No mundo atual, José Agostinho de Macedo é um tema que tem ganhado grande importância e relevância em diversos contextos. Tanto a nível pessoal como profissional, José Agostinho de Macedo desempenha um papel crucial na forma como nos relacionamos, trabalhamos e funcionamos na sociedade. O seu impacto tem sido sentido em diversas áreas, da tecnologia à política, e a sua influência continua a expandir-se à medida que o tempo passa. Neste artigo, exploraremos mais a fundo a importância de José Agostinho de Macedo e como ele moldou e continuará a moldar o mundo em que vivemos.
Iniciou a sua carreira como frade da Ordem dos Gracianos (1778), de onde foi expulso (1792), e terminou-a como “mercenário da palavra”, um autêntico líder de opinião ao serviço da Igreja.
Foi um escritor de estilo polémico e agressivo. Contra a maçonaria escreveu o livro Morais dos pedreiros livres e iluminados (1816). Era adepto fervoroso do miguelismo. Foi diretor do jornal A tripa virada (1823).
Tentou suplantar Os Lusíadas de Luís de Camões, que criticou duramente na sua Censura das Lusíadas, com o seu próprio poema épico: O Oriente, publicado em 1814 (corrigido e aumentado em edições posteriores); considerava que esta sua Epopeia "vale mais que Os Lusíadas," e que era "a menos defeituosa possível".
Teve algumas queixas na Inquisição. Numa foi denunciado por alegadamente ter dito a uma mulher (que se encontrava "triste e pensativa" com "medo da morte e contas que devia dar a Deus") que "não havia Inferno", que "a gente em morrendo era como os animais que não tinham nada que sentir", e que "com a morte acabava o espírito"; a testemunha alega ainda que José Agostinho de Macedo "ameaçou matá-la, se tal denúncia fizesse".
Foi este o juízo de Inocêncio Francisco da Silva sobre ele: "Homem de inegável talento, e de vasta erudição, escritor fecundíssimo, como bem se deixa ver de tantas e tão variadas produções, seria talvez mais querido dos contemporâneos, e a sua memória melhor apreciada da posteridade, se o temperamento atrabiliário que nele predominava, um amor próprio excessivo, ainda que justificável até certo ponto pela reconhecida inferioridade dos seus competidores, e mais que tudo os ódios suscitados pelas querelas políticas, em que tomou com a pena tão activa parte nos seus últimos anos, lhe não alienassem as simpatias de muitos, impossibilitando-os de assentarem a seu respeito um juízo recto e imparcial."
Críticas a Camões
Já em criança José Agostinho causava indignação aos professores pelas suas respostas desafiantes, e críticas a Camões; um dia, durante uma leitura do poeta, foi castigado pelo seu mestre por afirmar: "Camões não presta!"
Eis uma selecção das suas críticas a Camões, e contra Os Lusíadas em particular:
"Nenhum poeta interpretou mais amplamente as leis da liberdade poética."
"A primeira palavra que lhe lembra para fechar um verso ou para rimar um verso, é logo empregada sem escolha venha ou não venha para ali."
"Escreve à toa, diz o que lhe lembra e onde lhe lembra."
"Faz o que quer e não lhe importam as regras da boa razão."
"O Poema dos Lusíadas parece escrito à toa, não se correspondem entre si as partes, os caracteres, as situações."
"Parece um problema irresolvível o motivo porque se tem lido e traduzido este poema."
"O seu maquinismo é absurdo e perfeitamente monstruoso."
"Há nele uma certa disposição para insultar os monarcas portugueses."
"As Divinas Lusíadas são muito injuriosas aos reis e às rainhas de Portugal."
"O que mais custa a encontrar é o estilo poético, neste tão celebrado poema."
"São impróprios, deslocados e impertinentes os sermões com que vai entressachado o poema."
"As incorrecções são tão frequentes, que parece que o poeta não só não impusera a última, mas nem a primeira lima ao seu poema."
