Bombardeamento de Dresden

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Bombardeamento de Dresden
Bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial

Dresden após o ataque aéreo.
Data 1315 de fevereiro de 1945
Local Dresden, Alemanha
Desfecho Vitória aliada
Altas Baixas Civis
Beligerantes
Reino Unido RAF
Estados Unidos USAAF
Alemanha Nazista
Forças
  • 769 bombardeiros pesados Lancaster (RAF)
  • 527 bombardeiros pesados B-17 (USAAF)
  • 784 P-51s (USAAF)
Baixas
7 aviões derrubados 22 700 – 25 000 mortos

O bombardeamento ou bombardeio de Dresden foi um bombardeamento aéreo militar efetuado durante a Segunda Guerra Mundial pelos aliados da Força Aérea Real (RAF) e as Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos (USAAF) entre 13 e 15 de fevereiro de 1945. Em quatro ataques-surpresa, 1 300 bombardeiros pesados lançaram mais de 3 900 toneladas de dispositivos incendiários e bombas altamente explosivas na cidade, a capital barroca do estado alemão de Saxônia. O bombardeio destruiu 39 quilômetros quadrados do centro da cidade. Cerca de 22 mil pessoas, a maioria civis, foram mortos nos bombardeios.

Um relatório da Força Aérea dos Estados Unidos escrito em 1953 por Joseph W. Angell defendeu a operação como o bombardeamento justificado de um alvo militar, industrial e centro importante de transportes e comunicação, sediando 110 fábricas e 50 000 trabalhadores em apoio ao esforço de guerra nazista. Em contrapartida, alguns pesquisadores argumentaram que nem toda a infraestrutura comunicacional, como pontes, foram de fato alvo do bombardeio, assim como extensas áreas industriais distantes do centro da cidade. Alega-se que Dresden era um marco cultural de pouca ou nenhuma significância militar, uma "Florença do Elba", como era conhecida, e que os ataques foram um bombardeio indiscriminado e desproporcional aos correspondentes ganhos militares. Na conferência de Yalta, a União Soviética pediu que fossem adotados bombardeios a favor da resistência alemã, proposta rejeitada por Reino Unido e Estados Unidos.

Números

Corpo de uma mulher em um abrigo antiaéreo, morta durante os bombardeios. A esmagadora maioria dos mortos eram civis.

Nas primeiras décadas após a guerra, as estimativas de mortos chegavam a 250 000. Este número vem, principalmente, de informações falsas divulgadas pelo Ministério da Propaganda Nazista. Uma investigação independente encomendada pelo conselho municipal de Dresden em 2010 chegou a um total mínimo de 22 700 vítimas, com um número máximo de mortos em torno de 25 000 pessoas. Atualmente, grupos de extrema-direita na Alemanha costumam usar Dresden como um exemplo de equivalência moral entre os Aliados e os nazistas, pintando estes últimos como vítimas, chamando o bombardeio em Dresden de "O Holocausto das Bombas". Tais argumentações são desconsideradas por cientistas políticos e historiadores.

Em comparação direta com a Operação Gomorra (bombardeio sobre a cidade alemã de Hamburgo em 1943), onde se registrou uma das maiores operações aéreas de bombardeamento realizadas pela Força Aérea Real conjuntamente com a Força Aérea dos Estados Unidos, matando, aproximadamente, 50 000 civis e destruindo praticamente toda a cidade, e ao bombardeio de Pforzheim em 1945, que matou aproximadamente 18 000 civis, os ataques aéreos em Dresden não podem ser considerados os mais graves da Segunda Guerra Mundial.

Debate

A justificativa usada era de minar a economia do Reich a partir do assassinato da mão-de-obra local e executar a estratégia da terra arrasada em caso de ocupação soviética. No entanto, eles continuam conhecidos como um dos piores exemplos de sacrifício civil provocado por bombardeio estratégico, ocupando lugar de destaque entre as causes célèbres morais da guerra.

Discussões pós-guerra, lendas populares, revisionismo histórico e propagandismo da Guerra Fria levantaram debates entre comentaristas, oficiais e historiadores a respeito da fundamentação ou não do bombardeio, e se sua realização teria constituído um crime de guerra.

