Judaísmo nazareno

Neste artigo iremos mergulhar no fascinante mundo de Judaísmo nazareno, explorando as suas origens, o seu impacto na sociedade atual e a sua relevância em diversas áreas. Desde os seus primórdios até ao presente, Judaísmo nazareno desempenhou um papel fundamental na história da humanidade, influenciando tanto cultural como tecnologicamente. Nesta linha, analisaremos em profundidade a sua evolução, as suas implicações e como moldou a nossa forma de compreender o mundo. Além disso, nos aprofundaremos nas suas possíveis implicações futuras, oferecendo uma visão ampla e complexa deste intrigante fenômeno que continua a atrair a atenção de milhões de pessoas em todo o mundo.

O Judaísmo Nazareno (do hebraico Yahadut Netzari ou Yahadut Natzeri, em inglês Nazarene Judaism) também conhecido como O Caminho (do hebraico ha derech) é um ramo do judaismo, que faz parte do movimento dos judeus messiânicos ou judeus nazarenos, mas aceitando Jesus como messias e se pretende conceber como sendo uma religião antiga, anterior e ser a origem do cristianismo, monoteísta que, assim como o judaísmo conservador, seguem todas as leis orais e tradições do judaísmo tradicional, contudo, tendo como o filtro a lei escrita, obedecendo exatamente ao principio registrado no Pirkei Avot "aqueça-se ao fogo dos Sábios, mas cuidade para não se queimar com ele" (Pirkei Avot Capítulo II mishna 10). Ou seja, rejeitando qualquer lei ou tradição que aparentemente contradiga a lei escrita (Torá).

Os judeus nazarenos não são cristãos, são judeus e convertidos a fé judaica, são seguidores de Yeshua benYossef (nome original daquele que conhecem como Jesus Cristo de Nazaré da Galiléia) e era conhecido na comunidade da época como Yeshua HaNatzeri (Yeshua o nazareno). O cristianismo se baseou nos judeus nazarenos e tomou rumos diferentes dos primeiros judeus nazarenos que eram uma comunidade totalmente judaica praticante seguidora do mestre e o Messiah-ben-Joseph Yeshua HaNatzeri. Posteriormente a igreja católica apostólica romana se fundamentou nele e também outras ramificações como Igreja Síriaca e muitas outras. Um ponto crucial que diferencia o judaísmo nazareno das religiões que derivaram dela é a observância do Tanakh e principalmente a Torá. Nas demais religiões identificadas como cristãs predomina o conceito de que Yeshua HaNatzeri seria um Deus da trindade que teria supostamente abolido a Torá desvirtuando o judaísmo, pregando a salvação apenas pela fé (em crer que Yeshua é o messias davínico e que salvação é pela graça) e pelo batismo do arrependimento nas águas.

Nas escrituras em aramaico e hebraico primitivo, nas quais os nazarenos se apoiam, não foi identificada uma definição que ele tenha abolido a Torá, pelo contrário, que Yeshua HaNatzeri veio para fortalecer a Torá e interpretar seus ensinamentos.

Nota-se pelos relatos históricos que novos seguidores do nazareno que não conviveram pessoalmente com seu líder e Messiah-ben-Yossef se tornaram cristãos e abandonaram o exemplo que Yeshua deu em sua conduta como total observador do Torá. Aqueles que conviveram com o messias e guardaram seus ensinos mantiveram a mesma posição naturalista judaica do messias de se manterem totalmente judeus e continuar praticando o mesmo judaísmo que o messias praticava e ensinou, esse fato causou uma divisão na época e acredita-se que esse desvirtuamento se deu devido a invasão gentílica posteriormente e gradualmente na comunidade nazarena.

Creem nos testemunhos dos primeiros seguidores (Ketuvim Netzarim) e na palavra de Deus revelada ao seu povo através de Moisés na Torá, dos profetas na Ketuvim, Neviim e dos emissários de Yeshua no B'rit Hadashah definida pelo Messiah-ben-Iossef como aliança renovada (conhecido como novo testamento). Recebem Yeshua HaNatzeri como o Messiah-ben-Iossef(primeira forma do messias, o servo sofredor) e aguardam o Messiah-ben-David (segundo forma do messias, ou retorno, o messias que reinará) de forma triunfal e a ressurreição dos mortos para o julgamento do último dia onde cada pessoa será julgada por Deus com base em sua lei (Torá) conforme o Messiah-ben-Yossef ensinou.

