No artigo a seguir exploraremos em profundidade o tema Línguas jês, que tem sido objeto de interesse e debate em diversas áreas. Do seu impacto na sociedade à sua relevância na história, Línguas jês tem sido objeto de estudo e análise por especialistas e fãs. Ao longo dos anos, Línguas jês provou ser um tema de grande importância e multifacetado, tornando-o digno de ser analisado sob diferentes perspectivas. Neste artigo iremos aprofundar as diferentes dimensões de Línguas jês e examinar a sua influência em vários contextos, com o objetivo de fornecer uma visão abrangente e enriquecedora sobre este tema.
Jê é uma família linguística pertencente ao tronco Macro-Jê. Na época da chegada dos europeus na América do Sul, os povos ameríndios de língua jê encontravam-se sobretudo no interior do Brasil, uma vez que os tupis ocupavam praticamente todo o litoral do Brasil. Distinguem-se de vários outros povos das terras baixas da América do Sul por possuírem uma organização social bem definida, com aldeias circulares divididas em metades.
Desde o Descobrimento do Brasil pelos portugueses, as tribos de fala tupi-guarani foram assimiladas pelos europeus. Esses índios, espalhados por praticamente toda a costa brasileira, denominavam genericamente aos indígenas de fala diversa à sua com o vocábulo tapuia - que, em sua língua, significava algo como "inimigo". Os europeus, que manifestavam uma forte tendência à simplificação, entenderam que, no país, havia apenas duas grandes "nações" - tupis e tapuias. Os chamados tapuias, considerados pelos colonizadores portugueses como mais primitivos e de catequese e conquista difíceis, foram duramente combatidos e exterminados, sendo que muitos dos povos e tribos então existentes desapareceram de forma tão completa que nem sequer há registro direto de sua existência.
Mas, no começo do século XX, os antropólogos passaram a rejeitar a denominação "tapuia", adotando a denominação de "gês" para este outro grupo de famílias linguísticas (tendo sido a grafia, com a reforma ortográfica, e para diferenciar-se do nome da letra G, grafada desde então como "jê").
Mais tarde, entendeu-se que as línguas indígenas do Brasil dividiam-se em dois grandes troncos - Tupi e Macro-Jê - e mais 19 famílias linguísticas sem graus de semelhanças suficientes para que pudessem ser agrupadas em troncos, e também famílias de apenas uma língua, às vezes denominadas "línguas isoladas", sem semelhança com outra língua conhecida.
Da família linguística Jê, integrante do tronco Macro-Jê, fazem parte as seguintes línguas:
Classificação interna das línguas jês (Ramirez 2015):
Classificação interna das línguas jês (Nikulin 2020):
Comparação lexical (Rodrigues 1986):
Português | Canela | Apinayé | Kayapó | Xavánte | Xerénte | Kaingáng |
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pé | par | par | par | paara | pra | pen |
perna | tè | tè | te | te | zda | fa |
olho | tò | nò | nò | tò | tò | kanẽ |
chuva | taa | na | na | tã | tã | ta |
sol | pyt | myt | myt | bââdâ | bdâ | rã |
cabeça | kʰrã | krã | krã | ’rã | krã | krĩn |
pedra | kʰèn | kèn | kèèn | ’ẽẽnẽ | knẽ | pò |
asa, pena | haaraa | ’ara | ’ara | djèèrè | sdarbi | fer |
semente | hyy | ’y | ’y | djâ | zâ | fy |
esposa | prõ | prõ | prõ | mrõ | mrõ | prõ |