Reino da Irlanda

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Ríoghacht Éireann
Kingdom of Ireland

Reino da Irlanda

1542 – 1800
Flag Brasão
Bandeira Brasão de armas
Localização de Irlanda
Localização de Irlanda
Reino da Irlanda em 1789.
Continente Europa
Região Ilhas Britânicas
País Reino Unido e República da Irlanda
Capital Dublin
Língua oficial Irlandês e inglês
Religião Catolicismo, Anglicanismo e Presbiterianismo
Governo Monarquia constitucional
Monarcas
 • 1542–1547 Henrique VIII (primeiro)
 • 1760–1800 Jorge III (último)
Lorde Tenente
 • 1542–1548 Anthony St Leger (primeiro)
 • 1798–1800 Charles Cornwallis (último)
Secretário Chefe
 • 1660 Matthew Locke (primeiro)
 • 1798–1800 Robert Stewart (último)
Legislatura Parlamento
 • Câmara Superior Câmara dos Lordes
 • Câmara Inferior Câmara dos Comuns
Período histórico Séculos XIV a XVIII
 • 1542 Ato da Coroa da Irlanda
 • 1642–1652 Guerras confederadas
 • 1652–1660 Comunidade
 • 31 de dezembro de 1800 Ato de União
Área
 • 1700–1800 84,421 km2
População
 • 1700 est. 3 milhões 
 • 1800 est. 5,5 milhões 
Moeda Libra irlandesa

O Reino da Irlanda (em irlandês: Ríocht na hÉireann) foi o Estado irlandês a partir de 1541, pelo Ato da Coroa da Irlanda de 1542 do Parlamento da Irlanda. O novo monarca substituiu o Senhorio da Irlanda, que havia sido criado em 1171. O rei Henrique VIII, tornou-se assim, o primeiro Rei da Irlanda desde 1169. O Reino da Irlanda deixou de existir quando a Irlanda uniu-se à Grã Bretanha para formar o Reino Unido, em 1801.

Motivo para a criação

O papa Adriano IV, um inglês, havia concedido à monarquia anglo-normanda a ilha da Irlanda como uma possessão feudal em 1155, pela bula Laudabiliter, que permitiu à monarquia inglesa atuar como governante da Irlanda. Isto foi confirmado por seu sucessor, o Papa Alexandre III, em 1172, mas nominalmente a Irlanda permaneceu uma suserania papal. Com a excomunhão pela Igreja do rei da Inglaterra, Henrique VIII, em 1533, a posição constitucional do Estado inglês na Irlanda tornou-se incerta. Henrique rompeu com a Santa Sé e tornou-se o chefe da recém-criada Igreja Anglicana, a fim de obter uma anulação do casamento, que o papa, Clemente VII, havia recusado. Como conseqüência, Henrique não mais reconheceu a soberania da Igreja Católica Romana sobre a Irlanda. Como solução para este problema, Henrique foi proclamado rei da Irlanda pelo Ato da Coroa da Irlanda de 1542 aprovado pelo Parlamento irlandês.

Contudo, o novo reino não foi reconhecido pelas monarquias católicas da Europa. A bula pontifícia de 1555 nomeou Maria I como a Rainha da Irlanda, reconhecendo assim a ligação pessoal com a Coroa da Inglaterra, no direito canônico.

Deste modo, o trono da Irlanda foi ocupado pelo Rei da Inglaterra, representando o recém-criado Reino da Irlanda pela união pessoal com o Reino da Inglaterra. Em 1603, o trono da Inglaterra foi ocupado pelo Rei da Escócia, que posteriormente levou à formação do Reino da Grã-Bretanha em 1707, quando os parlamentos dos dois reinos fundiram-se em uma sessão na sede do parlamento inglês em Westminster, Londres. Em 1801, os parlamentos irlandês e britânico uniram-se da mesma maneira para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.

