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Cara de Cavalo | |
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Nome | Manoel Moreira |
Data de nascimento | 22 de abril de 1941 |
Data de morte | 3 de outubro de 1964 (23 anos) |
Nacionalidade(s) | Brasileiro |
Crime(s) | Assassinato do detetive Milton Le Cocq |
Situação | Morto |
Manoel Moreira, mais conhecido pela alcunha Cara de Cavalo, (22 de abril de 1941 - 3 de outubro de 1964) foi um criminoso brasileiro. Acusado do assassinato de Milton Le Cocq, foi a primeira vítima da Scuderie Le Cocq, organização policial clandestina criada para vingar a morte do detetive.
Morador da Favela do Esqueleto, Cavalo iniciou-se na criminalidade ainda garoto, vendendo maconha na Central do Brasil. Tornou-se pouco depois cafetão, e ligou-se ao jogo do bicho. Diariamente, cumpria a rotina de percorrer de táxi os pontos de jogo da Vila Isabel, acompanhado de uma amante, a quem designara a tarefa de recolher o pagamento compulsório do dia. Ocasionalmente, tornou-se amigo do artista plástico Hélio Oiticica que, passista da Mangueira e frequentador de favelas, era fascinado pela marginalidade.
Insatisfeito com os pagamentos, um bicheiro procurou o detetive Le Cocq, que organizara um grupo clandestino de policiais para caçar criminosos. Em 27 de agosto de 1964, o detetive, acompanhado dos colegas Jacaré, Cartola e Hélio Vígio, armou o cerco a Cavalo em um dos pontos de jogo. Percebendo a armadilha, o bandido tentou fugir, mas teve seu táxi cercado pelo Fusca de Le Cocq. Após um breve tiroteio, o detetive caiu morto com um tiro da Colt 45 de Cavalo.
O incidente decretou a sentença de morte de Cavalo; de reles marginal, passou a ser um dos criminosos mais procurados de Rio de Janeiro. Armou-se então uma grande operação à sua cata, mobilizando 2 mil policiais, em quatro estados. Um mês e sete dias depois, Cavalo foi finalmente encontrado em Cabo Frio. Em 3 de outubro, o criminoso foi cercado em seu esconderijo pela denominada "turma da pesada" (formada pelos policiais Sivuca, Euclides Nascimento, Guaíba, Cartola, Jacaré e Hélio Vígio, entre outros) e sumariamente executado com mais de cem disparos, 52 dos quais o atingiram, 25 apenas na região do estômago.
A caçada a Cavalo deixara a polícia desorientada. Motivados pelo bordão de Le Cocq de que "bandido que atira num policial não deve viver", as autoridades se desentenderam na corrida por deter o criminoso, enquanto pessoas parecidas com ele eram mortas por engano. Após a execução, a "turma da pesada" consolidou-se como Scuderie Le Cocq, tendo Luiz Mariano como presidente da organização clandestina de repressão ao crime e Sivuca eleito deputado estadual com a plataforma "bandido bom é bandido morto".
Um ano depois da morte, Hélio Oiticia criou a obra Homenagem a Cara de Cavalo, uma caixa envolta por telas, cujas paredes internas foram cobertas por fotografias do criminoso morto. Em 1968, prestaria outro tributo ao amigo, com o poema-bandeira " Seja marginal, seja herói".
A Scuderie inspirou o surgimento do Esquadrão da Morte, cuja ação como repressora política e execução a mando e de bandidos espalhou-se por todo o Brasil.