Os primeiros nazarenos foram identificados como tal como forma de distinção a despeito dos judeus adeptos dos ensinamentos dos fariseus, contra sua aceitação de Yeshua HaNatzeri como messias, também eram conhecidos como uma seita dentro da comunidade judaica, a seita dos judeus nazarenos.

Para os nazarenos não há separação no meio do povo fiel a Deus seja judeu ou gentio convertido ao judaísmo, a missão do Messiah-ben-Iossef resultou em divulgar a obediência a Torá para os gentios dando início a união das duas casas de Israel Efraim e Yehudá que em breve se tornarão um povo só e fazem parte do povo da Israel e para herdar a salvação precisam praticar o como o Messiah-ben-Yossef como está profetizada a sua vinda no Neviim (livros dos profetas), honrando os mandamentos da Torá, o Tanakh e seus ensinamentos que estão descritos no Brit Hadashah ou Escritos Nazarenos e aguardando o Messiah-ben-David que reinará para sempre.

Diferentemente de outros movimentos, o judaísmo nazareno crê em duas manifestações messiânicas com objetivos distintos, a primeira através do Messiah-ben-Iossef (messias filho de José) com objetivo de guiar as ovelhas perdidas da casa de Israel e resultou na divulgação do conhecimento do Deus de Israel aos gentios, antes só os judeus conheciam ao Deus Vivo, o que acabou disseminando esse conhecimento para o mundo. Na segunda, o que ainda não ocorreu, o advento do Messiah-ben-David (messias filho de Davi) que triunfará sobre as forças do mal e reinará sobre a terra, a mesma manifestação messiânica que todos os judeus esperam.

Os sábios notam a aparente contradição entre dois versículos descrevendo a vinda de Mashiach. Um versículo declara: “Veja, como um filho do homem veio nas nuvens do céu.” Também está, no entanto, escrito:“ Teu rei virá… como um homem pobre cavalgando um jumento.” Para resolver, os Sábios explicam que se os judeus forem considerados merecedores, Mashiach virá “nas nuvens do céu”; se eles não merecerem, ele virá “como um homem pobre cavalgando um jumento.(Tratado Sanhedrin 98 a) O judaismo Nazareno acredita que Yeshua veio sobre o jumento (Mt 21:2-7) e virá sobre as nuvens do céu (Mt 24:30)

Yeshua HaNatzeri foi muito mais do que profeta e envolto em mistério, em suas pregações pedia que não o adorassem e sempre direcionava a todos a pedirem tudo para o Pai (Deus). Recitou o Shemá onde reconhece e ensinava que há um único Deus. Sua existência foi profetizada em Isaías 53 como o servo sofredor. Yeshua HaNatzeri foi muito mais do que profeta e não se intitulou ser Deus, na sua morte clamou a Deus e expirou, mas em três dias foi visto novamente por várias testemunhas da maneira como predisse. Para o judaísmo nazareno o Messiah-ben-David ainda não foi revelado, porque este irá reinar com poder e glória, mas Yeshua HaNatzerifoi o Messiah-ben-Yossef. Ele mesmo declarava ser o messias para seus discípulos apenas em particular. O judaísmo nazareno crê ser ele quem retornará na missão de Messiah-ben-David.

Defende que a Lei da obediência aos mandamentos de Deus é mais bem interpretada por Yeshua HaNatzeri E as escrituras sagradas devem ser analisadas sob uma ótica judaica por que ela foi inspirada pelo Deus de Israel, escrita em sua grande parte por judeus para judeus. Que Deus é um só, o Echad, assim como consta no Shemá. O Messiah-ben-Yossef está em unidade com Deus assim como todos os judeus devem estar em unidade, "em comunhão", fazendo a vontade de Deus.

