Hoje em dia, Geografia de Manaus é um tema que tem ganhado grande relevância na sociedade atual. Ao longo do tempo, Geografia de Manaus adquiriu um papel fundamental em diferentes aspectos da vida quotidiana, seja no local de trabalho, no contexto tecnológico, na vida pessoal ou em qualquer outra área. A importância de Geografia de Manaus transcendeu barreiras e preconceitos, tornando-se um tema de interesse geral que requer análise e reflexão. Neste artigo, exploraremos diferentes perspectivas sobre Geografia de Manaus e seu impacto na vida hoje.
Geografia de Manaus | |
Região | Norte |
Estado | Amazonas |
Coordenadas geográficas | |
Área | |
- Total | 11 401,058 km² |
- Zona urbana | 377 km² |
- Zona rural | 11 128 km² |
Limites | |
- Municípios limítrofes | Oeste: Novo Airão; Norte: Presidente Figueiredo e Novo Airão; Leste: Itacoatiara e Rio Preto da Eva; Sul: Careiro, Careiro da Várzea e Iranduba. |
Relevo | Planícies |
Extremos de elevação | |
- Ponto mais alto | superior a 100 metros |
- Ponto mais baixo | |
Hidrografia | |
- Bacia hidrográfica | Rio Amazonas |
- Principais rios | Rio Negro, Rio Solimões e Rio Amazonas. |
Clima | Equatorial úmido Am, Af. |
A Geografia de Manaus, uma cidade brasileira capital do estado do Amazonas, é de vegetação densa, clima variável e tipicamente influenciada pela floresta Amazônica. O município apresenta um relevo caracterizado por planícies, terras firmes, igapós e baixos planaltos, sendo que a altitude média é inferior a 100 metros. O clima é considerado tropical úmido (tipo Af segundo Köppen). A cidade pertencente à Região Geográfica Intermediária de Manaus e à Região Geográfica Imediata homônima, localizando-se na confluência dos rios Negro e Solimões.
Ocupa uma área de 11.401 km², representando 0.7258 % do estado do Amazonas, 0.2959 % da Região Norte e 0.1342 % de todo o território brasileiro. Desse total 229,5040 km² estão em perímetro urbano. Sua população foi estimada em 2011 pelo IBGE em 1 832 426 habitantes, sendo assim o 7º município mais populoso do Brasil.
É sede da Região Metropolitana de Manaus, a maior região metropolitana do norte do país, com 101.474 km² e 2 106 866 habitantes, sendo a 11ª mais populosa da federação.
É a maior cidade da Região Norte do Brasil, ocupando uma área de 11.401,058 km² e resultando em uma densidade de 152,50 hab./km². Várias ilhas, arquipélagos e áreas ecológicas são encontrados próximos à cidade, tendo destaque para o arquipélago de Anavilhanas, situado nas divisas com Novo Airão, e o Encontro das Águas, famoso cartão-postal da cidade. Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Novo Airão.
Manaus localiza-se na margem esquerda do rio Negro com uma área de 11.401,092 km² e densidade demográfica de 191,45 habitantes por km², sendo a segunda maior capital estadual no Brasil em área territorial. Ilhas, arquipélagos, praias e áreas ecológicas são encontrados próximos à cidade, com destaque para o arquipélago de Anavilhanas, situado nos limites com Novo Airão, e o Encontro das Águas, famoso cartão-postal da cidade. Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Novo Airão.
Manaus possui a quarta maior área urbana do país com 427 km², segundo dados da Embrapa divulgados em 2017. É a maior área urbana por município das regiões Norte e Nordeste. De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Manaus. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Manaus, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Centro Amazonense.
A vegetação da capital é densa, e tipicamente coberta pela floresta amazônica. Com uma flora diversificada, abriga vários tipos de plantas, além da vitória-régia, uma espécie aquática ornamental. Existem plantas bem próximas umas das outras, o que torna a vegetação úmida e impenetrável. Há espécies com folhas permanentes, encarregadas de deixar a floresta com um verde intenso o ano todo. Algumas árvores de origem amazônica, como a Andiroba e Mafumeira (também conhecida como Sumaúma), são cultivadas em parques da cidade, como o Parque do Mindu e o Parque Estadual Sumaúma. Este último recebe este nome em razão da grande quantidade de árvores mafumeiras que possui e é atualmente um parque estadual. Répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Toda a fauna da floresta tropical úmida presente na Amazônia também se encontra na cidade. Nas áreas rurais do município, há inúmeras espécies de plantas e pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos.
