No mundo atual, Manuel Teixeira Gomes tem sido um tema relevante que tem chamado a atenção da sociedade em geral. Com o avanço da tecnologia e da globalização, Manuel Teixeira Gomes tornou-se tema de discussão e debate em diversas áreas, da política à ciência, passando pela cultura e entretenimento. À medida que Manuel Teixeira Gomes continua a impactar as nossas vidas de formas inesperadas, é crucial explorar as suas implicações e consequências na sociedade contemporânea. Neste artigo, examinaremos mais de perto o fenômeno Manuel Teixeira Gomes e sua influência em diferentes aspectos de nossa vida diária.
Manuel Teixeira Gomes | |
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7º Presidente da República Portuguesa | |
Período | 5 de outubro de 1923 a 11 de dezembro de 1925 |
Antecessor(a) | António José de Almeida |
Sucessor(a) | Bernardino Machado |
Ministro Plenipotenciário de Portugal em Londres | |
Período | 19 de maio de 1919 a 4 de outubro de 1923 |
Antecessor(a) | Augusto de Vasconcelos |
Sucessor(a) | Augusto de Castro |
Período | 8 de abril de 1911 a 25 de janeiro de 1918 |
Antecessor(a) | Marquês de Soveral |
Sucessor(a) | Augusto de Vasconcelos |
Ministro Plenipotenciário de Portugal em Madrid | |
Período | 15 de fevereiro de 1919 a 24 de abril de 1919 |
Antecessor(a) | António Egas Moniz |
Sucessor(a) | Francisco Couceiro da Costa |
Dados pessoais | |
Nascimento | 27 de maio de 1860 Portimão, Portugal |
Morte | 18 de outubro de 1941 (81 anos) Bugia, Argélia francesa |
Alma mater | Universidade de Coimbra |
Parceira | Belmira das Neves |
Filhos(as) | 2 |
Partido | Partido Democrático |
Profissão | Escritor, Diplomata, Negociante |
Assinatura |
Manuel Teixeira Gomes GCSE (Vila Nova de Portimão, 27 de Maio de 1860 — Bugia, Argélia, 18 de Outubro de 1941) foi o sétimo presidente da Primeira República Portuguesa de 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925. Tem uma biblioteca e uma escola secundária com o seu nome em Portimão. Tem também uma escola de pré-escolar e básico com o seu nome em Lisboa.
Nasceu a 27 de Maio de 1860, freguesia Vila Nova de Portimão, concelho de Portimão, filho de José Libânio Gomes e de sua mulher Maria da Glória Teixeira de Seixas Braga (Lagoa, Ferragudo) e neto materno de Francisco Manuel Teixeira de Seixas Braga (Silves, Silves) e de sua mulher Ana Bárbara da Purificação dos Santos (Lagoa, Ferragudo, 4 de Setembro de 1811), foi educado pelos pais, até entrar no Colégio de São Luís Gonzaga, em Portimão. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra. Cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se então para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus. Mais tarde, conhecerá outros vultos importantes da cultura literária da época, como Marcelino Mesquita, Gomes Leal e António Nobre.
O apoio do pai, que decide continuar a custear a vida boémia do filho, permite a Teixeira Gomes desenvolver uma forte tendência para as artes, nomeadamente na literatura, não deixando contudo de admirar a escultura e a pintura, tornando-se amigo de mestres como Columbano Bordalo Pinheiro ou Marques de Oliveira.
Fixado no Porto, aí conheceu Sampaio Bruno, iniciando a sua colaboração em revistas e jornais, entre eles O Primeiro de Janeiro, Folha Nova, Arte & vida (1904-1906), Atlântida (1915-1920), no periódico O Azeitonense (1919-1920) e ainda no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945).
Depois de se reconciliar com a família, viaja pela Europa, Norte de África e Próximo Oriente, em representação comercial para negociar os produtos agrícolas produzidos pelas propriedades do pai (frutos secos, nomeadamente amêndoas e figos) o que alarga consideravelmente os seus horizontes culturais.
Republicano convicto, depois da Implantação da República, o Governo Provisório, nomeia-o Enviado Extraordinário e Ministro plenipotenciário de Portugal em Londres, em substituição do Marquês de Soveral, tendo a 11 de Outubro de 1911 apresenta as suas credenciais ao rei Jorge V do Reino Unido, em Londres, onde se encontrava a família real portuguesa no exílio. Durante esse período, iniciou esforços para o reconhecimento da República. Tendo cultivando boas relações com a imprensa, na sociedade inglesa e até junto da família real.
Durante a I Guerra Mundial, defendeu sempre a a entrada de Portugal no conflito, o que lhe custou o cargo em 1918, com a ascensão de Sidónio Pais à Presidência da República, mantendo o preso durante um mês, no Hotel Avenida Palace.
Depois da morte de Sidónio Pais, Teixeira Gomes é readmitido na carreira diplomática, tendo sido nomeado Ministro Plenipotenciário em Madrid e representante da delegação portuguesa à Conferência de Paz, em Paris. A 20 de Março de 1919 foi feito Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico. Em maio de 1919, torna-se de novo Ministro plenipotenciário de Portugal em Londres, cargo que manterá até à sua tomada de posse como Presidente da República em 1923. Em 1922, foi nomeado delegado de Portugal junto da Sociedade das Nações, tendo ocupando uma das vice-presidências da organização.
