Walter Delgatti Neto

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Walter Delgatti Neto
Walter Delgatti Neto
Outros nomes Vermelho
Hacker de Araraquara
Conhecido(a) por Vaza Jato
Nacionalidade Brasileiro

Walter Delgatti Neto (23 de março de 1989, Araraquara, São Paulo), também conhecido como Hacker de Araraquara ou Vermelho, é um hacker brasileiro. Tornou-se nacionalmente conhecido por invadir celulares de autoridades da Operação Lava Jato e, posteriormente, por supostos crimes praticados em colaboração com a deputada federal Carla Zambelli (PL).

Antecedentes

Antes de se tornar nacionalmente conhecido por liderar o grupo de hackers que obteve conversas de autoridades da Operação Lava Jato, Walter Delgatti Neto, conhecido por Vermelho, por ter cabelos e barba ruivos, já tinha histórico de antecedentes criminais. No ano de 2013, chegou a ser condenado em segunda instância por desviar cerca de seiscentos mil reais de um banco, mas não chegou a cumprir pena devido à prescrição do crime. Em 2015, foi condenado por estelionato. Em 2018, foi indiciado por tráfico de drogas e falsificação de documentos após a Polícia encontrar entorpecentes, receitas médicas adulteradas e uma carteira estudantil falsa, mas foi inocentado.

Vaza Jato

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Em 2019, o The Intercept Brasil divulgou conversas entre autoridades da Operação Lava Jato que apontavam para possíveis violações dos princípios da imparcialidade, independência e equidistância entre defesa e acusação. Nas conversas, Sérgio Moro orienta a promotoria, sugerindo modificação nas fases da Operação Lava Jato, em combinação com Deltan Dallagnol e outros integrantes da Operação Lava Jato. Posteriormente, noticiou-se que Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", confessou à Polícia Federal (PF) ser responsável pela invasão do celular do ministro Sérgio Moro e de várias outras autoridades. O hacker preso posteriormente confirmou à PF ter dado ao The Intercept Brasil as informações furtadas. Delgatti foi descrito pela imprensa como o "hacker que sepultou a Lava Jato".

Em 21 de agosto de 2021, o Hacker de Araraqura foi condenado a vinte anos de prisão, em decorrência das investigações no âmbito da Operação Spoofing. Segundo a decisão, o grupo liderado por Delgatti teria negociado a venda das informações roubadas por duzentos mil reais, e que desistiram de cobrar pela divulgação após os jornalistas negarem efetuar qualquer espécie de pagamento. No momento da condenação, Delgatti já se encontrava preso pela acusação de ter violado o sistema do Conselho Nacional de Justiça.

Envolvimento com Carla Zambelli e Jair Bolsonaro

Em depoimento à Polícia Federal, o Hacker de Araraquara afirmou ter sido contratado pela deputada federal Carla Zambelli para prestar serviços criminosos. Segundo ele, Zambelli desejava a invasão do celular de Alexandre de Moraes e a invasão das urnas eletrônicas. Segundo a Polícia Federal, a assessoria da deputada efetuou um Pix de R$ 13.500,00 ao Hacker de Araraquara.

Após tentativas fracassadas de comprometer o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Delgatti conseguiu invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça e expedir um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio ministro.

Na CPMI que investiga a invasão à Praça dos Três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, Delgatti declarou ter se encontrado com Jair Bolsonaro em 10 de agosto de 2022, na presença de Carla Zambelli. Bolsonaro teria solicitado que o Hacker de Araraquara comprometesse o sistema de votação eletrônica para gerar desconfiança sobre processo eleitoral brasileiro. Após Delgatti explicar que não seria possível violar esse sistema, que não é conectado à internet, Bolsonaro teria pedido que ele adulterasse uma urna eletrônica para fazer parecer, às vésperas das eleições, que o equipamento tinha sido comprometido. Aliados de Bolsonaro tentaram descredibilizar Delgatti e suas alegações.

Além disso, Delgatti afirmou ter conversado outra vez com Bolsonaro, por telefone. Nessa chamada, Bolsonaro teria dito que o celular de Alexandre de Moraes havia sido grampeado e solicitou que, caso esse grampo viesse a público, Delgatti assumisse a responsabilidade, em troca de um indulto. A defesa de Jair Bolsonaro negou todas as alegações.

Em 29 de fevereiro de 2024, a Polícia Federal concluiu o inquérito e indiciou Carla Zambelli e Walter Delgatti por invasão do site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em 23 de abril de 2024, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou a deputada federal Carla Zambeli e o hacker Walter Delgatti Neto no âmbito da investigação da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça. Zambelli foi denunciada como mandante do crime.

Referências

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