Heterossexismo

Neste artigo, pretendemos explorar o fascinante mundo de Heterossexismo e tudo o que ele representa. Desde as suas origens até à sua influência hoje, este tema tem captado o interesse de pessoas de todas as idades e profissões. Nas próximas páginas analisaremos detalhadamente suas características, impacto e possíveis repercussões futuras. Sem dúvida, Heterossexismo é um tema que não deixa ninguém indiferente e que merece ser conhecido na íntegra.

Heterossexismo é a atitude de preconceito, discriminação, negação, estigmatização ou ódio contra toda orientação sexual que não seja a heterossexual, expressa de forma sistêmica. É a suposição de que as pessoas são todas heterossexuais ou de que o heterossexualidade é superior e mais desejável do que as demais orientações sexuais.

Apesar de ser considerada uma forma de discriminação, diferencia-se da homofobia porque esta refere-se ao nível individual, enquanto o heterossexismo tem sido utilizado para designar a opressão praticada por todo um grupo social ou instituição.

O termo heterossexismo foi proposto por Craig Rodwell em 1971.

Stephen Morin, em 1977, usa o termo "heterossexismo" para definir "crenças e atitudes que não atribuem o mesmo valor aos estilos de vida entre pessoas do mesmo sexo e entre pessoas de sexos diferentes. De uma forma geral, o termo é utilizado para referenciar o sistema ideológico que nega, denigre e estigmatiza qualquer forma de comportamento, identidade, relacionamento ou comunidade não heterossexual".

Negação da variedade nas orientações sexuais

Um indivíduo ou grupo classificado por heterossexista pode não reconhecer a possibilidade de existência das outras orientações sexuais. Tais comportamentos são ignorados ou por se acreditar que são um "desvio" de algum padrão ou pelo receio de gerar polêmicas ao abordar determinados assuntos em relação à sexualidade.

Sociedades heterossexistas consideram a heterossexualidade como normal e como padrão de comportamento. As demais formas de sexualidade são consideradas como desviantes, anormais, aberrações e, portanto, passíveis de repressão direta, através das leis, e repressão social pelas instituições as quais os indivíduos pertencem como família, escolas, religião, ciências, literatura, órgãos de comunicação social, etc.

Daniel Borrillo pontua que o heterossexismo é uma forma específica de dominação, na qual há uma hierarquia das sexualidades, sendo que a heterossexualidade assume posição superior. Assim, as outras formas da sexualidade são classificadas como "incompletas, acidentais e perversas", ou ainda "patológicas, criminosas, imorais e destruidoras da civilização". O autor ainda destaca que, na contemporaneidade, o heterossexismo assume uma nova forma, mais sutil, mas não menos violenta: o heterossexismo diferencialista, no qual a oposição à eliminação das fronteiras jurídicas entre as sexualidades se baseia no princípio da proteção à diversidade. "Foi em razão da diferença, e não da normatização, que o tratamento diferenciado de gays e lésbicas pôde se justificar, privando-os do direito ao casamento, à adoção e ao uso de técnicas de reprodução assistida. Em nome dessa suposta pluralidade de sexualidades e no intuito de preservar a diferença de sexos e de gêneros, o discurso diferencialista moderniza a ordem heterossexista ao mesmo tempo em que denuncia as mais brutais manifestações homofóbicas".

Veja-se também

Referências

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  7. BORRILLO, Daniel (2009). LIONÇO, Tatiana; DINIZ, Debora (Eds), eds. «A homofobia» (PDF). Homofobia & Educação: um desafio ao silêncio. Brasília. p. 25. Consultado em 7 de outubro de 2013 
  8. BORRILLO, Daniel (2009). LIONÇO, Tatiana; DINIZ, Debora, eds. «A homofobia» (PDF). Homofobia & Educação: um desafio ao silêncio. Brasília. p. 26. Consultado em 7 de outubro de 2013 

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