Há importantes parques, reservas ecológicas e espaços públicos no município, com boa parte deles sendo administrada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS), Secretaria de Estado da Cultura (SEC) e Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS). Alguns destes espaços são o Bosque da Ciência, Parque Municipal do Mindu, o Parque Estadual Sumaúma, o Parque dos Bilhares, o Jardim Botânico de Manaus, o Parque Senador Jefferson Peres, Parque Lagoa do Japiim, Parque Rio Negro, entre outros.
Os três principais parques municipais são o Parque Municipal do Mindu, o Parque dos Bilhares e o Jardim Botânico Adolpho Ducke. O Parque do Mindu está situado no bairro Parque 10 de Novembro, tendo sido criado em 1993, por meio da Lei Municipal nº 219 de 11 de novembro. Possui 40,8 hectares e abriga uma considerável população de Soim-de-coleira - um pequeno símio existente apenas na região de Manaus - além de um orquidário, um canteiro de ervas com propriedades terapêuticas e aromáticas e trilhas suspensas.
O Bilhares é um parque de menor tamanho, estando localizado no bairro da Chapada. O Jardim Botânico Adolpho Ducke, situado no bairro Cidade de Deus, é caracterizado por mais de três quilômetros de trilhas, além de inúmeras espécies de animais em extinção, como araras, tucanos, tatus e onças-pintadas, distribuídas em 100 km².
O Parque Estadual Sumaúma, regulamentado pelo Decreto nº 23.721 de 5 de setembro de 2003, é a única Unidade de Conservação (UC) de caráter estadual situada na área urbana do município de Manaus. Localiza-se no bairro Cidade nova e caracteriza-se por ser o menor parque estadual do Amazonas em área, com pouco mais de 52 hectares.
A hidrografia de Manaus é formada por quatro bacias: Educandos, São Raimundo, Tarumã e Puraquequara e várias microbacias ou sub-bacias. Como a rede de drenagem é muito extensa, característica da região, é formada por diferentes processos geo-sistêmicos que atuam de diversas formas e em diferentes intensidades no tempo e no espaço, tais como o clima, o solo, o relevo, a hidrografia e a sociedade e seus espaços.
As bacias hidrográficas urbanizadas merecem destaque tanto pela extensão territorial quanto número de indivíduos morando em sua área de abrangência, que foram denominadas segundo a identificação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS): Bacias Hidrográficas do Tarumã e do Puraquequara, que estão parcialmente inseridas na malha urbana manauara, e Bacias do São Raimundo e do Educandos que se encontram integralmente no perímetro urbano de Manaus. Além das bacias menores, relativamente que são: bacias do Mauá, Mauazinho, Colônia Antônio Aleixo, Refinaria e Ponta Pelada.
Os grandes mamíferos da água, como o peixe-boi e o boto-cor-de-rosa, são encontrados principalmente em regiões sem muita movimentação do rio Negro, em lagos encontrados no bairro Tarumã e também em alguns reservatórios da cidade, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Em algumas regiões ao longo do rio Amazonas, floresce a planta Vitória-régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.
A poluição atmosférica do ar na cidade é intensa, devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente na cidade e às indústrias pertencentes ao Polo Industrial de Manaus. Na questão territorial, Manaus sofreu diversas ocupações irregulares em suas áreas verdes entre as décadas de 1970 e 1980, que originaram, por sua vez, grande parte dos bairros periféricos da zona urbana. Em 2006, verificou-se que o município já havia desmatado 22% de sua área urbana. Até meados da década de 1970, a população manauara concentrava-se, sobretudo, nas regiões sul, centro-sul, oeste e centro-oeste do município, havendo uma densa população vivendo às margens de igarapés.
Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), realizado em 2008 e que analisou 20 áreas em Manaus, ressaltou que a região do Eldorado é a que apresenta o maior índice de poluição do ar, com alta concentração de dióxido de nitrogênio. O mesmo estudo apontou as regiões da Marina Tauá, no bairro Tarumã, e Colônia Japonesa, na zona norte, como detentoras de índice zero de poluição, considerando-as as de menor nível de poluição nos limites urbanos do município. O mesmo estudo afirmou que a poluição em Manaus se dá de forma mais densa nos meses de agosto e setembro, e nos horários de maior tráfego de veículos. Outro estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), afirma que os córregos de Manaus poderão desaparecer devido a poluição crescente, advinda da irregularidade do sistema de esgoto dos domicílios da cidade e do processo de recuperação dos córregos. Partes dos rios Negro e Solimões também encontram-se em estado de poluição.
A degradação dos igarapés de Manaus e o défict de saneamento básico e ambiental são problemas com o reflexo direto na saúde de seus habitantes. O problema da poluição, falta de tratamento e de distribuição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela expansão urbana.
