Ferreira do Alentejo

Neste artigo vamos explorar Ferreira do Alentejo, um tema que tem gerado grande interesse e debate nos últimos anos. Ferreira do Alentejo é um conceito que tem captado a atenção de especialistas em diversas áreas e a sua relevância tem vindo a aumentar na sociedade contemporânea. Ao longo deste artigo analisaremos diferentes aspectos relacionados a Ferreira do Alentejo, desde sua história e evolução até seu impacto hoje. Também examinaremos diferentes perspectivas e opiniões sobre Ferreira do Alentejo, com o objetivo de fornecer uma visão abrangente deste tópico. Independentemente do seu nível de familiaridade com Ferreira do Alentejo, este artigo busca oferecer um novo olhar e aprofundar seu entendimento.

Ferreira do Alentejo

Capela do Calvário, ex-libris de Ferreira do Alentejo.

Brasão de Ferreira do Alentejo Bandeira de Ferreira do Alentejo

Localização de Ferreira do Alentejo

Gentílico Ferreirense
Área 648,25 km²
População 7 684 hab. (2021)
Densidade populacional
N.º de freguesias 4
Presidente da
câmara municipal
Luís Pita Ameixa (PS, 2021–2025)
Fundação do município
(ou foral)
1516
Região (NUTS II) Alentejo
Sub-região (NUTS III) Baixo Alentejo
Distrito Beja
Província Baixo Alentejo
Orago Nossa Senhora da Assunção
Feriado municipal 5 de março
Código postal 7900
Sítio oficial ferreiradoalentejo.pt

[email protected]

Município de Portugal

Ferreira do Alentejo, igualmente conhecida apenas como Ferreira, é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Beja, região do Alentejo (NUT II) e sub-região do Baixo Alentejo (NUT III), com cerca de 3 700 habitantes em 2021.

É sede do Município de Ferreira do Alentejo que tem 648,25 km² de área e 7 684 habitantes (censo de 2021), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Alcácer do Sal e de Alvito, a leste por Cuba e por Beja, a sul por Aljustrel, a sudoeste por Santiago do Cacém e a oeste por Grândola.

A povoação humana no município remonta à antiguidade, existindo vestígios pré-históricos e da Civilização romana. A vila foi depois parte da Ordem de Santiago da Espada, tendo o seu primeiro foral sido passado em 5 de Março de 1516 por D. Manuel I.

Caracterização

Barragem de Odivelas

Geografia

A vila de Ferreira do Alentejo está situada a cerca de 24 km da cidade de Beja, capital do Distrito, no sentido Oeste. Localiza-se numa pequena elevação, a cerca de 141 m de altitude, perto da Charneca da Asseiceira e do Planalto das Naves, uma região de vastas planícies.

Situa-se na margem direita da Ribeira de Safrino, um afluente da Ribeira da Figueira, que por sua vez desagua no Rio Sado. Os solos são principalmente do Período terciário. Outro curso de água que passa nas proximidades de Ferreira do Alentejo é a ribeira de Vale de Ouro.

Em 2003, o município possuía uma área de 646,8 km2, e em 2002 tinha uma população estimada de 8682 pessoas, fazendo assim uma densidade populacional de 29,6 hab./km2. Em 2001, no município existiam 4 725 edifícios e 2 784 residiam 2 784 núcleos familiares.

A povoação de Peroguarda fica a cerca de 7 km a Nordeste da vila, Figueira dos Cavaleiros está situada a 9 km a Noroeste, Alfundão encontra-se a 10 km no sentido Nor-Nordeste, Odivelas está a 10 km de percurso no sentido Norte, e Beringel fica a 13 km ao Nordeste.

Economia

Agricultura e indústria

A região de Ferreira do Alentejo é essencialmente agrícola, produzindo principalmente cereais, azeite, cortiça, vinho e gado lanígero. Possui uma indústria baseada na lã, em lagares de azeite e nos lacticínios, destacando-se a sua produção queijeira. A principal produção no município é cerealífera, excepto na sede de freguesia, onde a principal actividade económica é o comércio. No município existe uma unidade industrial para a transformação de bagaço, a Casa Alta - Sociedade Transformadora de Bagaços, no Parque Agroindustrial do Penique, perto de Odivelas.

Na freguesia de Odivelas, existe uma Barragem hidroagrícola.

Turismo

No município de Ferreira do Alentejo existem vários locais para a prática da pesca e da caça desportiva, e restaurantes e hotéis, tanto na sede do município como nas suas freguesias.

Vegetação junto à Barragem de Odivelas.

Fauna e Flora

A região de Ferreira do Alentejo é um local de transições e contrastes: dos barros às areias, do montado aos pinhais... Assim, nesta zona não faltam espécies bem típicas de árvores e plantas, como os sobreiros, as azinheiras e as oliveiras, bem como a esteva, a giesta, o rosmaninho e a urze.[carece de fontes?] As principais espécies florestais no município são o sobro e o azinho.

Por aqui, podem observar-se cerca de 215 espécies de aves, das quais se podem destacar a carriça, a tarambola-dourada, o pisco-de-peito-azul, a galinha-de-água, o falcão-pequeno, a garça-real, a cegonha-branca, entre outras que visitam e nidificam neste território.[carece de fontes?]