Creem que a salvação é gratuita a todos que creem, aos que se convertem ao judaísmo que Yeshua ensinou, ou seja, obediência e zelo pela Torá, passam pela Tevilah (batismo do arrependimento) nas águas, algo semelhante ao ritual de purificação na Mikvé, nesse ato reconhecendo Deus como único e Yeshua Ha Natzeri como Messiah-ben-Yossef e aguardando a manifestação do Messiah-ben-David para cumprimento das profecias. Seguem os mandamentos de Deus contidos nas escrituras sagradas segundo as interpretações dadas pelo messias. Que os salvos são o povo fiel aos mandamentos de Deus conforme ensinado por Yeshua, convertidos fiéis ao Deus de Israel, batizados com batismo do arrependimento (Tevilah) de suas más obras em nome de Yeshua (Ato 2:38) e aguardam a vinda do Messiah-ben-David para o início do reino do Eterno. Continuam tendo zelo pela Torá assim como os primeiros nazarenos conforme está escrito: “Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus abraçaram a fé sem abandonar seu zelo pela lei.” em Atos 21:20.

Não existem duas noivas do messias e que Deus não pode ter duas esposas, como Deus de Israel escolheu profeticamente o seu povo fiel como sua esposa, não a rejeitará, a restaurará conforme suas profecias bíblicas aqueles que forem fiéis aos seus mandamentos e que reconhecerem o Messiah-ben-Iossef e aguardam a vinda do Messiah-ben-David.

Com a destruição do templo de Jerusalém como profetizado por Yeshua HaNatzeri, o templo do espírito santo passou ser no coração dos homens e mulheres obedientes e tementes a Deus. Uma característica dos nazarenos é o trabalho itinerante de divulgação das Boas Novas como está escrito: "Ide e pregai o as boas novas a toda criatura"(Mc 16:15). Como também ensina o Pirkei Avot no Capítulo 1 mishna 1"preparem muitos discípulos; e ergam uma cerca para a Torá.".

Podemos definir os nazarenos como os seguidores das escrituras sagradas que reafirmam um dito de Yeshua: "Examinais as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;". Por esse motivo valorizam as escrituras principalmente as versões antigas em hebraico e aramaico.

No judaísmo nazareno a Torá tem prioridade acima de todos os escritos inclusive dos Ketuvim Netzarim (conhecido pelos cristãos como o novo testamento). Sendo os Ketuvim Netzarim (novo testamento) um material de responsa para os judeus nazarenos tal como são o Shulchan Aruch e o Mishnei Torá para os judeus ortodoxos, e esses dois (Tanach e Ketuvim Netzarim ou Antigo e Novo Testamento) estão acima de todos os demais escritos judaicos, inclusive acima do Talmud, etc.

História

No judaísmo antigo havia judeus adeptos das leis orais introduzidas pelos fariseus e os que a rejeitavam. Os fariseus influenciaram posteriormente o judaísmo passando a predominar. Esse movimento de rejeição também deu origem ao caraísmo ou judaísmo caraíta, diferente do nazareno, eles não recebem Yeshua como Messiah-ben-Yossef, houve uma confusão feita pelo povo onde acreditava ele ser o Messiah-ben-David e queriam fazê-lo rei a força, mesmo Yeshua afirmando ser rei num sentido mais amplo, não era essa a sua missão.

O judaísmo nazareno é a preservação do judaísmo que uma grande parcela dos judeus praticava em sua época, o mesmo judaísmo que Yeshua Ha Natzeri manifestou e posteriormente os identificaram como messias se tornando seu exemplo.

Segundo a história, Yeshua era um praticante exemplar do judaísmo tendo a liberdade de ler e exortar o conteúdo das escrituras nas sinagogas e ensinar o povo com liberdade, considerado o maior mestre, era dotado de uma sabedoria reconhecida como sobrenatural tendo conhecimento sem igual e maravilhosa interpretação das escrituras que o diferenciava dos escribas, fariseus e saduceus. Ensinava e ordenava com autoridade, nada resistia as suas ordens incluindo as potestades espirituais como dêmonios. Curava qualquer enfermidade e contava com sinais vindos do céu indicando que ele era enviado de Deus. Seus prodígios e maravilhas passaram a conquistar muitos líderes judaicos. Mas não agradou a todos, tanto que a maioria das autoridades judaicas locais e romanas conspiravam para prendê-lo com medo de incitar o povo e causar algum tipo de rebelião devido a tensão que os judeus estavam passando com o domínio romano. Com a multiplicação de seus seguidores iniciou-se um período de perseguição contra seus seguidores com objetivo de por fim ao judaísmo nazareno com o medo de incitarem o povo e causarem conflito entre Israel e Roma.

