Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

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Grupo de mulheres marchando pela calçada segurando uma faixa com os dizeres “Outro mundo é possível sem racismo, machismo e lesbofobia - Marcha Mundial das Mulheres”
Caminhada Lésbica de 2009, em São Paulo

O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é uma data estabelecida no Brasil, criada por ativistas lésbicas brasileiras e dedicada à data em que aconteceu o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), ocorrido em 29 de agosto de 1996.

Neste dia, as ações são coordenadas pela ABL - Articulação Brasileira de Lésbicas, ABGLT, Liga Brasileira de Lésbicas, Rede Afro LGBT, Rede de Lésbica Negras (Candace), Sapatá, Núcleo de Gênero e Sexualidade da Universidade Estadual da Bahia, Núcleo de Pesquisas em Sexualidade da Universidade Federal do Tocantins e Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Em 2003, por ocasião da morte da ativista lésbica Rosely Roth, houve ainda a iniciativa de consagrar o dia 19 de agosto como Dia Nacional do Orgulho Lésbico. Nesse dia em 1983, ativistas lésbicas lideradas por Rosely e acompanhadas de participantes de outros movimentos sociais ocuparam o Ferro's Bar em São Paulo, em resposta a agressões lesbofóbicas ocorridas algumas semanas antes. Lésbicas lutavam pela permissão da venda de um jornal do Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF), chamado “Chanacomchana”, que debatia temas como legalização do aborto, relacionamentos entre mulheres, maternidade e perseguição da PM.

Em nota pública, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias - CDHM disse que o dia deve lembrar a "O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica marca um momento de lutas e resistência. A histórica discriminação das pessoas LGBT, materializada muitas vezes em assassinatos, agressões físicas e verbais tem limitado acesso aos direitos.(...) A ausência de políticas incisivas de combate ao chamado “estupro corretivo”, motivado pela intenção lesbofóbica de corrigir a sexualidade das lésbicas, e a invisibilização das mulheres lésbicas mesmo quando os debates LGBTQIA+ estão em voga, são questões que merecem atenção especial e batalhas por transformação".

Referências

  1. "Em 29 de agosto de 1996, foi realizado no Rio de Janeiro o primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), a partir de iniciativa do Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro (COLERJ). Desde então, foram realizadas nove edições do SENALE (atualmente SENALESBI). A data do primeiro SENALE foi consagrada como Dia Nacional da Visibilidade Lésbica" (SIMÕES, J., FACCHINI, R., Na Trilha do Arco-Íris, Perseu Abramo: São Paulo, 2009, p. 143).
  2. Cristina Camargo. «Em tempos de retrocessos, Dia da Visibilidade Lésbica lembra que a luta continua». Fundo Brasil de Direitos Humanos. Consultado em 30 de setembro de 2016 
  3. «ONU Mulheres apoia o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica». ONU no Brasil. Consultado em 30 de setembro de 2016 
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  6. Angelo, Lu (19 de agosto de 2021). «Dia do Orgulho Lésbico: por que a data é tão importante e necessária». Vogue Brasil. Consultado em 19 de agosto de 2022 
  7. Marisa Fernandes, Ditadura e Homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade (2014). "Lésbicas e a Ditadura Militar: uma luta contra a opressão e por liberdade". p. 145-6. ISBN 978-85-7600-386-1 
  8. Carla, Maria. «19 de agosto: Dia Internacional do Orgulho Lésbico». SINPRO-DF. Consultado em 19 de agosto de 2022 
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  10. Muza Cipriano, Ana; de Oliveira, Lidi (18 de agosto de 2022). «PerifaConnection: Memória, visibilidade e orgulho lésbico». Folha de S.Paulo. Consultado em 19 de agosto de 2022 
  11. Deputado Padre João, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (29 de agosto de 2016). «NOTA PÚBLICA: DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE LÉSBICA». Câmara dos Deputados. Consultado em 30 de setembro de 2016