Nas ribeiras, albufeiras, barragens e canais fervilham inúmeras espécies de peixe, tais como: achigãs, carpas, bordalos, lúcios e sável, fazendo os encantos de qualquer pescador.[carece de fontes?] Os pontos de pesca no município são as Lagoas dos Patos e do Peneireiro, em Alfundão, as Barragens do Vale de Alarve e do Sequeiro em Canhestros, a Quinta de São Vicente e as Barragens do Marmelo e do Pereiro em Ferreira do Alentejo, o Vale da Rainha e Casais em Santa Margarida do Sado, a Carvalhosa no Barranco das Furnas na Figueira dos Cavaleiros, a Ervedosa e o Rio Seco dos Marmelos, ambos situados no Barranco das Faias, em Odivelas, Castelo Ventoso, Barragem e Sesmarias em Odivelas.

O município também dispôe de várias reservas para a caça turística, sendo o território do javali, do coelho, da lebre, do texugo, da raposa.

Clima

O clima em Ferreira do Alentejo é quente e temperado. Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, a classificação do clima é Csa. A temperatura média anual é de 16,7 °C. A pluviosidade média anual é de 557 mm.

No mês de julho, que é o mês mais seco, a precipitação é de 2 mm. A maioria da precipitação cai em dezembro, com uma média de 82 mm. A temperatura média no mês de agosto é de 24,0 °C, sendo o mês mais quente do ano. Em janeiro, a temperatura média é 10,5 °C. Esta é a temperatura média mais baixa de todo o ano.

Freguesias

Freguesias do município de Ferreira do Alentejo.

O município de Ferreira do Alentejo é constituído por 4 freguesias:

Freguesias do município de Ferreira do Alentejo
Freguesia Residentes (2011) Residentes (2021)
Alfundão e Peroguarda 1 227 1 287
Ferreira do Alentejo e Canhestros 5 140 4 739
Figueira dos Cavaleiros 1346 1 185
Odivelas 542 473
Total 8 255 7 684

Antes da união administrativa, as freguesias de Ferreira do Alentejo, Alfundão, Canhestros e Peroguarda existiam de forma autónoma umas das outras.

Demografia

Os números referen-se ao número de habitantes que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.

População do município de Ferreira do Alentejo
AnoPop.±%
1864 5 895—    
1878 7 031+19.3%
1890 8 104+15.3%
1900 8 401+3.7%
1911 9 787+16.5%
1920 10 115+3.4%
1930 12 472+23.3%
1940 14 576+16.9%
1950 15 637+7.3%
1960 14 894−4.8%
1970 11 223−24.6%
1981 11 244+0.2%
1991 10 075−10.4%
2001 9 010−10.6%
2011 8 255−8.4%
2021 7 684−6.9%
Número de habitantes por Grupo Etário ★★
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
0-14 Anos 2 670 3 477 3 473 4 005 4 673 4 603 3 806 2 580 2 352 1 841 1 156 1 012 905
15-24 Anos 1 582 1 576 2 057 2 541 2 598 2 863 2 520 1 550 1 615 1 336 1 179 777 682
25-64 Anos 3 684 4 148 4 025 5 156 6 297 7 124 7 464 5 840 5 443 4 938 4 430 4 256 3 859
= ou > 65 Anos 437 492 488 679 833 996 1 104 1 255 1 834 1 960 2 245 2 210 2 238

★★De 1900 a 1950 os dados referem-se à população presente no município à data em que eles se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.


Cultura

Infra-estruturas

A vila de Ferreira do Alentejo tem um museu, o Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, e uma biblioteca municipal.

Música e artesanato

No município de Ferreira do Alentejo, uma das principais tradições culturais é a do cante alentejano, tanto na sede do município como nas várias freguesias.

Na transição para o século XXI, existia uma indústria de artesanato, baseada principalmente nas miniaturas de carroças, brinquedos de madeira, e em mobiliário pintado à mão.

Festas

O feriado municipal é em 5 de março, e a feira anual é realizada entre 16 e 17 de dezembro. Também existe uma importante festa religiosa em 8 de Dezembro, em honra de Nossa Senhora da Conceição. Também na vila, organiza-se o Encontro de Grupos Corais no terceiro fim de semana de Abril, a festa Ferreira Jovem em Abril, a Feira Nacional da ´Água e do Regadio em Julho, a Feira de Setembro no terceiro Domingo daquele mês, o Encontro Bienal das Comunidades de Ferreira do Alentejo e Ferreira do Zêzere, e o mercado mensal no primeiro Sábado de cada mês.

Orago

O orago de Ferreira do Alentejo é Nossa Senhora da Assunção.