Após a destruição do Templo, que inclusive que foi incrivelmente predita por Yeshua e com a diáspora, os judeus procuraram uma maneira de manter sua tradição e modo de vida, a solução foi aderir ao judaísmo farisaico centrando a prática judaica nas sinagogas e na figura do rabino, o que se tornou conhecido como judaísmo rabínico ou talmúdico com o surgimento das versões escritas das leis orais e interpretações das escrituras como Mishnah (200 DC), Talmud, Gemara (500 DC) e assim por diante, mudanças, tais que definiram o judaísmo predominante que conhecemos hoje.

A aceitação de Yeshua como Messiah-ben-Yossef passou a caracterizar o judaísmo nazareno já que Yeshua Ha Natzeri preencheu segundo seus seguidores como ninguém os requisitos das profecias messiânicas descritas no Tanakh começando por ser da linhagem sanguínea do rei Davi da tribo de Judá.

Assim como o líder nazareno não aceitava as práticas dos fariseus, os fariseus não o aceitavam por não o considerarem a possível manifestação do Messiah-ben-David. Os líderes esperavam um messias que iria livrá-los de seus problemas políticos e sociais se tornando naquele momento um rei da linhagem de Davi. Tanto que muitos queriam lhe fazer rei a força e isso amedrontou os líderes aos quais Yeshua desaprovava. Por esse motivo Yeshua foi citado com desprezo na literatura rabínica e posteriormente os judeus rabínicos o descredibilizavam. Os fariseus foram muitas vezes apontados por Yeshua por suas práticas não bíblicas que conflitavam ou contrariavam as escrituras sagradas como consta no Berit Hadashah. Yeshua foi um rabi (mestre) enviado dos ceús que corrigiu o povo e deu a interpretação correta das escrituras sagradas e de seus mandamentos.

Um judeu escolhido pelo Messiah-ben-Yossef para liderar os nazarenos

Yeshua Ha Natzeri escolheu o seu talmidi (seguidor, discípulo) Kéfa (Pedro) como seu sucessor na liderança dos nazarenos, mas relatos históricos indicam Ya’akov (Tiago) irmão de Yeshua como posterior líder. Seus ensinamentos foram disseminados através de seus seguidores pelas sinagogas da antiguidade tendo a mensagem que Yeshua era o Messiah-ben-Joseph enviado ao povo de Israel para corrigir seus caminhos para segunda manifestação messiânica, a vinda do Messiah-ben-David. Há indícios arqueológicos de comunidades judaicas posteriores que viviam em torno dos ensinamentos de Yeshua. O Berit Hadashah (Aliança Renovada) é praticamente o Talmud e Halachá dos judeus nazarenos.

Os nazarenos ou discípulos da seita dos nazarenos são reservados, se dedicam as escrituras, se focam na família, no seu próximo, se dedicam a sua comunidade local e ao trabalho. Não se identificam como religiosos, possuem o judaísmo nazareno como modo de viver, regras de conduta moral e fé. Uma interiorização da Torá e dos ensinamentos de Yeshua.

Os nazarenos (netzarim, נוצרים) não são messiânicos (meshichim, משיחי). Os nazarenos creem em um único Deus onipotente, onisciente e onipresente não limitado a ocupar um local no espaço na forma de um homem. Logo, os judeus nazarenos rejeitam o conceito de messias-deus do cristianismo com o seu dogma da trindade, reconhecendo a Deus como um, porém reconhecendo Yeshua como seu Mashiach(messias). Reconhecem Yeshua ha Natzeri como Messiah-ben-Yossef e aguardam a manifestação do Messiah-ben-David.

Costumes

Os antigos eram judeus aproximados aos ensinamentos de Yeshua ha natzeri que passavam pela Tevilah (batismo do arrependimento), rejeitavam todo o fermento de alguns fariseus não praticando o que eles praticavam (práticas e ritos que contradizem ao ensino do Tanakh) arbitrariedades legalistas muitas das vezes criticadas pelo próprio Rabí Hilel, mas os respeitando e ouvindo o que diziam, pois se assentavam por herança na cátedra de Moshé (Moises) assim como Yeshua instruiu. (Mt 23:2-4)

Assim como os antigos, os nazarenos atuais não praticam alguns dos costumes do judaísmo tradicional que contradigam o que conste como mitsvá na Torá (tais como oração pelos mortos, orações dirigidas a rabinos e entre outros). Escritos como Mishná, Talmud, Gemará, não os tem como sagrados, contudo assim ocorre com os judeus masorti(Judeus Conservadores), os judeus nazarenos consideram a literatura de responsa (Mishná, Talmud, Gemará) como orientativa. Seguem costumes judaicos tradicionais como uso de talit, tefilin e e entre outros, contudo filtrando tudo sempre pelas lentes da lei escrita.Concentram-se apenas nos requisitos das escrituras sagradas.