"Tem versos errados e aleijados e disparatados."
"Cansa o entendimento em notar tantas impropriedades."
"Tiradas do poema as oitavas inúteis, ficava reduzido a cousa nenhuma."
O Catálogo das obras de José Agostinho não é possível ser publicado completo, já que o autor "foi quantitativamente o mais prolífico dos escritores portugueses do tempo: a sua bibliografia é interminável."
Ensaios/Crítica
Cartas Filosóficas a Attico (1815)
Refutação dos Principios Metafísicos e Morais dos pedreiros livres e iluminados (1816)
Os Frades, ou reflexões filosoficas sobre as corporações regulares (1830)
O Homem, ou os Limites da Razão; Tentativa filosófica
D. Luiz d'Ataide, ou, A tomada de Dabul: drama heroico. Lisboa, Imprensa Nacional, 1823.
Os Sebastianistas
O Segredo Revelado, ou, manifestação do systema dos Pedreiros livres, e illuminados, e sua influencia na fatal revolução franceza (1809)
Justa defesa do livro intitulado "Os Sebastianistas"
Inventário de Sandices
Exame examinado, Resposta a Rocha e Pato
Mais Lógica
O Voto, elogio dramatico
O Couto, Resposta ao Folheto "Regras da Oratória da Cadeira"
Sermão contra o filosofismo do século XIX (1811) (eBook)
Sermão de Acção de Gaças, prégado em S. Paulo em occasião da Paz Geral de 1801
Sermão das Dores de N. Senhora, prégado de tarde na Real Capella dos Paços de Queluz, na Festividade que mandava fazer a Sereníssima Senhora Princesa do Brazil, Viuva, no ano de 1803
Sermão de Acção de Graças pela Restauração, prégado na Igreja de N. S. dos Martyres
Sermão sobre a Seita dominante no Século XIX
Sermão de Preces, prégado na Igreja de N. S. dos Martyres
Sermão de Quarta feira de Cinzas, prégado na Santa igreja da Misericóridia de Lisboa a 3 de março de 1813
Sermão de Acção de Graças pela Paz Geral, prégado em S. julião
Sermão sobre a verdade da Religião Catholica prégado na Igreja de N. S. dos Martyres 1817
Sermão na Festividade da Istituição da Real ordem de Santa Izabel, celbrada na Igreja de S. Roque, 1819
Sermão da magdalena, prégado na igreja da mesma Santa. 1820
Oração fúnebre recitada nas Exéquias do Barão de Quintella. 1818
Panegyrico de S. Francisco Xavier, recitado na Real Capella dos Paços de Qualuz a 3 de Dezembro de 1804, estando presente S. A. R. o Príncie Regente N. S., que por seu voto particular mandou festejar o mesmo Santo
Demonstração da Existência de Deus
A Verdade, ou Pensamentos filosóficos
A Análise Analisada, resposta a A. M. do Couto (1815)
Branca de Rossis: tragédia (1819)
Collecção de varios, e interessantes escriptos do P. José Agostinho de Macedo (1838, obra póstuma)
↑Biographia do Padre Jose Agostinho de Macedo, Mello (1854), p. iv.
↑Citados em Memorias para a vida intima de José Agostinho de Macedo (Lisboa, 1899), p. 110 e ss.
↑Camoens: his life and his Lusiads, a commentary (1881), p. 592.
↑Obras, I, Soneto 340. Vide Leituras de Bocage, "Macedo e Bocage: um duelo de Vaidades", p. 19.
↑Biographia do Padre Jose Agostinho de Macedo (1854), por Joaquim Lopes Carreira de Mello, p. xiv.
↑Saraiva, António José & Lopes, Óscar, História da Literatura Portuguesa (6ª edição), 5ª Época: O Século das Luzes, "José Agostinho de Macedo e a poesia cientista", p. 654.