araruna, e da doce e submissa Mãe Cândida - , com o jovem advogado abolicionista Dr. Rodolfo Fontes - filho de Dr. Fontes, e da dona de casa Inêz. Juntos, eles enfrentam as dificuldades na campanha para a abolição dos escravos.
A novela começa com Sinhá Moça aos dez anos de idade. Ela está junto de Rafael, um escravo mestiço de olhos verdes e seu grande amigo de infância. Eles testemunham a morte de um escravo idoso, chamado Pai José, bisavô de Rafael e avô de sua mãe Maria das Dores. Pai José é chicoteado no tronco pelo feitor Bruno, a mando do Barão de Araruna. Mesmo criança, Sinhá Moça já enfrenta o pai e, com a ajuda de Rafael, com doze anos, desamarram Pai José, que morre nos braços das duas crianças. Antes, o velho negro revela a Rafael que ele é filho do Barão Ferreira de Araruna. Essa revelação deixa o garoto abalado, pois ele já gosta de Sinhá Moça como homem. Por sorte, a menina não ouve essa conversa, sequer desconfia que ele é seu meio-irmão.
Rafael vai falar com a mãe, a escrava Maria das Dores, que pede que o filho guarde segredo; nem o Barão tem conhecimento de sua paternidade. O Barão Ferreira de Araruna acredita que Rafael é filho de seu primo-irmão Aristides, amante de Maria das Dores. A mucama se deitara com o Barão uma única vez e à força. Mesmo grávida, continuara a se deitar com Aristides, mas logo revelou a ele o que havia acontecido. Aristides, ciente de tudo, quis comprar Maria das Dores, mas seu primo-irmão, o Coronel Ferreira, não deixou que a negra fosse vendida. Durante alguns anos, Das Dores e Rafael continuam apanhando e sofrendo nas mãos dos feitores. Rafael, então, jura vingança contra o Barão. Anos depois, porém, Maria das Dores e seu filho são vendidos a um homem bom, que os leva para a cidade de São Paulo. Tempos depois, com a morte de Aristides, Maria das Dores irá herdar uma casa e um bom dinheiro, suficiente para comprar sua liberdade e a de seu filho Rafael.
Sinhá Moça chora muito com a despedida de Rafael e vai se consolar com Bá, uma escrava que a amamentou bebê, e que teve seu filho roubado pelo coronel assim que a criança nasceu, por pura maldade dele. Bá transferiu seu amor pelo filho roubado a ela, e a trata muito bem, e não guarda ódio do Coronel e o perdoou, e espera um dia reencontrar seu filho.
Nove anos se passam e chega o ano de 1886. Sinhá Moça é, agora, uma bela e culta donzela, que estuda no ensino secundário, a fim de se formar no curso normal, para dar aulas ao primário de Araruna. Ela mora num pensionato com as amigas há quatro anos, contra a vontade do pai, que achava que ela devia se casar cedo e ter muitos filhos homens para administrarem a fazenda. Sua mãe, porém, conseguiu se impor, acreditando na importância do estudo para a vida de uma mulher.
Assim que seus estudos terminam, Sinhá Moça volta a Araruna. Na viagem de trem, ela conhece Rodolfo, um rapaz interessante mas que também a aborrece, principalmente quando conversam sobre abolicionismo. Rodolfo disfarça suas ideias avançadas, por acreditar que a moça, filha de Barão, certamente deve ser monarquista e escravocrata. Ledo engano. Sinhá Moça também é abolicionista e critica as atitudes do pai, o Barão de Araruna.
Mesmo mentindo, Rodolfo consegue causar uma grande impressão em Sinhá Moça. Com o tempo, ela irá se apaixonar por ele e viverão um grande amor, sempre escondido do pai dela. Principalmente quando o Barão descobre que Rodolfo é abolicionista, e mentiu o tempo todo apenas para se aproximar de sua filha.
Sinhá Moça e Rodolfo, junto de outros defensores da liberdade, invadem senzalas à noite e libertam os negros, entregando-os às associações abolicionistas, que os orientam rumo à nova vida. Isso causa comentários na cidade de Araruna, perante os austeros fazendeiros, liderados pelo cruel Barão.
Do outro lado da história está Dimas (que na verdade é o menino Rafael, ex-escravo alforriado), que volta a Araruna, muito poderoso, querendo vingança, com sua obstinada luta para destruir o Barão.