Apoiado pelo Partido Democrático, foi eleito Presidente da República na sessão do Congresso de 6 de agosto de 1923. A vitória chegou ao terceiro escrutínio com 121 votos, vencendo Bernardino Machado, do Partido Nacionalista. Regressou a Portugal no dia 3 de outubro de 1923, chegando a Lisboa de forma glamorosa, num cruzador britânico cedido pela Coroa inglesa. Um dos desejos de Teixeira Gomes era a criação de um governo nacional, sob a égide de Afonso Costa, mas está ideia nunca ira para frente por conta da instabilidade política. Com a queda do governo de Ginestal Machado, iniciou-se um período de grande instabilidade que duraria até ao fim do seu mandato, entre dezembro de 1923 e agosto de 1925, deu posse a seis governos.
Durante este período seguiram-se o governo de Álvaro de Castro, marcado por grandes comícios organizados pelas forças políticas e sindicais de esquerda, seguindo o governo de Rodrigues Gaspar, marcado este, por enumeras tentativas de golpe de Estado, o governo José Domingues dos Santos, tendo este, um programa excessivamente radical de esquerda, sendo este obrigado a se demitir três meses depois, e por fim o governo de Vitorino Guimarães.
A crescente instabilidade política fez com que vários setores de direita e grande parte do Exército demonstrassem uma crescente simpatia por soluções autoritárias. As tentativas de golpe de Estado sucederam-se, o primeiro em 5 de março de 1925, por Filomeno da Câmara, a esta sucedeu a revolta de 18 de Abril, também conhecida por Golpe dos Generais, que constituiu o primeiro ensaio para o movimento de 28 de maio de 1926. Durante esta revolta, Teixeira Gomes chegou apresentar a renuncia à Presidência da República, que retirou depois da calorosa manifestação do Parlamento.
Ao longo do seu mandato, e apesar da instabilidade política e da insegurança, Teixeira Gomes tentou transmitir uma imagem de tranquilidade: era frequente vê-lo a passear ou a marcar presença em sessões culturais, mas a agitação começou a subir de tom, derivada as revoltas, escândalos bancários e instabilidade política.
Por fim, a 10 de dezembro de 1925, depois de constantemente atacado pelos nacionalistas e monárquicos, que exigiam a sua demissão, desgostoso com o rumo da política e incapaz de intervir, Manuel Teixeira Gomes renuncia à Presidência da República, alegando questões de saúde e vontade em dedicar-se exclusivamente à obra literária, sendo esta aceite no dia seguinte.
No dia 17 de dezembro, embarca no cargueiro holandês Zeus, com rumo a Oran, na Argélia, num auto-exílio voluntário. Teixeira Gomes nunca mais regressaria a Portugal
Durante 6 anos viaja por vários países, França, Itália, Holanda, Marrocos, Argélia e Tunísia. no inicio de setembro de 1931, chegou a Bougie, na então Argélia francesa, decidindo fixar aí residência. Durante este período escreve a maior parte das suas obras como, Cartas a Columbano (1932), Novelas Eróticas (1935), Regressos (1935), Miscelânea (1937), Carnaval Literário (1939), Ana Rosa (1941). Nem os casamentos das filhas e nascimento dos netos, o fazem regressar a Portugal, a pesar de troca correspondência com familiares e amigos
Morre em Bougie em 18 de outubro de 1941, aos 81 anos, no quarto número 13 do Hotel l'Etoile, onde residira nos últimos 10 anos. Foi inicialmente sepultado no cemitério cristão da vila.
A pedido da família, em 18 de outubro de 1950, os seus restos mortais voltaram a Portugal, numa cerimónia que veio a tornar-se provavelmente na mais controversa manifestação popular, ocorrida na já então cidade de Portimão, nos tempos do Salazarismo. No funeral estiveram presentes as suas duas filhas, Ana Rosa Teixeira Gomes Calapez e Maria Manuela Teixeira Gomes Pearce de Azevedo. Ficou sepultado no Cemitério Municipal de Portimão.
Em 1899, conhece Belmira das Neves, por quem se apaixona, passando a viver em união de facto com a mesma, que contava à data apenas 14 anos e o companheiro, 39, facto que causou resistência por parte das famílias. O relacionamento de ambos nunca se traduziu numa vida comum, tendo Teixeira Gomes viajado e residido sozinho durante quase toda a sua vida adulta. Os negócios da família obrigam-no desde cedo a viagens longas, sobretudo em torno do Mediterrâneo e do Médio Oriente. Nunca se casaram, no entanto, tiveram duas filhas, Ana Rosa Teixeira Gomes, nascida em 1906 e Maria Manuela Teixeira Gomes, nascida em 1910. Em 1923, quando Teixeira Gomes se torna Presidente da República, Belmira das Neves decide permanecer em Portimão, longe do companheiro, e quando este parte para o exílio voluntário e renuncia o cargo de Presidente, não mais se voltam a ver, trocando cartas esporadicamente, mas acabam por se separar em 1925.
Deixou uma considerável obra literária, integrada na corrente nefelibata. As suas obras completas estão disponíveis ao grande público através de edição recente.
A Rua Manuel Teixeira Gomes, em Marvila, Lisboa, recebeu o seu nome.
“ | A política longe de me oferecer encantos ou compensações converteu-se para mim, talvez por exagerada sensibilidade minha, num sacrifício inglório. Dia a dia, vejo desfolhar, de uma imaginária jarra de cristal, as minhas ilusões políticas. Sinto uma necessidade, porventura fisiológica, de voltar às minhas preferências, às minhas cadeiras e aos meus livros. | ” |
Entre as suas obras encontram-se:
Precedido por António José de Almeida |
7º. Presidente da República Portuguesa 1923 — 1925 |
Sucedido por Bernardino Machado |