As mulheres usam vestes que demonstram bons costumes e bom testemunho, também um leve tichel (véu) quando casada para demonstrar respeito por seu marido. Os homens usam talit (túnica) nas rezas (orações), tzitzit, mesmo que não estejam visíveis, por baixo de suas vestes e outros costumes bíblicos.

O uso se talit (katan) por baixo das vestes tem o significado de que Yeshua veio interiorizar a Torá em nós, não simplesmente pelo ato de deixar de exibir esses itens em público, mas no sentido de que devemos viver nossa fé interiormente, colocá-la em prática no dia a dia impedindo uma vida espiritual de aparências. Mas que o verdeiro discípulo de Yeshua não é aquele que o é na aparência, mas em atitudes.

Os nazarenos observam as tradições bíblicas como brit milah (circuncisão), kashrut (leis alimentares), shabat (sábado), rosh chodesh (lua nova) e demais manifestações bíblicas. Não recebem adições introduzidas pelo cristianismo como a "santa ceia" ou "ceia do senhor", para eles o que é importante é o Pessach anual com simbolismo adicionado pelo Messiah-ben-Joseph. Para eles assim como o Pessach (páscoa) representa a saída do povo de Deus da escravidão do Egito para terra prometida através de Moisés, creem que o Pessach da aliança renovada representa a passagem do povo da escravidão do pecado para a vida eterna através de Yeshua Ha Natezri, como cordeiro pascal, foi crucificado sem culpa para divulgar o Caminho, a Verdade e a Vida para todas as nações. Ambos sendo presente de Deus para guiar o seu povo a seu tempo e o cumprimento de sua santa palavra.

Atualmente o nazarenismo está sendo redescoberto por uma onda de volta às raízes do judaísmo ensinado por Yeshua. A origem do cristianismo está na ruptura que os gentios fizeram ao romper com tudo que fosse de origem judaica, rompendo com qualquer herança judaica herdada pela congregação do primeiro século, ruptura essa desencadeada por Inácio de Antioquia, mas a origem da doutrina de Yeshua e da Berit Hadashah (Aliança Renovada) como encontramos na profecia do Sefer Yirmyahu (Livro de Jeremias) capitulo 33; estão nos ensinamentos do fundador dos nazarenos, que afirmou “Ninguém vai ao pai se não for por mim” fazendo alusão aos seus ensinamentos e sua forma de praticar judaísmo rejeitando todo o chametz (fermento) de alguns (perushim) fariseus, sendo o judaísmo puro o único caminho para correção das ovelhas perdidas de Israel para fazerem a vontade de Deus rumo à salvação eterna conforme a vontade de Deus.

Federação Israelita Nazarena do Brasil (FISNAB)

Fundada no ano 5782 (2021) com sua Sede em Belém do Pará. Presidida pelo "Rabino Marlon Troccolli" da Sinagoga Beyt Bene Avraham e Co-presidida pelo "Shaliach Tzbur Inácio Medeiros" é Rosh Kehilah da Sinagoga Edah Bnei Tsion.

Desde o inicio, um dos objetivo da criação da FISNAB era:

  • Ser uma união que represente às comunidades Judaico Nazarenas no Brasil, estimulando uma vivência judaica comprometida com as luzes da Torá, dos sábios de nosso povo e com as luzes de Mashiach expressa nos Ketuvim Netsarim. Ao mesmo tempo dinâmica com a halachá e leniente com aspectos benéficos da tecnologia, harmonizando o amor pela torá e das tradições com os inovações da tecnologia (o clássico e o moderno juntos na busca da elevação do homem)
  • Ser uma organização que é sensível às urgências do Judaísmo Nazareno no Brasil, disposta a partilhar soluções junto às comunidades ligadas a Federação.
  • Ser um fator motivador à formação de novas comunidades independentes com suprimentos necessários a sobrevivência judaica básica.


Referências

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