Hoje em dia, Palmela é um tema que tem chamado a atenção de muitas pessoas ao redor do mundo. Seja pela sua relevância na sociedade atual ou pelo seu impacto no dia a dia das pessoas, Palmela tem sido objeto de debate e estudo em diversas áreas. Do meio académico ao setor empresarial, Palmela tem-se revelado um elemento de grande importância que tem gerado diversas opiniões e posicionamentos. Neste artigo, exploraremos mais detalhadamente o impacto de Palmela em nossas vidas, analisaremos suas implicações e discutiremos as perspectivas futuras para este tópico. Sem dúvida, Palmela é um tema que não deixa ninguém indiferente e que merece ser analisado com atenção.
É sede do município de Palmela que tem 465,12 km² de área e 68 856 habitantes (censo de 2021) O município é limitado a norte pelos municípios de Benavente e Alcochete, a nordeste pela porção oriental (exclave) do município de Montijo, a leste por Vendas Novas, a sudeste por Alcácer do Sal, a sul por Setúbal, a oeste pelo Barreiro e a noroeste pela Moita e pela porção ocidental (área principal) do município do Montijo.
A vila mais populosa do concelho é Pinhal Novo, com uma população de 26991 habitantes em 2021.
Evolução da População do Município
★ Os Recenseamentos Gerais da população portuguesa, regendo-se pelas orientações do Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas de 1853, tiveram lugar a partir de 1864, encontrando-se disponíveis para consulta no site do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Palmela
Ano
Pop.
±%
1864
6 172
—
1878
6 921
+12.1%
1890
8 277
+19.6%
1900
10 584
+27.9%
1911
12 892
+21.8%
1920
13 920
+8.0%
1930
18 692
+34.3%
1940
20 934
+12.0%
1950
22 993
+9.8%
1960
23 155
+0.7%
1970
25 015
+8.0%
1981
36 933
+47.6%
1991
43 857
+18.7%
2001
53 353
+21.7%
2011
62 831
+17.8%
2021
68 852
+9.6%
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário
1930
1940
1950
1960
1970
1981
1991
2001
2011
2021
0-14 Anos
6 798
7 472
7 029
5 743
6 050
8 511
8 345
8 567
10 680
9 994
15-24 Anos
3 585
3 700
4 943
3 980
3 880
5 310
6 618
7 129
6 205
7 731
25-64 Anos
7 463
8 277
10 481
12 017
13 255
19 473
23 615
29 606
34 975
36 563
= ou > 65 Anos
713
988
1 134
1 415
1 830
3 639
5 279
8 051
10 971
14 564
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
★ Pelo decreto nº 12 615, de 01/01/1926, foi criado o concelho de Palmela com lugares desanexados do concelho de Setúbal. Daí que os resultados dos censos etários só tenham sido publicados a partir de 1930
A presença do Homem na região que hoje é ocupada pelo município de Palmela remonta ao Neolítico superior, onde a sua presença é bastante notada, sobretudo durante a cultura do campaniforme, e cujo testemunho nos foi deixado sob a forma do mundialmente conhecido Vaso de Palmela. Ocupada por celtas, romanos e árabes, todos encontraram neste território um lugar estratégico para se fixarem.
Em 1147 foi conquistado por D. Afonso Henriques, outorgando-lhe foral em 1185. Mas o período áureo de Palmela pode ser localizado nos primeiros anos da Nacionalidade, quando Palmela era a chave do território entre o Sado e o Tejo. Esta importância estratégica deve-se a aspectos conjunturais de natureza político-religiosas relacionadas com o processo de conquista e consolidação do Estado português, e do qual a Ordem de Santiago e Espada, (que recebeu Palmela como doação de D. Afonso Henriques por volta de 1172), não pode ser separado.
A Ordem de Santiago marca a sua presença na sociedade portuguesa por ser senhora de um vastíssimo território que ia do antigo município de Riba Tejo (que engloba os actuais municípios do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete) até Mértola, no Baixo Alentejo. O poder administrativo da Ordem passa a estar centrado em Palmela “já em tempos do Infante D. João, filho de D. João I”. A importância desta escolha não se prendeu apenas com a proximidade de Palmela face a Lisboa, onde a congregação detinha o convento de Santos, entre outros, mas também devido ao facto de Palmela ser a maior Comenda da Ordem e às características do seu castelo, de grandes dimensões, com capacidade de albergar o conjunto monumental da Ordem – o Convento e a Igreja. Afastados os perigos das invasões – árabe, inicialmente, e castelhana, numa época posterior – a Ordem de Santiago começa a perder a importância e o poder que detinha. Junto com ela, Palmela deixa também de possuir o papel de guardiã avançada, um papel desempenhado anteriormente pelas antigas sedes da Ordem – Mértola e Alcácer do Sal.
Após a extinção das Ordens Militares e Religiosas, Palmela já não possuía qualquer tipo de importância, nem estratégica, nem económica, nem política, a tal ponto que a Reforma Administrativa de Mouzinho da Silveira, em 1855, extingue o seu município integrando-o no de Setúbal, onde permanecerá até 1926. Aproveitando o movimento militar decorrente do 28 de Maio de 1926, as elites locais pressionam a Junta Militar a aceder à restauração do município de Palmela, facto que é consumado em Novembro desse mesmo ano.
CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA (1988) – História de Palmela ou Palmela na História, Actas das Jornadas de Divulgação e Análise do Passado de Palmela
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