Urochroa

Neste artigo, vamos nos aprofundar no emocionante mundo de Urochroa. Desde suas origens até sua evolução atual, exploraremos todas as facetas e aspectos relevantes de Urochroa. Não importa se você é um especialista na área ou está apenas começando a se interessar por ela, este artigo fornecerá uma visão geral completa e detalhada, bem como informações atualizadas sobre Urochroa. Através de análises, estatísticas e testemunhos, descobriremos o seu verdadeiro impacto e relevância na sociedade moderna. Prepare-se para mergulhar em uma jornada de descoberta e conhecimento sobre Urochroa.

Urochroa
U. leucura empoleirado em um galho
Classificação científica
Reino:
Filo:
Classe:
Ordem:
Família:
Subfamília:
Tribo:
Gênero:
Urochroa

Gould, 1856
Espécie-tipo
Trochilus bougueri
Bourcier, 1851
Espécies

2, ver texto

Urochroa é um gênero de aves apodiformes pertencente à família dos troquilídeos, que inclui os beija-flores. O gênero possui duas espécies, anteriormente consideradas coespecíficas, que se encontram distribuídas restritamente em florestas montanhosas úmidas próximas à encostas andinas no nordeste da América do Sul. As espécies representantes do gênero são, vernaculamente, denominadas como beija-flor-de-boca-ruiva ou colibri-de-loros-ruivos e beija-flor-de-cauda-branca ou colibri-de-dorso-verde, respectivamente.

Sistemática e taxonomia

Esse gênero foi descrito primeiramente na década de 1850, estando originalmente classificada dentro do gênero Trochilus, com sua espécie U. bougueri sendo nomeada pelo ornitólogo francês Jules Bourcier. Algum tempo após a descrição original, John Gould, conhecido por suas contribuições para a história natural dos beija-flores, decidiu, em uma iniciativa para classificar com mais detalhes a taxonomia destas aves, reclassificar a espécie dentro de um gênero monotípico, Urochroa, tornando a taxonomia de Lineu obsoleta. Posteriormente, haveriam esforços para o reconhecimento desta segunda espécie, U. leucura que, durante muito tempo, manteria seu estatuto de subespécie. Esta última, entretanto, havia sido descrita inicialmente por George Newbold Lawrence em 1864. Algum tempo depois, estabeleceriam-se as subespécies U. bougueri bougueri e U. bougueri leucura. De acordo com as definições estabelecidas pelo Comitê Ornitológico Internacional (COI), o gênero é constituído por duas espécie sem táxons subordinados, onde não existem subespécies, sendo que uma das espécies, bougueri, atua como espécie-tipo. Essa situação também pode ser observada na taxonomia de Clements e no Handbook of the Birds of the World (HBW), pela BirdLife International. Geralmente, os identificadores taxonômicos que agrupam estas duas categorias em um táxon único seguem a taxonomia de Sibley–Monroe. Recentemente, de acordo com uma das propostas feitas pelo South American Classification Committee, a American Ornithological Society reconhece o desmembramento da espécie-tipo do gênero Urochroa, relevando um estatuto de espécie às respectivas subespécies, atualmente obsoletas.

Etimologicamente, o nome que descreve o gênero é oriundo da combinação de dois termos em grego antigo, sendo ουρά, ourá, literalmente "cauda"; e χρόα, khroa, significando "cor" ou "tez". Por sua vez, seu descritor específico bougueri caracteriza a contraparte em latim de Pierre Bouguer, astrônomo, geodesista e físico francês. Já um outro descritor específico, leucura, caracteriza-se por uma amálgama dos termos λευκός, léucos, que significa "branco" adicionado de outro termo, ουρά, ourá, literalmente "cauda", em referência à plumagem de seu rabo.

Espécies" class="mw-editsection-visualeditor">editar | editar código-fonte]

  • Urochroa bougueri (Bourcier, 1851), beija-flor-de-boca-ruiva — espécie-tipo, pode ser encontrada na região andina do sudoeste da Colômbia e noroeste do Equador
  • Urochroa leucura (Lawrence, 1864), beija-flor-de-cauda-branca — pode ser encontrada na encosta andina do sul da Colômbia, ao leste Equador e nordeste do Peru

Referências

  1. a b c Gill, Frank; Donsker, David; Rasmussen, Pamela, eds. (11 de agosto de 2022). «Hummingbirds». International Ornithologists' Union. IOC World Bird List Version 12.2. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  2. a b Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 101. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  3. Bourcier, Jules (1851). «Note sur onze espèces nouvelles des Trochilidées». Centre national de la recherche scientifique. Comptes rendus hebdomadaires des séances de l'Académie des sciences (em francês). 32: 186. ISSN 0001-4036. LCCN 17029111. OCLC 1124612. Consultado em 9 de outubro de 2022 
  4. Gould, John (1861). «Urochroa bougueri: Pied-tail». Londres: Taylor and Francis. A monograph of the Trochilidæ, or family of humming-birds (em inglês). 2: 57. OCLC 9648140. doi:10.5962/bhl.title.51056Acessível livremente. Consultado em 10 de outubro de 2022 
  5. Lawrence, George Newbold (1867). «Descriptions of New Species of Birds of the Families Tanagridae, Cuculidae, and Trochilidae, with a Note on Panterpe insignis». Nova Iorque. Annals of the Lyceum of Natural History of New York (em inglês). 8 (1867): 43. LCCN 12020407. OCLC 1716745. Consultado em 9 de outubro de 2022 
  6. Stiles, F. Garry (31 de janeiro de 2022). «Proposal 775: Split Urochroa bougueri into two species». South American Classification Committee. American Ornithological Society. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  7. Monroe, Burt L. (1993). A world checklist of birds. Charles G. Sibley. New Haven: Yale University Press. OCLC 611551988 
  8. Remsen, J. V., Jr., J. I. Areta, E. Bonaccorso, S. Claramunt, A. Jaramillo, D. F. Lane, J. F. Pacheco, M. B. Robbins, F. G. Stiles, e K. J. Zimmer. (31 de janeiro de 2022). «A classification of the bird species of South America». American Ornithological Society. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  9. Gill, Frank; Donsker, David; Rasmussen, Pamela, eds. (11 de agosto de 2022). «Hummingbirds». International Ornithologists' Union. IOC World Bird List Version 12.2. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  10. BirdLife International (2020). «Handbook of the Birds of the World and BirdLife International digital checklist of the birds of the world». Datazone BirdLife International. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  11. Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, S. M. Billerman, T. A. Fredericks, J. A. Gerbracht, D. Lepage, B. L. Sullivan, and C. L. Wood. (2021). «The eBird/Clements checklist of Birds of the World: v2021». Cornell Lab of Ornithology. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  12. a b Beekes, Robert S. P. (2010). van Beek, Lucien, ed. «Etymological Dictionary of Greek». Brill Academic Pub. Leiden Indo-European Etymological Dictionary Series. 10. ISBN 9789004174207. Consultado em 3 de outubro de 2022 
  13. Jobling, James A. (1991). A Dictionary of Scientific Bird Names. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-854634-3. OCLC 45733860 

Ligações externas