Antes de ser vendido pelo Barão, Dimas/Rafael foi o grande companheiro de infância de Sinhá Moça. Depois de alforriado, assumiu o nome de Dimas, e se tornou o braço direito de Augusto, um jornalista íntegro e abolicionista convicto, que luta para difundir seus ideais através do jornal semanal A Voz de Araruna, tendo como principal opositor o Barão Ferreira de Araruna. Apaixonada por Dimas está Juliana, neta do jornalista. Juliana e ele viverão um grande amor, e ambos, juntos com Sinhá Moça e Rodolfo, moverão céus e terras para destruir o Barão e prender todos os donos de escravos. Fundam uma sociedade abolicionista, e ajudam escravos fugitivos.
Intérprete | Personagem | Intérprete na versão original de 1986 |
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Débora Falabella | Maria das Graças Ferreira Fontes (Sinhá Moça) | Lucélia Santos |
Danton Mello | Rodolfo Garcia Fontes / Irmão do Quilombo | Marcos Paulo |
Osmar Prado | Coronel José Ferreira, Barão de Araruna | Rubens de Falco |
Patrícia Pillar | Cândida Ferreira, Baronesa de Araruna | Elaine Cristina |
Reginaldo Faria | Dr. Geraldo Fontes (Dr. Fontes) | Mauro Mendonça |
Lu Grimaldi | Inês Garcia Fontes | Neuza Amaral |
Bruno Gagliasso | Ricardo Garcia Fontes | Daniel Dantas |
Isis Valverde | Ana Luísa Maria Teixeira (Ana do Véu) | Patricia Pillar |
Eriberto Leão | Dimas / Rafael das Dores | Raymundo de Souza |
Vanessa Giácomo | Juliana Castroneves | Luciana Braga |
Caio Blat | Mário Mathias | Tarcísio Filho |
Oscar Magrini | Manoel Teixeira | José Augusto Branco |
Gisele Fróes | Nina Teixeira | Norma Blum |
Zezé Motta | Bá Virgínia | Chica Xavier |
Humberto Martins | Feitor Bruno | Valter Santos |
Alexandre Moreno | Justino das Dores | Antônio Pompêo |
Lucy Ramos | Adelaide | Solange Couto |
Sérgio Menezes | Fulgêncio | Gésio Amadeu |
Fabrício Boliveira | Bastião | Cosme dos Santos |
Alexandre Rodrigues | Bentinho | José Prata |
Maurício Gonçalves | Justo de Sá Filho / Capitão-do-Mato | Tony Tornado |
Gésio Amadeu | Justo de Sá | Grande Otelo |
Carlos Vereza | Augusto Castroneves | Luís Carlos Arutin |
Othon Bastos | Raul Coutinho (Coutinho) | Ivan Mesquita |
Jackson Antunes | Delegado Antero | Cláudio Mamberti |
Clementino Kelé | Pai Tobias | Christovam Netto |
Elias Gleiser | Frei José | Sérgio Viotti |
Eduardo Pires | José Coutinho | Tato Gabus Mendes |
Bruno Udovic | Felipe Vila (Vila) | Renato Prieto |
Edyr Duque | Rute | Jacyra Sampaio |
Osvaldo Baraúna | Honório | Antônio Francisco |
Rogério Falabella | Nogueira | Alciro Cunha |
John Herbert | Viriato | Newton Martins |
Edwin Luisi | Martinho | Fernando José |
Fernando Petelinkar | Tibúrcio | Aguinaldo Rocha |
Bruno Costa | Renato | Dênis Derkian |
Joaquim de Castro | Pedro | Joel Silva |
Cláudio Galvan | Bobó | |
Harley Vas | Soldado Alcebíades | |
Créo Kellab | Tonho | |
Alexander Sil | Thomaz |
Intérprete | Personagem |
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Chico Anysio | Everaldo Mathias |
Guilherme Berenguer | Eduardo Tavares |
Cris Vianna | Maria das Dores (Das Dores) |
Milton Gonçalves | Pai José das Dores |
Ruth de Souza | Mãe Maria |
Celso Frateschi | Inácio |
José Augusto Branco | Dr. João Amorim |
Flávio Bauraqui | André |
Guida Vianna | Elvira |
Rosa Marya Colin | Balbina |
Paulo de Almeida | Soldado Antão |
Alexandre Damascena | Antônio |
André Vieira | Luiz |
Delano Avelar | maquinista do trem |
Marcelo Batista | Bento |
William Vita | Sião |
Larissa Biondo | Sinhá Moça (criança) |
Lucas Rocha | Rafael (criança) |
A trama é um remake de um dos maiores sucessos televisivos de Benedito Ruy Barbosa, a novela Sinhá Moça, exibida em 1986. O autor recebeu aval para fazer uma nova versão da novela em 2005, depois do grande sucesso de Cabocla, exibida em 2004. A novela foi gravada com uma imagem, que parecia de cinema ou de TV de alta definição, foi editada com computação gráfica na pós-produção, para ganhar um efeito cinematográfico. Também foi a primeira novela da Rede Globo que utilizou o equipamento de edição High Definition, software capaz de deixar as imagens mais próximas das de cinema. Este fato, a princípio causou uma certa estranheza nos telespectadores.
