No artigo a seguir, exploraremos o impacto de Presidências Abertas na sociedade contemporânea e como ela evoluiu ao longo dos anos. Desde o seu surgimento, Presidências Abertas tem suscitado debates constantes em diversas áreas, gerando admiração e polêmica. Através de uma análise detalhada, examinaremos os diferentes aspectos que envolvem Presidências Abertas, desde a sua relevância na cultura popular até a sua influência nas tendências atuais. Da mesma forma, investigaremos as diversas opiniões e perspectivas que existem em torno de Presidências Abertas, com o objetivo de oferecer um panorama completo e enriquecedor.
Presidência Aberta é a priorização política de um tema, como, por exemplo, o ambiente, por opção do Presidente da República Portuguesa, durante um curto espaço de tempo. Tem intuito de avaliar este tema em contacto directo com as partes interessadas. Normalmente, o presidente desloca-se aos locais mais afins à temática onde, durante esse período, reside.
Esta prática começou na presidência de Mário Soares, com o intuito de percorrer o país para ouvir as populações. Apesar da enorme popularidade desta iniciativa, a mesma foi criticada por exceder o papel constitucional atribuído ao Presidente da República Portuguesa e de fazer lembrar as Cortes medievais.
Durante o mandato de Jorge Sampaio, o modelo foi reformulado e a designação alterada, mantendo-lhe, contudo, as características principais. Com efeito, as suas "Presidências temáticas" ou "Semanas temáticas", foram, de certo modo, o prolongamento da última Presidência Aberta de Soares sobre o Ambiente. Apesar de Sampaio não usar, publicamente, a expressão "Presidência Aberta" para se referir às suas, os jornalistas nunca deixaram de as designar assim. Com Aníbal Cavaco Silva, a designação foi alterada para "Roteiros" e com Marcelo Rebelo de Sousa "Portugal Próximo".
Em Junho de 2021, Marcelo Rebelo de Sousa cumprirá a sua Presidência Aberta na região do Alentejo devido à crise laboral de emigrantes na vila de Odemira.
O impacto que esta iniciativa teve na sociedade e na política portuguesa foram tão fortes, que o modelo foi replicado a nível autárquico, como em Almada e Funchal.
Soares realizou no total 11 Presidências Abertas, oito no seu primeiro mandato e três no segundo:
Datas | Locais | Temas |
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16 a 25 de setembro de 1986 | Guimarães | |
15 a 26 de fevereiro de 1987 | Bragança | |
27 de outubro a 7 de novembro de 1987 | Beja e Évora | |
25 a 31 de março de 1988 | Guarda | |
19 a 24 de julho de 1988 | Descida do Douro | |
12 a 19 de março de 1989 | Portalegre | |
29 de maio a 9 de junho de 1989 | Açores | |
29 de junho a 8 de julho de 1989 | Coimbra | |
19 a 28 de setembro de 1992 | Viana do Castelo | |
30 de janeiro a 14 de fevereiro de 1993 | Área Metropolitana de Lisboa | |
4 a 21 de abril de 1994 | Portugal Continental | Ambiente |