Lord Deputy

O Reino da Irlanda era governado por um executivo sob o controle de um Lord Deputy, que quando mantido por um nobre sênior, como Thomas Radcliffe era promovido a Lord Lieutenant. Na ausência de um Lord Deputy, os lordes conselheiros governavam a parte da Irlanda sob ocupação inglesa. Embora alguns irlandeses ocupassem o cargo, todos os lord deputies desde 23 de julho de 1534, quando William Skeffington tomou posse pela segunda vez, foram nobres ingleses.

Brasão de Armas Real após o Ato de União de 1800.

O reino era legislado pelo bicameral Parlamento da Irlanda, composto pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns, e que quase sempre reuniu-se em Dublin. Os poderes do Parlamento irlandês estavam restritos a uma série de leis, principalmente a Lei de Poyning de 1492. Os católicos e mais tarde os presbiterianos foram durante grande parte de sua história excluídos da composição do parlamento irlandês. O parlamento do século XVIII reuniu-se em um novo edifício, especialmente construído para abrigá-lo (o primeiro edifício especialmente construído para um parlamento bicameral em todo o mundo) em College Green no centro de Dublin.

Parlamento de Grattan

Algumas restrições foram revogadas em 1782, no que veio a ser conhecido como a Constituição de 1782. O Parlamento neste período era conhecido como Parlamento de Grattan, em homenagem a um dos principais líderes da oposição política irlandesa no período, Henry Grattan. Em 1788-89 foi provocada uma crise de regência, quando Jorge III ficou doente, e Grattan quis nomear seu filho (mais tarde Jorge IV) como regente da Irlanda; porém o rei recuperou-se antes que isto pudesse ser efetuado.

União dos reinos

Em decorrência do Ato de União do Parlamento da Irlanda, o Reino da Irlanda fundiu-se, em 1801, com o Reino da Grã-Bretanha para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. O Parlamento irlandês deixou de existir, embora o executivo, presidido pelo Lord Lieutenant, permaneceu no local até 1922. O Ato foi precedido pela fracassada rebelião e invasão francesa de 1798, e foi objeto de grande controvérsia, envolvendo muito suborno dos parlamentares irlandeses para assegurar a sua aprovação.

O Estado Livre Irlandês de 1922

Em 1922, 26 condados deixaram o Reino Unido, e formaram o Estado Livre Irlandês. Sob a Constituição do Estado Livre Irlandês, o rei tornou-se Rei na Irlanda. Isto foi alterado pelo Ato de Títulos Reais de 1927, pelo qual o rei explicitamente torna-se rei de todos os seus domínios, por direito próprio, tornando-se plenamente Rei da Irlanda. Apesar de Kevin O'Higgins, vice-presidente do Conselho Executivo (isto é, vice-primeiro-ministro), sugerir a ressurgimento do 'Reino da Irlanda' Como uma dupla monarquia ao unir a Irlanda do Norte e o Estado Livre Irlandês, com o Rei da Irlanda a ser coroado em uma cerimônia pública no Phoenix Park em Dublin, a ideia foi abandonada após o assassinato de O'Higgins por um membro do IRA contrário ao acordo, em 1927.

Um Ato de 1542, que confirmava o reino de Henrique e sua ligação com a Coroa inglesa, e que havia sido deixado por engano nos livros dos estatutos, foi revogado na República da Irlanda, em 2007, como parte de uma revisão do direito histórico irlandês.

Referências

  1. «Taoiseach launches statute law revision bill 2007». Consultado em 4 de Novembro de 2008 
  2. «Statute Law Revision Bill 2007». Consultado em 4 de Novembro de 2008 

Leitura adicional

  • de Beaumont, Gustave and William Cooke Taylor, Ireland Social, Political, and Religious :Translated by William Cooke Taylor: Contribuidor Tom Garvin, Andreas Hess: Harvard University Press: 2006: ISBN 978-0-674-02165-5 (original do original de 1839)
  • Pawlisch, Hans S.,: Sir John Davies and the Conquest of Ireland: A Study in Legal Imperialism :Cambridge University Press, 2002: ISBN 978-0-521-52657-9
  • Keating, Geoffrey: The History of Ireland, from the Earliest Period to the English Invasion (Foras Feasa Ar Éirinn) Traduzido por John O'Mahony 1866 Full text at Google Books