Também foi utilizado base light, um software holandês, que deu à novela ares de minissérie. As gravações da novela começaram em janeiro de 2006, nas cidades de Três Rios, em Campinas e Bananal, no interior paulista. Além das locações em fazendas coloniais em São Paulo e no Rio de Janeiro, também foi feita uma cidade cenográfica com 8.868m2 na Central Globo de Produção, Projac, em Jacarepaguá.
A telenovela sofreu algumas críticas por estudiosos e representantes do movimento negro no Brasil. Segundo eles, a trama abordava o racismo de maneira brusca e por meio das cenas de violência e maus-tratos contra os negros, transmitia "uma ideia de inferiorização da raça".
Originalmente Carolina Dieckmann foi anunciada como protagonista e chegou a ensaiar os primeiros capítulos, porém a direção avaliou que a personagem necessitava de um perfil naturalmente forte e empoderado e remanejou-a para Cobras & Lagartos. Débora Falabella foi escalada na sequência por já vir de papeis com perfil de mulheres fortes. Já Bruno Gagliasso estava escalado como protagonista de Cobras e Lagartos, porém desistiu do papel para integrar Sinhá Moça a pedido do autor, que sonhava em trabalhar com ele. Juliana Baroni e Isis Valverde realizaram os testes para interpretar Ana do Véu, porém a segunda acabou ficando com o papel. Por ser uma atriz iniciante, Isis foi proibida de aparecer em público até que o rosto da personagem fosse revelada na trama, mantendo o segredo também em vida real. Guilherme Berenguer entrou na novela em 9 de agosto de 2006 como contrapeso ao romance de Ana e Ricardo.
Foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo entre 15 de março e 10 de setembro de 2010, em 130 capítulos, substituindo a sua antecessora original Alma Gêmea e sendo substituída por Sete Pecados. Foi a primeira novela a ser exibida pelo Vale a Pena Ver de Novo na década de 2010.
Está sendo reapresentada no Viva desde 1.° de janeiro de 2024, substituindo Escrito nas Estrelas na faixa das 15h30, com reprise às 23h50 e maratona aos domingos de 14h30 às 19h10. É a primeira telenovela a ter as suas duas versões exibidas pelo canal, já que a versão de 1986 foi reprisada em 2018.
A trama de Benedito Ruy Barbosa já foi vendida para mais de 22 países, e já foi finalista a melhor série no Emmy Internacional 2006 e Seoul Drama Awards 2007.
As canções Na Ribeira Deste Rio, de Dori Caymmi, e Camará, de Walter Queiroz, já haviam feito parte da trilha sonora da primeira versão da novela, exibida em 1986.
Sinhá Moça | ||
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Trilha sonora de vários intérpretes | ||
Lançamento | 2006 | |
Gênero(s) | Vários | |
Formato(s) | CD | |
Gravadora(s) | Som Livre | |
Singles de Sinhá Moça | ||
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Capa: Débora Falabella.
A estreia de Sinhá Moça marcou média de 36 pontos e share de 58%. Seu último capítulo marcou média de 35 pontos, com pico de 39 pontos e 56% de participação. Teve uma média geral de 33 pontos, acima da meta para o horário, que era de 30 pontos. A trama esbarrou na exibição da Copa do Mundo e o horário político.
A reprise estreou com uma média de 16 pontos. O seu recorde foi alcançado em 7 de setembro de 2010, quando atingiu 23 pontos de média, chegando aos 29 pontos de pico. No último capítulo, alcançou 17 pontos. Em sua reprise, marcou média geral de 15 pontos na Grande São Paulo.
A segunda versão de Sinhá Moça foi a primeira telenovela inscrita ao Prêmio Emmy Internacional, indicada na categoria "série dramática". Além disso, Milton Gonçalves chegou a apresentar o prêmio, na categoria "melhor programa infantil/adolescente" ao lado da atriz Susan Sarandon, sendo o primeiro brasileiro a apresentá-lo.