Gastronomia

Ferreirenses

Em Ferreira do Alentejo, pratica-se a boa e típica cozinha alentejana, onde predominam as seguintes iguarias:


Política

Eleições autárquicas " class="mw-editsection-visualeditor">editar | editar código-fonte]

Data % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V Participação
FEPU/APU/CDU PS AD PPD/PSD CDS-PP PPM PSD/CDS MPT BE CH
1976 47,33 3 46,84 2
73,42 / 100,00
1979 61,20 4 25,06 1 11,59 - AD AD AD
81,06 / 100,00
1982 52,59 3 34,47 2 7,94 -
75,58 / 100,00
1985 53,61 3 36,06 2 6,88 -
65,52 / 100,00
1989 46,35 3 38,99 2 10,18 -
62,06 / 100,00
1993 32,87 2 53,82 3 8,36 - 1,27 -
71,26 / 100,00
1997 38,07 2 52,65 3 4,78 - 0,67 -
65,28 / 100,00
2001 29,69 2 52,13 3 13,85 - 1,57 -
68,82 / 100,00
2005 37,10 2 50,72 3 CDS-PP PPD/PSD PSD/

CDS

8,34 -
63,78 / 100,00
2009 36,55 2 55,90 3 3,30 - 1,62 -
65,61 / 100,00
2013 32,44 2 53,35 3 CDS-PP PPD/PSD 9,63 -
61,28 / 100,00
2017 20,52 1 67,96 4 7,55 -
59,92 / 100,00
2021 28,92 2 46,04 3 3,54 - 8,48 - 8,40 -
56,96 / 100,00

Eleições legislativas

Data %
PCP PS PSD CDS UDP APU/

CDU

AD FRS PRD PSN BE PAN PSD
CDS
L CH IL
1976 44,97 33,78 6,14 3,74 1,04
1979 APU 25,02 AD AD 0,76 50,54 16,97
1980 FRS 0,77 47,41 24,50 19,96
1983 31,45 10,15 2,80 0,32 50,02
1985 23,32 10,82 1,59 0,72 45,15 12,12
1987 CDU 23,15 20,42 2,12 0,85 39,96 6,23
1991 30,75 26,41 2,01 31,84 0,85 1,03
1995 53,37 11,56 2,73 0,72 27,31
1999 48,95 12,49 3,63 28,69 0,25 1,53
2002 48,03 18,90 3,78 22,96 1,87
2005 55,13 9,96 2,92 22,95 4,08
2009 41,73 11,35 4,88 29,16 7,82
2011 35,24 20,40 7,10 25,43 4,75 0,64
2015 41,32 CDS PSD 23,80 8,03 0,80 17,47 0,34
2019 44,36 11,13 1,82 21,99 9,69 2,42 0,39 1,47 0,36
2022 48,53 13,27 0,61 16,76 4,74 0,84 0,47 10,33 1,16
2024 35,57 AD AD 13,34 13,60 5,10 1,04 1,97 22,07 2,20

Associações culturais, desportivas e recreativas

  • Casa do Povo de Ferreira do Alentejo
  • Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 1071
  • APVG - Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra
  • Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Canhestros
  • Clube Os Falcões da Planície
  • Associação Cultural de Caça e Pesca de Ferreira do Alentejo
  • Associação Sócio-Cultural dos Gasparões e Aldeia do Rouquenho
  • Centro de Recreio e Convívio de Olhas
  • Clube Corricão do Sul Alentejo
  • Sociedade Filarmónica Recreativa de Ferreira do Alentejo
  • Ginásio Clube Ferreirense
  • Sporting Clube Ferreirense
  • Velo Clube Os Leões de Ferreira do Alentejo
  • Núcleo Motard 5ª Velocidade
  • Grupo Desportivo de Odivelas

História

Antigo Brasão de Ferreira do Alentejo.

Toponímia

Joaquim de Santa Rosa de Viterbo apresentou na sua obra Elucidário várias explicações para a origem do topónimo Ferreira, incluindo um tipo de renda, denominado de ferro ou ferradura, ou a existência de uma oficina, conhecida como ferraria, ou de uma fundição de ferro. O termo ferraria evoluiu para ferreira, tendo o historiador considerado a vila de Ferreira como um dos principais exemplos desta alteração toponímica em Portugal. Outra explicação provém do Juízo de Deus, um hábito introduzido durante o paganismo e difundido depois durante a religião cristã, de utilizar ferro em brasa, carregado nas mãos ou usado como sapatos por pessoas acusadas de crimes, como forma de provar a sua inocência. Segundo a tradição, o nome veio de uma mulher guerreira que defendeu a cidade romana de Singa, que empunhava malhos ou martelos de ferreiro. Uma vez que estava casada com um ferreiro, era alcunhada de ferreira, tendo dado o nome à vila.

Ara funerária romana, encontrada em Alfundão.

Fundação

As origens da ocupação humana no território do concelho de Ferreira do Alentejo são muito antigas, existindo vestígios desde a pré-história. Com efeito, a qualidade dos solos e a existência de várias linhas de água favoreceram a presença humana desde o Calcolítico, tendo sido encontrado um rico espólio arqueológico ao longo das margens da ribeira de Vale de Ouro e no Povoado do Porto Torrão. O povoado de Ferreira do Alentejo, que era um núcleo urbano aberto de grandes dimensões, terá sido ocupado como parte de uma vaga de colonização durante os primeiros anos do segundo milénio antes de Cristo, embora possa ter sido, ainda durante o terceiro milénio, o núcleo de uma rede de povoações de funções relativamente especializadas. Desta forma, seria um exemplo da organização do povoamento do território, durante esse período.