Apesar de nenhum dos envolvidos no bombardeio de Dresden jamais ter sido acusado de crime de guerra, muitos defendem que o bombardeio foi de facto um crime de guerra. Segundo o Dr. Gregory H. Stanton, advogado e presidente da Genocide Watch:

O Holocausto nazista está entre os genocídios mais perversos da história. Mas o bombardeio de Dresden pelos Aliados e a destruição nuclear de Hiroshima e Nagasaki também foram crimes de guerra...
— Gregory H. Stanton

Vários fatores fizeram deste bombardeio um ponto único de discórdia e debate. Em primeiro lugar, estão as afirmações exageradas do governo nazista imediatamente depois do fato, que se baseavam na beleza da cidade, sua importância como ícone cultural; a criação deliberada de uma tempestade de fogo; o número de vítimas; até que ponto era um alvo militar necessário; e o fato de ter sido atacado no final da guerra, levantando a questão de saber se o bombardeio foi necessário para acelerar o fim.

Do ponto de vista militar, o bombardeio atingiu o efeito pretendido de inutilizar a indústria bélica nazista em Dresden. Estima-se que pelo menos 23% dos edifícios industriais da cidade foram destruídos ou severamente danificados. Os danos a outras infraestruturas e comunicações foram imensos, o que teria limitado severamente o uso potencial de Dresden para deter o avanço soviético. De acordo com um relatório da Divisão Histórica da Força Aérea (USAFHD):

As forças e meios específicos empregados nos bombardeios de Dresden estavam de acordo com as forças e meios empregados pelos Aliados em outros ataques aéreos contra alvos comparáveis na Alemanha. Os bombardeios de Dresden alcançaram os objetivos estratégicos subjacentes ao ataque e foram de importância mútua para os Aliados e os Russos.

Imagens

Ver também

Referências

  1. Taylor 2005, p. 42.
  2. Evans 1996, "The Bombing of Dresden in 1945; The real TB 47.
  3. W. Hädecke, Dresden: Eine Geschichte von Glanz, Katastrophe und Aufbruch, Carl Hanser Verlag, München−Vien, 2006; J. Vetter (ed.), Beautiful Dresden, Ljubljana: MKT Print, 2007.
  4. «"Mission accomplished"»  - The Guardian
  5. «"Extract from the official account of Bomber Command by Arthur Harris, 1945"»  - National Archives
  6. Shortnews staff (14 de abril de 2010), Alliierte Bombenangriffe auf Dresden 1945: Zahl der Todesopfer korrigiert (em alemão), cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2014 
  7. Dresden 1945: The Devil's Tinderbox - McKee, Alexander - Granada (1983)
  8. Firestorm: The Bombing of Dresden - Addison, Paul & Crang, Jeremy A. (eds.) - Pimlico (2006) ISBN 1-84413-928-X
  9. Olaf Groehler. Bombenkrieg gegen Deutschland, Berlin, 1990, p. 414; Hansen, p. 245; “Luftangriffe auf Dresden,”p . 7; Frederick Taylor. Dresden: Tuesday, February 13, 1945, New York, 2004, p. 190; C. Grayling, Among the Dead Cities: Was the Allied Bombing of Civilians in WWII a Necessity or a Crime?, London, 2006, p. 176.
  10. «"Erklärung der Dresdner Historikerkommission zur Ermittlung der Opferzahlen der Luftangriffe auf die Stadt Dresden am 13./14. Februar 1945"» (PDF)  - Landeshauptstadt Dresden
  11. Rowley, Tom (8 de fevereiro de 2015) "Dresden: The wounds have healed but the scars still show" Arquivado em 2017-10-03 no Wayback Machine The Telegraph
  12. Andrew Chandler, “The Church of England and the Obliteration Bombing of Germany in the Second World War.” English Historical Review, 108 (1993), pp. 920-46 (p. 931).
  13. C. Grayling, Among the Dead Cities: Was the Allied Bombing of Civilians in WWII a Necessity or a Crime?, London, 2006, p. 176
  14. «Si l'Armée rouge n'avait pas pris Berlin...» 
  15. "Part I: A Failure of Intelligence" - Technology Review
  16. «Pforzheim – 23. Februar 1945 von Christian Groh (Stadtarchiv Pforzheim)» 
  17. War and State Terrorism: The United States, Japan, and the Asia-Pacific in the Long Twentieth Century - Selden, Mark - Rowmand and Littlefield (2004) ISBN 978-0-7425-2391-3
  18. «How Can We Prevent Genocide: Building An International Campaign to End Genocide»  Por Gregory Stanton.
  19. Bergander 1998, p. 217.
  20. Taylor 2004, p. 370.
  21. Atkinson 2013, p. 535.
  22. Angell 1953.

Bibliografia

Ligações externas