O clima de Manaus é considerado tropical úmido de monção (tipo Am segundo Köppen), com temperatura média compensada anual de 27 °C e umidade do ar relativamente elevada, com índice pluviométrico em torno de 2 300 milímetros (mm) anuais. As estações do ano são relativamente bem definidas no que diz respeito à chuva: o inverno é muito chuvoso e o verão relativamente seco. Já houve ocorrências pontuais de chuva de granizo na cidade.
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Manaus por meses (INMET) | |||||
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 155 mm | 15/01/1996 | Julho | 62,8 mm | 17/07/1933 |
Fevereiro | 149,2 mm | 09/02/1952 | Agosto | 79,8 mm | 01/08/2000 |
Março | 168,3 mm | 08/03/1968 | Setembro | 143,2 mm | 28/09/2019 |
Abril | 180,8 mm | 08/04/1967 | Outubro | 135,2 mm | 21/10/1979 |
Maio | 113,7 mm | 13/05/1961 | Novembro | 135,4 mm | 22/11/1954 |
Junho | 74 mm | 06/06/1933 | Dezembro | 132,5 mm | 21/12/2010 |
Período: 1925-presente |
Devido à proximidade da Linha do equador, o calor é constante do clima local. São inexistentes os dias de frio no inverno, e raramente massas de ar polar muito intensas no centro-sul do país e sudoeste amazônico têm algum efeito sobre a cidade, como ocorreu em agosto de 1955, mas, apesar de raras, quando influenciam no clima, podem fazer com que a temperatura possa cair para 18 °C. A proximidade com a floresta normalmente evita extremos de calor e torna a cidade úmida.
No dia 26 de novembro de 2009, foi registrado um caso de chuva ácida em Manaus. A poluição do ar, causada em grande parte pelo acúmulo de fumaça de queimadas, associada ao dióxido de carbono emitido por carros, foi a causa deste fenômeno. Apesar de a incidência de chuva ácida ser comum em algumas capitais brasileiras onde há grande concentração de carros, em Manaus e em outras cidade do Amazonas a situação se agrava com o período prolongado de estiagem com a fumaça das queimadas.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 a menor temperatura registrada em Manaus foi de 12,1 °C em 9 de julho de 1989, e a maior atingiu 39 °C em 21 de setembro de 2015. O maior acumulado de precipitação (chuva) em 24 horas foi de 180,8 mm em 8 de abril de 1967. Alguns outros grandes acumulados foram 168,3 mm em 8 de março de 1968, 155 mm em 15 de janeiro de 1996, 154,4 mm em 20 de abril de 2000, 151 mm em 20 de março de 1983 e 150,8 mm em 8 de março de 1978. O índice mais baixo de umidade relativa do ar foi de 18%, registrado na tarde de 11 de agosto de 2011.
Dados climatológicos para Manaus (OMM: 82331) | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 37 | 36,1 | 36,2 | 35,4 | 34,7 | 35,1 | 37,1 | 38 | 39,3 | 40 | 38,5 | 37,3 | 40 |
Temperatura máxima média (°C) | 31,3 | 31,1 | 31,2 | 31,3 | 31,5 | 31,9 | 32,5 | 33,6 | 34,1 | 34 | 33 | 32 | 32,3 |
Temperatura média compensada (°C) | 26,6 | 26,6 | 26,6 | 26,7 | 27 | 27,3 | 27,5 | 28,2 | 28,6 | 28,5 | 28 | 27,2 | 27,4 |
Temperatura mínima média (°C) | 23,6 | 23,6 | 23,7 | 23,7 | 23,9 | 23,8 | 23,7 | 24,1 | 24,5 | 24,6 | 24,4 | 24 | 24 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 18,5 | 18 | 19 | 18,5 | 19,5 | 19,2 | 17,8 | 18 | 20 | 19,4 | 19,3 | 19 | 17,8 |
Precipitação (mm) | 305,6 | 296,8 | 320,9 | 331 | 233,3 | 117,2 | 67,1 | 56,1 | 79 | 113,9 | 188 | 253,5 | 2 362,4 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 19 | 18 | 19 | 18 | 16 | 10 | 7 | 6 | 6 | 8 | 10 | 15 | 152 |
Umidade relativa compensada (%) | 84,8 | 85,1 | 85,8 | 85,6 | 84,4 | 80,8 | 77,4 | 74,6 | 74,6 | 76,1 | 79,3 | 83 | 81 |
Horas de sol | 122,7 | 98 | 104,3 | 113,6 | 141,9 | 191 | 223,1 | 222,5 | 196,4 | 173,5 | 150,7 | 126,6 | 1 864,3 |
Fonte: INMET (normal climatológica de 1991-2020; recordes de temperatura: 1931-presente) |