Junto a Ferreira do Alentejo existia uma antiga cidade romana, denominada de Singa, cujos vestígios podem ter sido encontrados a nascente da vila, atrás da antiga localização do castelo. No concelho foram encontrados outros indícios do período romano, incluindo lápides em Figueira dos Cavaleiros, que terão originalmente feito parte de um templo à deusa Fortuna, e que depois terá sido substituído pela Igreja de Santa Margarida do Sado. Outra sepultura foi colocada no cunhal de uma parede, na Igreja do Espírito Santo. Outros vestígios do mesmo período foram encontrados em Alfundão, onde foi identificada uma ponte e várias ruínas, e na freguesia de Odivelas. Em 1796 foram descobertas várias moedas de prata e bronze, com retratos de imperadores e cônsules romanos. As moedas de prata foram encontradas num local entre Ferreira e Barrelas, enquanto que as de bronze estavam num monte perto do Vale da Ribeira. Também foram desenterrados diversos instrumentos domésticos, fabris e agrários em ferro, já em avançado estado de degradação. Outro importante vestígio arqueológico do período romano no concelho é a villa do Monte da Chaminé, por onde posteriormente passou o caminho de Santiago.

Segundo a tradição popular, no ano de 405, nos finais do domínio romano, a cidade de Singa terá sido atacada pelos godos, suevos e alanos e outros povos bárbaros, tendo uma das principais defensoras uma mulher, que guardou a entrada do castelo com ferramentas de ferreiro, e que terá dado o nome à vila.

Após o final do período romano, também foram encontrados vestígios dos períodos visigótico e muçulmano, tendo esta última civilização deixado a sua presença em vários edifícios de forma cúbica com cobertura em cúpula, denominados de Kubba, encontrados em Vilas Boas, São Vicente e São Sebastião. Foi provavelmente durante o domínio muçulmano que a cidade romana foi destruída, e a povoação estabelecida nos arredores, situação que se repetiu em vários casos em território nacional naquele período. Com efeito, o castelo tinha alguns vestígios de ter sido construído durante o domínio muçulmano, tendo sido posteriormente instaladas as muralhas com barbacã e torres. Outra teoria indica que a cidade terá sido destruída pelos godos, por ter resistido à invasão.

Época medieval e moderna

Diagrama do Castelo de Ferreira do Alentejo, com o nome de Fereirre, na obra Les Travaux de Mars, ou l'art de la guerre de Alain Manesson Mallet.

Séculos XIII a XV

Segundo documentos da chancelaria régia de D. Sancho II e D. Afonso III, a zona onde se encontra Ferreira do Alentejo foi conquistada aos mouros em 1233, e doada à Ordem de Santiago da Espada no ano seguinte. Esta ordem procedeu à cultivação e desenvolvimento da região, que nessa altura era quase totalmente deserta, tendo construído um castelo no topo de uma colina. Porém, segundo a tradição popular, este castelo terá sido fundado em 1150 por D. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários. Este castelo era uma filial dos espatários de Alcácer do Sal, sendo em 1527 o alcaide Francisco Mendes do Rio, e em 1708 Baltazar Pereira do Lago. Do ponto de vista espiritual, o castelo pertencia ao bispado de Évora. A ordem de Santiago também construiu uma igreja a cerca de uma légua de distância da vila, na aldeia de Figueira dos Cavaleiros, consagrada a São Sebastião. Ferreira fazia parte do Caminho Português de Santiago que se iniciava em Lagos e dividia-se na vila, podendo os viajantes seguir por Figueira dos Cavaleiros e Torrão até Alcácer do Sal, ou por Odivelas até Évora. Devido a Ferreira ser um importante ponto de passagem no caminho de Composta, foi criada na vila a Confraria do Espírito Santo, para albergar os peregrinos e os pobres, possuindo uma igreja e um hospital próprios, instalados num edifício a Norte da Igreja Matriz, onde foi posteriormente instalado o serviço municipal de finanças. O hospital foi fundado em 1460 por Joham Avrill e pela sua esposa Caterina Anes, sendo nessa altura apenas um pequeno albergue, que alojava os viajantes por uma noite, dando também um agasalho e uma refeição, embora a estadia pudesse ser maior em caso de doença. O hospital era dirigido pelos hospitaleiros, e tinha um capelão e cirurgião, sendo este último posto ocupado, em 1761, por José Velho Santos e Gama. Um vestígio do caminho de Compostela foi encontrada no Monte da Chaminé, consistindo numa sepultura dos finais da Idade Média, onde foi encontrada uma vieira, normalmente entregue aos peregrinos em Compostela, e fragmentos de uma panela de barro que era utilizada no ritual da queima do vestuário, no Cabo Finisterra. Também se prestava apoio aos peregrinos em Odivelas, numa ermida dedicada a Santiago, situada no Outeiro da Herdade do Olival.

Igreja Matriz de Ferreira do Alentejo.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição.

Séculos XVI a XVIII

O concelho de Ferreira do Alentejo foi criado por um foral, emitido em 5 de Março de 1516 por D. Manuel I na cidade de Lisboa. António Carvalho da Costa avança outra data para o foral na sua obra Corografia Portuguesa, afirmando que o foral terá sido passado em 5 de Março de 1517. Nessa altura, o concelho de Ferreira do Alentejo não possuía as freguesias de Vilas Boas, Peroguarda e Alfundão. Porém, Ferreira do Alentejo só foi vila poucos anos depois, em 1519. O foral terá depois desaparecido, pelo que o rei D. Sebastião ordenou a elaboração de um novo documento, que foi preservado na Câmara Municipal. Em 15 de Novembro de 1516, D. Manuel confirmou o compromisso e privilégios da Misericórdia de Ferreira, que foi fundada no âmbito do programa da criação de misericórdias em Portugal, lançada pela rainha D. Leonor em 1498. Em 1534 iniciou-se a construção da igreja do hospital do Espírito Santo, que incluía igualmente o aposento para os pobres e habitação dos dirigentes do hospital. As obras do hospital foram concluídas em 1554. Posteriormente, a misericórdia fundiu-se com a Confraria do Espírito Santo, tendo assumido as funções da antiga organização, incluindo o hospital e a igreja. As obras do edifício onde foi instalada a sede da misericórdia iniciaram-se na segunda metade do século XVI, tendo deixado de utilizar as instalações da confraria do Espírito Santo no século XVIII. Com efeito, o hospital e a igreja foram utilizados pelo menos até 1774.

