Paulo de Tarso Santos

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Paulo de Tarso Santos
Paulo de Tarso Santos
Ministro da Educação
Período 18 de junho de 1963
até 21 de outubro de 1963
Presidente João Goulart
Antecessor(a) Teotônio Monteiro de Barros
Sucessor(a) Luís Antônio da Gama e Silva
Prefeito de Brasília
Período 6 de fevereiro de 1961
até 25 de agosto de 1961
Presidente Jânio Quadros
Antecessor(a) Bayard de Lima
Sucessor(a) Ângelo Dário Rizzi
Deputado federal por São Paulo
Período 1959 até 1964
Secretário da Educação de São Paulo
Período 1983 até 1985
Governador Franco Montoro
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Período 25 de julho de 1985
até 1991
Nomeado por Franco Montoro
Dados pessoais
Nascimento 12 de janeiro de 1926
Araxá, Minas Gerais
Morte 13 de julho de 2019 (93 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
Cônjuge Maria Nilse de Cunha Santos
Partido MDB
PDC
Profissão Advogado, professor, político

Paulo de Tarso Santos (Araxá, 12 de janeiro de 1926São Paulo, 13 de julho de 2019) foi um advogado, professor e político brasileiro. Ocupou diversos cargos públicos ao longo de sua carreira, incluindo o de ministro da Educação em 1963, prefeito de Brasília em 1961, deputado federal, secretário da Educação do estado de São Paulo entre 1983 e 1985 e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, último cargo exercido, de 1985 a 1991. É referido por algumas fontes como "o primeiro prefeito de Brasília."

Biografia

Mineiro, bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo no ano de 1949. Na USP, foi distinguido academicamente com os prêmios Rodrigues Alves Filho e Duarte de Azevedo. Mais tarde, continuou os estudos e especializou-se em Direito Processual Civil e Direito Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em relação à sua vida pessoal, casou-se com Maria Nilse da Cunha Santos e com ela teve cinco filhos. O acervo da família foi doado ao Arquivo Público do Distrito Federal em 2015.

De 1948 a 1952, trabalhou no setor jurídico do Banco Brasileiro de Descontos. Eventualmente entrou para o mundo da política, através do Partido Democrata Cristão (PDC), auxiliando o político Jânio Quadros em suas campanhas eleitorais. Na eleição municipal de 1955, elegeu-se para a Câmara Municipal de São Paulo e, no pleito de 1958, foi eleito deputado federal. Um ativo participante da campanha de Jânio à presidência em 1960, foi nomeado por este como prefeito de Brasília em fevereiro de 1961. Manteve-se no cargo até agosto de 1961, quando Jânio renunciou à Presidência da República.

Durante seu mandato como prefeito de Brasília, determinou a criação das comissões de fundação da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília, da Fundação Cultural e da Fundação do Serviço Social do Distrito Federal. Suas ações foram igualmente importantes para que a Asa Norte e o Núcleo Bandeirante fossem urbanizados. Também contratou os primeiros professores da cidade.

Na eleição de 1962, reelegeu-se para a Câmara dos Deputados. Em janeiro de 1963, foi designado pelo presidente João Goulart para comandar o Ministério da Educação, ofício que desempenhou por poucos meses, de junho a outubro de 1963. Mais uma vez, retornou ao parlamento, momento em que integrou a Comissão do Distrito Federal, responsável por exercer o Poder Legislativo da capital federal. Opositor da ditadura militar, teve seu mandato cassado pelo Ato Institucional n.º 1, bem como suspensos seus direitos políticos por dez anos.

Além de ter seu mandato cassado, foi preso mais de uma vez pela ditadura militar. Posto em liberdade, exilou-se no Chile de 1964 a 1971 e naquele país trabalhou na Organização das Nações Unidas (ONU). De volta ao Brasil, passou a ministrar no Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) em 1977 e se filiou ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1979. Também trabalhou no Ecuador, atuando como assessor do governo daquele país para a educação.

Em 1983, foi designado pelo governador Franco Montoro para o cargo de Secretário da Educação do estado de São Paulo. Permaneceu no cargo até julho de 1985, quando foi nomeado, também por Montoro, como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, cargo que ocupou até 1991. De 1989 a 1991, presidiu a corte de contas paulista. Após deixar a presidência da Fundação Memorial da América Latina, em 1994, dedicou-se ao seu escritório de advocacia.

Faleceu em julho de 2019, aos 93 anos de idade, sendo sepultado no Cemitério Gethsêmani.


Notas

  1. Na "Galeria de Governadores", mantida pelo Governo do Distrito Federal, Santos é considerado o quarto mandatário da capital federal.

Referências

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  9. «O ex-ministro da Educação Paulo de Tarso Santos morre aos 93 anos em São Paulo». O Sul. 13 de julho de 2019. Consultado em 8 de setembro de 2020 
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Ligações externas

Precedido por
Teotônio Monteiro de Barros
Ministro da Educação e Cultura do Brasil
1963
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Júlio Furquim Sambaqui
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Bayard de Lima
Prefeito de Brasília
1961
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Ângelo Dário Rizzi