Em 1519, a povoação de Beringel também recebeu um foral. Também no século XVI foram construídas as igrejas Matriz e da Misericórdia, tendo esta última sido concluída em 1595.

A vila foi depois passada para a jurisdição dos Duques de Aveiro. O concelho sofreu várias alterações ao longo da sua existência, tendo em 1627 sido fundada a Comarca de Ferreira do Alentejo, na sequência de uma reforma na Ordem de Santiago. A comarca incluía as vilas de Torrão, Aljustrel e Alvalade. A vila de Ferreira do Alentejo foi muito danificada durante as batalhas da Crise de sucessão de 1580 e da Restauração da Independência, no século XVII. Nesse século a habitual procissão do Domingo de Ramos, que até então se iniciava na Igreja do Espírito Santo, foi mudada para a Igreja da Misericórdia, passando pela Capela do Calvário, que nessa altura se situava na Travessa do Calvário, perto da igreja. No século XVII, também foi fundada a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.

Segundo a Corografia Portuguesa, publicada em 1708, a vila de Ferreira teria cerca de 300 vizinhos, incluindo várias famílias nobres de apelidos Ravasco, Galvão, Estaços, Mouratos, Serras, Vilhenas, Lanças, Miras, Góis, Pereiras e Silvas. O castelo foi descrito como estando situado no alto de um monte cercado de muros, com uma barbacã e nove torres, sendo considerado inexpugnável. O alcaide-mor do castelo era Baltazar Pereira de Lagos. A paróquia de Ferreira, em honra de Nossa Senhora da Assunção, tinha um prior e três beneficiados curados e um simples, todos da Ordem de Santiago. O prior também acumulava as funções de Juiz da Ordem em Ferreira, e nas vilas do Torrão, Aljustrel e Alvalade. O concelho também tinha um juiz de fora, que também servia no Torrão, três vereadores, um procurador do concelho, um escrivão da câmara, um juiz dos órfãos e o seu escrivão, um alcaide e outros oficiais. As forças militares eram compostas por duas companhias de ordenanças e uma de auxiliares, comandadas por um capitão mor. Naquela altura, a vila ainda fazia parte do Ducado de Aveiro, rendendo a comenda cerca de um conto e trezentos e cinquenta mil réis. Em termos económicos, o concelho era um grande produtor de trigo, devido aos terrenos em barros muitos finos, e também se produzia vinho, azeite e frutas, e existia muita caça miúda. Também se faz referência a uma rica pesca de bordalos e pardelhas nas ribeiras de Safrino e Vale de Ouro, nessa altura denominados de Valdouro e Safrins. O concelho de Ferreira foi posteriormente passado para o controle da coroa portuguesa, quando foram confiscados os bens dos Duques de Aveiro.

Em 1740, foi construído um cruzeiro em Alfundão, no âmbito do centenário da Restauração da Independência. No ano de 1762, a vila aparece como sendo parte da Ouvidoria de Beja.

Mapa do Sul de Portugal em 1895. A vila de Ferreira do Alentejo aparece apenas como Ferreira, sendo já um importante entroncamento de estradas.

Século XIX

Em 1800, o castelo de Ferreira do Alentejo já estava muito arruinado, possuindo no entanto ainda algumas das suas nove torres, o fosso e a barbacã. Em cerca de 1839, a Junta de Paróquia ordenou a demolição do castelo e a construção do cemitério no seu lugar, tendo sobrado da fortaleza apenas o escudo da Ordem dos Espatários, que foi colocado na entrada principal do cemitério. A vila foi novamente atacada durante as Invasões francesas e Guerras Liberais, na primeira metade do século XIX. Em 1811, Ferreira do Alentejo estava anexada, de forma judicial, à vila do Torrão.

Em 1868 a Capela do Calvário foi mudada desde o sítio original na Travessa do Calvário, perto da Igreja da Misericórdia, para outro local na vila.

Segundo um livro de actas de 1875, a procissão do Senhor dos Passos em Ferreira era organizada pela confraria do Santíssimo Sacramento, sendo financiada pela Misericórdia para este fim. Em 1 de Julho de 1869 o comendador da ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e Governador Civil do Distrito de Beja, autorizou um compromisso que tinha sido criado pela misericórdia de Ferreira, e que especificava que aquela instituição seria administrada por sete irmãos, sendo um deles um provedor, com escrivão e tesoureiro. A misericórdia contava ainda com quatro empregados, que tinham as funções de capelão, facultativo, escriturário e um andador que também seria enfermeiro. Nos finais do século XIX, foram encerradas as dependências da mesa e do hospital da Misericórdia, no Largo Comendador José de Vilhena.

Fotografia de uma ponte perto da vila de Ferreira do Alentejo, publicada no semanário Vida Alentejana n.º 26, de 1935.
Fotografia da Igreja Matriz de Ferreira do Alentejo, publicada no Album Alentejano, de 1931.
Fotografia do Monte do Paço em Ferreira do Alentejo, publicada no Album Alentejano, de 1931.

Século XX

Décadas de 1910 e 1920

Horário dos autocarros da empresa EVA, em 1937. Ferreira do Alentejo era servida pela linha de Faro a Cacilhas, e estava ligada a Beja por outra linha.

Na sequência da Revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, logo em 7 de Outubro mudou o executivo autárquico de Ferreira do Alentejo, passando a ser composto pelos membros da Comissão Municipal Republicana. No período após a revolução, a vila entrou num processo de renovação arquitectónica, que no entanto levou à destruição de algum do património imóvel da vila. O principal exemplo foi a Igreja do Espírito Santo, que foi profanada, demolida em 1911, e vendida em hasta pública em 1912, tendo a confraria transportado o pórtico manuelino e outro acervo da antiga igreja para a igreja da Misericórdia. Nesse ano, a organização mudou os seus estatutos, passando a administração a ser feita por um provedor e outros quatro membros. Em 1911 e em 1922, o hospital foi alvo de obras de melhoramento. Em 1913, existia um serviço de diligências entre Ferreira do Alentejo e a Estação Ferroviária de Beja, passando por Beringel. Segundo o Guia de Portugal, publicado em 1927, a vila de Ferreira do Alentejo tinha uma população de 5312 habitantes, incluindo a freguesia de Vilas Boas. Possuía um hospital, e várias empresas de carros de aluguer. Em termos de comércio, possuía uma fábrica de moagem e produzia queijos, destacando-se os da Quinta de São Vicente.

Década de 1930

Nos princípios da década de 1930, o concelho possuía seis freguesias: Nossa Senhora da Conceição (Alfundão), Nossa Senhora da Assunção e Vilas Boas, São Sebastião (Figueira dos Cavaleiros), Santo Estêvão (Odivelas), Santa Margarida de Peroguarda e Santa Margarida de Sádão. Tinha 12.409 habitantes, das quais 6237 eram do sexo masculino e 6172 do feminino. A área do concelho era de 57.165 ha. A vila em si estava na freguesia de Nossa Senhora da Assunção, que existia em conjunto com a freguesia de Nossa Senhora da Natividade de Vilas Boas, formando uma só. Nessa altura, a vila possuía uma Casa da Misericórdia, estabelecimentos de ensino para ambos os sexos, hospital, uma estação telégrafo-postal, serviços médicos, farmácias, hospedarias, agências bancárias, montepio e um notário, entre outros serviços. Na vila existia um teatro, denominado de Teatro Garrett. A escola era considerada uma das melhores em todo o Alentejo, embora a sua capacidade fosse insuficiente para a procura. A feira municipal era feita no terceiro domingo de Setembro, durando cerca de três dias. Nessa altura, o hospital já não tinha condições nem capacidade para a procura, pelo que em 1937 D. Diogo Francisco d’Affonseca Passanha e a sua esposa, D. Matilde Teles Guedes de Vilhena Passanha, um abastado casal de proprietários em Ferreira, fizeram uma avultada doação para a construção de um novo hospital, que no entanto não chegou a avançar. A economia do concelho era essencialmente agrícola, produzindo cereais, especialmente trigo, vinho, azeite e frutas. Tinha uma grande exploração pecuária, especialmente de gado lanígero. Possuía fábricas de lacticínios, para a produção de queijo e de tecidos, baseadas principalmente no gado criado no concelho, uma moagem e um lagar. Produzia igualmente cortiça, e tinha muita caça miúda. Também existia uma mina de manganésio, denominada de Lagoas-do-Paço. Nessa altura, a vila tinha uma estação telefónica e de telégrafo postal, escola primária, tutoria de infância, Casa da Misericórdia, hospital, posto da Guarda Nacional Republicana, Caixa de Crédito Agrícola, sindicato agrícola, filarmónica, e um cine-teatro.

Na década de 1930, a vila de Ferreira do Alentejo era talvez a que tinha melhores comunicações rodoviárias em toda a região, estando situada num cruzamento de estradas, sendo a mais importante a distrital de Beja a Alcácer do Sal. Nessa altura, tinha estradas para Beja, Torrão, Vale de Ouro, Santiago do Cacém e Aljustrel, assegurando boas ligações a Lisboa, a Sines por Ermidas-Sado e Santiago do Cacém, ao Algarve e a Beja, e a partír daí com Serpa e Espanha. Também estava ligada a Évora e ao resto do Alto Alentejo por uma estrada por Cuba, que no entanto estava em más condições. Posteriormente, Ferreira do Alentejo perdeu importância como centro de comunicações devido à construção de novos eixos viários, que ao procurar percursos mais curtos e fáceis entre os principais pontos, afastaram-se da vila. Desta forma, Ferreira do Alentejo, como sucedeu com outras localidades nesta região do Alentejo, ficou isolada das principais rotas comerciais, o que reduziu o seu potencial como destino turístico. Também nos anos 30 foi planeada uma via férrea que passaria por Ferreira do Alentejo, a Transversal de Sines, que deveria ligar Beja a Sines, aproveitando parte da Linha de Sines já construída até Ermidas. Este projecto foi inserido no Plano Geral da Rede Ferroviária, um documento que identificava as linhas já existentes e as que deveriam ser construídas, e que foi introduzido pelo Decreto 18:190, de 28 de Março de 1930. Caso tivesse sido concluída, esta linha seria parte de uma grande rede transversal ao longo do Baixo Alentejo, de Moura até Sines, que teria sido vital para o desenvolvimento da região, ao facilitar o escoamento dos cereais e outros produtos até ao Porto de Sines. Este caminho de ferro voltou a ser discutido na sessão de 17 de Abril de 1948 da Assembleia Nacional, onde o engenheiro Mira Galvão discursou sobre as vias férreas no Alentejo, tendo defendido a passagem da linha por Beringel e Ferreira do Alentejo, zonas onde ainda existiam graves problemas de comunicações.

A Revolução de 28 de Maio de 1926, que instaurou uma ditadura militar em Portugal, teve alguns apoiantes no concelho, tendo em 28 de Novembro de 1932 sido criada a divisão de Ferreira do Alentejo do partido da União Nacional.

Em Janeiro de 1933, o Ministro do Interior, Albino dos Reis, passou por Ferreira do Alentejo a caminho de Beja, tendo sido festivamente recebido na vila. Foi feita uma cerimónia no salão nobre dos paços do conselho, onde discursou Albino dos Reis, o tesoureiro das finanças, José Tomaz Cordeiro, e o secretário da comissão concelhia da União Nacional, Francisco Lança. Este último elogiou as obras feitas no concelho desde o início da revolução militar, incluindo a construção de um mercado coberto, a ampliação da rede de esgotos, e a instalação de uma rede eléctrica baseada na central de Beja. Pediu igualmente ao governo apoio para a realização de vários melhoramentos que estavam a ser planeados pela autarquia, como a construção de uma cabina telefónica, a conclusão das redes de esgotos e de distribuição de água, a remodelação do matadouro municipal, e a melhoria das escolas. Também falou sobre os transportes no concelho, tendo elogiado as obras que tinham sido feitas na rede rodoviária, que antes estava em mau estado, e a pavimentação das ruas dentro da vila, embora tenha igualmente criticado as condições de algumas estradas, especialmente a que ligava à zona dos Gasparões, que ficava totalmente interditada durante os períodos mais chuvosos do ano.

Décadas de 1940 e 1950

Na edição de Julho de 1941 da revista Panorama, foi noticiado que tinham sido recentemente construídas a Casa do Povo e o Bairro Social de Ferreira do Alentejo, no âmbito de um programa social do Estado Novo. Em 1947, a empresa dos Correios, Telégrafos e Telefones inaugurou uma nova estação em Ferreira do Alentejo, segundo o relatório de 1947, publicado em 1949. No relatório de 1947 da Federação Nacional de Produtores de Trigo, publicado em 1948, Ferreira do Alentejo surge como o concelho onde mais se colheu trigo, seguido de Aljustrel, Baleizão e Castro Verde.

Na madrugada de 14 de Maio de 1955, ocorreu um acidente rodoviário na vila, quando um autocarro da empresa Candido Belo, que transportava peregrinos de Fátima para Beja, colidiu com um prédio junto do edifício dos correios, provocando vários feridos.

Décadas de 1970 a 1990

Quando ocorreu a Revolução de 25 de Abril de 1974, as primeiras notícias do golpe chegaram a a Ferreira na madrugada desse dia, através dos comunicados do Movimento das Forças Armadas pela rádio. Na sequência da revolução, foi formada uma comissão administrativa, liderada pelo advogado Francisco Palma Lopes, para substituir o antigo executivo municipal, e tentar resolver alguns dos graves problemas públicos de que padecia o concelho, apesar dos reduzidos recursos financeiros e técnicos. Com efeito, nessa época as redes de fornecimento de água, esgotos e electricidade eram muito primitivas, além de outros serviços públicos, como a recolha dos resíduos urbanos. Também tinha vários problemas de comunicações, apesar da vila se situar num ponto privilegiado do ponto de vista rodoviário, uma vez que então era o cruzamento das únicas estradas unindo Beja a Sines e Lisboa. Os serviços de saúde na vila eram muito deficientes, não contando com um centro de saúde, embora tivesse um hospital num edifício anexo à Igreja da Misericórdia, além de consultórios na Casa do Povo, e de um dispensário contra a tuberculose. Quanto às redes de esgotos e água canalizada, o único ponto que dispunha destas estruturas no concelho era a própria vila. Em termos de educação, a vila tinha três estabelecimentos: uma escola primária, o Ciclo Preparatório Telescola e o Colégio Nuno Álvares. A economia do concelho continuava a ser essencialmente agrícola, com baixos salários, pouca estabilidade e trabalho sazonal, que fazia com que o rendimento das famílias fosse fraco, embora as condições de acesso aos apoios da Segurança Social tenham melhorado nos finais da ditatura. A indústria era virtualmente inexistente, mas o desenvolvimento da produção agrícola, devido à expansão do sistema de regadio, permitiu a implementação de uma fábrica de concentrado de tomate na aldeia de Fortes, que então empregava algumas centenas de pessoas. Além disso, nessa época Ferreira afirmou-se como um pequeno centro hoteleiro, devido a ser ponto de paragem dos autocarros de Lisboa a Beja e ao Algarve da empresa EVA, que mantinha ali uma estalagem.

Em Abril de 1975, foi formado um grupo de trabalho para estudar as regiões em Portugal mais adequadas à introdução da beterraba sacarina, que apontou o Alentejo como uma das regiões prioritárias, tendo sido prevista a instalação de uma fábrica de açúcar de beterraba em Alvito ou na aldeia de Odivelas. Em 12 de Dezembro de 1976, José Luís Ameixa foi eleito como o primeiro presidente da Câmara Municipal após o regresso à democracia. Entre 1976 e 1977, a Misericórdia de Ferreira iniciou o funcionamento do lar e do centro de dia. Em 1980, entrou em funcionamento a Estação de Tratamento de Àguas Residuais de Ferreira do Alentejo. Em 1981, o hospital foi novamente melhorado, embora tenha sido encerrado no ano seguinte, com a abertura do Centro de Saúde da Vila. Em 1995, a Misericórdia iniciou, em conjunto com o serviço sub-regional de Beja do Centro Regional de Segurança Social do Alentejo, o processo para a construção de um novo lar de terceira idade, que entrou em funcionamento em 17 de Novembro de 1997.

Fonte na vila de Ferreira do Alentejo.

Século XXI

Em 2003, foi construído o centro infantil de Ferreira do Alentejo. Em Agosto de 2018, iniciaram-se as obras da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais de Ferreira do Alentejo, prevendo-se a sua conclusão para Junho do ano seguinte. Esta obra teve um custo de cerca de 880 mil euros, financiado em 85% pela União Europeia, e serviu para substituir a antiga estação de tratamento, que já não satisfazia as exigências ambientais.

Em Outubro de 2018, a autarquia de Ferreira do Alentejo criou, em conjunto com várias companhias no concelho e a operadora Comboios de Portugal, um pacote de rotas turísticas destinadas a aumentar a procura turística do concelho durante a época baixa, que inclui uma visita à vila e a várias unidades de produção de vinho e azeite. Em 18 de Julho de 2018, foi aprovada uma resolução no parlamento sobre o impacto ambiental de três fábricas de transformação de bagaço de azeitona, duas delas situadas no concelho de Ferreira: a Azeites de Portugal em Fortes, e a Casa Alta em Penique, perto de Odivelas. A unidade em Fortes foi encerrada em Junho desse ano por ordem da IAPMEI devido às suas emissões, tendo sido reaberta em Novembro desse ano após um investimento de 1,2 milhões de Euros, que permitiu uma redução no impacto ambiental. Em 18 de Abril, o Diário de Notícias relatou que o partido ecologista Os Verdes acusou o governo de não cumprir a resolução de Julho de 2018 sobre as três unidades industriais, que foi publicada no Diário da República em 23 de Agosto de 2018.

Em Dezembro de 2018, foi autorizado o financiamento comunitário para a expansão do Parque das Empresas de Ferreira do Alentejo, um importante melhoramento para a economia do concelho, e que aliviou a autarquia de um empréstimo no valor de 1.870 milhares de Euros, aprovado em Julho de 2017.

Durante a primeira semana de 2019, não existiram quaisquer jornais à venda em Ferreiro do Alentejo, situação que foi criada principalmente pela baixa procura na vila, e que gerou indignação entre os habitantes. Em 15 de Janeiro, o governo aprovou o regulamento para o bloco de rega de Vale de Gaio, localizado nos concelhos de Ferreira do Alentejo, Alvito e Alcácer do Sal, e parte do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva. Em Março, a fábrica de bagaço da empresa Azeites de Portugal, em Fortes, foi quase totalmente destruída por um incêndio.

Em Abril de 2019, a empresa de telecomunicações NOS informou que tinha expandido a sua rede de fibra óptica na região do Alentejo, nos concelhos de Borba, Castro Verde, Ferreira do Alentejo e Vidigueira.

Património

Capela do Calvário

Os principais monumentos de Ferreira do Alentejo são a Igreja Matriz e a Capela do Calvário ou de Santa Maria Madalena, esta última popularmente conhecida como única no mundo.

Edifícios religiosos

Edifícios residenciais, comerciais e públicos

Património pré-histórico, romano e medieval

Estruturas de transporte

Personalidades históricas

No concelho de Ferreira do Alentejo nasceram e viveram algumas personagens ilustres, especialmente nos campos das letras e da religião, destacando-se Júlio Marques de Vilhena, que foi uma figura de grande importância nos últimos anos da monarquia portuguesa.

Geminações

A vila de Ferreira do Alentejo é geminada com os seguintes cidades:

Heráldica

Armas: Escudo de prata, com uma torre torreada a negro, aberta e iluminada do campo, entre a cruz da Ordem de Santiago a vermelho, carregado por uma vieira de ouro sobre o cruzamento e por um ferreiro de carnação com avental a negro, sustendo nas mãos um martelo e uma tenaz, também a negro. Em chefe, quatro espigas de trigo de ouro folhadas a verde, em pala. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com legenda a negro: "VILA DE FERREIRA DO ALENTEJO".
Bandeira: Fundo a verde. Cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.

Ver também

Galeria

Bibliografia

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Bibliografia recomendada

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